18/06/21
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A nova manifestação para pedir a saída do presidente Jair Bolsonaro do poder foi o foco do pronunciamento da deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas, do PSOL, em Reunião Plenária realizada nesta quinta, na Assembleia Legislativa. Ela convocou os colegas e a sociedade para participar do ato público, que vai ser realizado no Recife, no próximo sábado. Além dos altos índices de morte pelo coronavírus, a parlamentar citou o aumento da pobreza e do desemprego para justificar o protesto. “Então, um fora Bolsonaro, fora genocida, vacina no braço, comida no prato e é isso que a gente pede.”
O deputado João Paulo, do PCdoB, reforçou as críticas da colega e afirmou que o presidente é o responsável pelas mortes no Brasil por ter adotado a estratégia da imunidade de rebanho e negado a ciência. Ele pediu, ainda, a vacinação prioritária de trabalhadores dos postos de combustíveis e bancários. Na mesma linha, o deputado José Queiroz, do PDT, lamentou o ritmo da imunização no País, afirmando que a população poderia estar comemorando o próximo São João, caso as vacinas tivessem sido compradas em tempo hábil.
“O nosso sistema SUS está pronto, se vacina houvesse, para cumprir ampla vacinação, lamentavelmente, a coordenação do presidente ou a descoordenação do presidente Bolsonaro não permitiram que nós estivéssemos nesse estágio.”
O deputado Delegado Erick Lessa, do PP, se posicionou contrário à realização do protesto no próximo sábado. Apesar de considerar as demandas justas, ele afirmou que o momento não é de aglomeração nas ruas. O parlamentar repercutiu, ainda, nota emitida pelo mandato de deputados ligados à segurança pública para que o cargo de secretário de Defesa Social seja ocupado por integrante de alguma das corporações policiais do Estado.
A deputada Laura Gomes, do PSB, criticou o caso do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que vai ter um sigilo de cem anos sobre o processo administrativo que apurou a participação dele em ato político-partidário, o que é proibido pelo Regulamento Disciplinar do Exército. Ela também saudou o deputado federal Marcelo Freixo pela filiação ao PSB.
A inclusão do conteúdo da violência contra a mulher nos currículos da educação básica por meio de lei federal foi comemorada pelo deputado Professor Paulo Dutra, do PSB. Ele também citou os projetos de lei que apresentou na Alepe para construir uma sociedade mais igualitária. “Buscamos curar as feridas da cultura patriarcal, tão enraizada em nosso estado e em nosso País, e contribuir para a construção de uma sociedade onde todas as pessoas tenham direito a viver uma vida livre e sem violência.”