29/04/22
A restrição é para evitar que objetos sejam arremessados ou utilizados em brigas
A Polícia Militar de Pernambuco proibiu nesta quinta-feira (28) a entrada de rádios de pilha nos estádios de futebol. O aparelho é mais um entre os objetos proibidos pela entidade em nome da segurança dos torcedores, atletas e funcionários presentes nos estádios.
Em nota, a PM somou o rádio aos outros objetos que já haviam tido sua presença restringida nos estádios, como instrumentos musicais, apitos e porta-bandeiras.
A decisão segue os protocolos de segurança da Copa das Confederações e da Copa do Mundo do Brasil, e tem como objetivo a prevenção da violência, visto que tais objetos podem ser arremessados ou utilizados em brigas.
A informação do veto do aparelho aos campos de futebol repercutiu de forma negativa entre diversos torcedores nas redes sociais durante o dia. O torcedor Elias Sousa ressaltou o fato de seus familiares mais velhos terem o hábito de usarem o rádio de pilha nos estádios. “Pô, namoral, acabou o futebol brasileiro. Assistir no estádio com um rádio no ouvido é provavelmente a maior característica de um torcedor antigo. Isso não existe, o mais jovem não faz isso, mas meu pai, meu avô, só andavam com os rádios deles”, postou. Já a torcedora Glene Lacerda, lamentou a proibição afirmando que “o rádio é um patrimônio nos estádios.”
Em seu Instagram, o zagueiro Sabino, do Sport, também se pronunciou sobre o tema. O defensor comparou o veto ao objeto ao caso recente de racismo no jogo entre Corinthians e Boca Juniors. Na ocasião, após ser preso pela Polícia Militar de São Paulo por imitar um macaco em direção aos corintianos, um torcedor do clube argentino foi liberado ao pagar a fiança de R$ 3 mil, no dia seguinte. “Coisas tão simples, tão mínimas, por que vai proibir um radinho de pilha e não um cara desses? Um cara comete racismo, paga R$ 3 mil e é solto. É de ficar indignado”, enfatizou.
Leia nota na íntegra:
“Informamos que é vedado o ingresso de rádios de pilha, baterias, instrumentos musicais, apitos e porta-bandeiras, bem como outros objetos que representem risco à segurança. A restrição atende aos protocolos de segurança implementados desde a Copa das Confederações e da Copa do Mundo no Brasil. Qualquer objeto que represente ameaça à integridade dos torcedores poderá ser apreendido. A restrição se dá por questões de segurança e prevenção à violência, devido ao risco de esses objetos serem arremessados ou utilizados em possíveis brigas de torcidas.”