03/12/22
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“O meu ministro da Economia será essa cara do sucesso do meu primeiro mandato”, afirmou
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“O meu ministro da Economia será essa cara do sucesso do meu primeiro mandato”, afirmou, acrescentando que, como presidente, ele “obviamente” quer ter inserção nas decisões políticas e econômicas do país, mesmo com a autonomia dos ministério.
Questionado se o ex-prefeito Fernando Haddad, que no momento é o mais cotado, será de fato seu ministro da Fazenda, Lula disse que não iria responder. “Se eu responder o que você quer você vai saber o que eu penso, então não vou responder.”
O presidente eleito afirmou ter 80% do ministério montado em sua cabeça, mas ressaltou ser necessário compor com todas as forças políticas que o ajudaram a ganhar as eleições.
“Vou ser diplomado no dia 12, depois que eu for diplomado, depois que eu for presidente da República reconhecido e diplomado, aí vou começar a escolher meu ministério, não precisa ninguém ficar angustiado, nervoso, criando expectativa. Eu no fundo tenho 80% do ministério na cabeça, mas não quero construir o ministério para mim, quero construir para as forças políticas que me ajudaram a ganhar as eleições”, disse.
Nos últimos dias, o desenho do ministério começou a ficar mais claro, apesar de Lula publicamente ainda não ter falado diretamente sobre nomes. Em reuniões privadas, no entanto, o presidente já citou, por exemplo, o nome do ex-ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro para a Defesa, de acordo com uma fonte presente a um desses encontros.
Fontes ouvidas pela Reuters apontam que, mesmo com a resistência de Lula em confirmar agora, Haddad continua como nome mais cotado para o Ministério da Fazenda, enquanto surgem os nomes dos economistas do André Lara Resende e Pérsio Arida –apesar desse já ter negado interesse– para o Planejamento.
Também estaria definido o ex-chanceler Mauro Vieira para o Ministério das Relações Exteriores, enquanto o embaixador Celso Amorim, ministro nos dois primeiros mandatos de Lula, deve ocupar a Secretaria de Assuntos Estratégicos.
O deputado Alexandre Padilha é, hoje, o mais cotado para a Secretaria de Relações Institucionais, enquanto o governador da Bahia Rui Costa é considerado para a Casa Civil. Já para Justiça e Segurança Pública o senador eleito Flávio Dino é, também, dado como certo.
Lula deixou claro, no entanto, que só falará depois da sua diplomação, e ressaltou que não pode voltar atrás depois de confirmar nomes.
“O que vai valer é quando eu falar”, disse, sobre as especulações feitas até o momento.
O presidente eleito deixou claro, no entanto, que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não fará parte do ministério porque continuará à frente do partido. Para compor o primeiro escalão do governo, Gleisi teria que deixar o cargo.
“Eu disse para a Gleisi que o PT é um partido grande, importante e majoritário na montagem da nossa governança no Congresso. Devo muito a Gleisi na minha vitória, e a gente não pode desmontar o partido porque ganhamos as eleições. O fato de eu ter dito para Gleisi que ela não vai ser ministra é um reconhecimento do papel que ela tem no comando do partido”, disse Lula.