Alepe : Projeto Fala Pernambuco realiza escuta de mais quatro regiões de desenvolvimento

16/07/21

Ascom/Alepe

blogfolhadosertao.com.br

 

Assembleia Legislativa de Pernambuco

 

O terceiro encontro do Fala Pernambuco, realizado na tarde dessa quarta, por meio de videoconferência, abordou as necessidades dos setores produtivos das regiões do Sertão Central, Itaparica, Moxotó e Pajeú. A iniciativa liderada pela Assembleia Legislativa, em parceria com o Sebrae, tem o objetivo de elaborar um diagnóstico sobre as medidas necessárias ao desenvolvimento econômico de cada região do Estado, com olhar especial para os pequenos negócios. Representantes dos setores do agronegócio, turismo, comércio, serviços e indústria fizeram apelos ao Poder Executivo Estadual, ao Judiciário, a concessionárias de serviços públicos e à própria Alepe.

A empreendedora Elis Almeida encaminhou as demandas do setor turístico e da economia criativa. Com experiência em roteiros culturais da cidade de Triunfo, no Sertão do Pajeú, Elis destacou a falta de manutenção das estradas, a insegurança e a ausência de saneamento básico como fatores que podem comprometer o turismo local: “É comum as pessoas, a comunidade mesmo, estar fazendo refeições em alguns restaurantes, e tem assim um canal que passa na lateral e compromete muito o funcionamento desses estabelecimentos”.

A empreendedora lembrou que a região desenvolve rotas integradas de turismo, levando visitantes de Triunfo para cidades vizinhas como Jatobá, no Sertão de Itaparica, São José do Belmonte, no Sertão Central, e Flores, no Pajeú. Mas as condições precárias das estradas inviabilizam esses roteiros. Elis Almeida ainda defendeu mais investimentos no Aeroporto de Serra Talhada, com a criação de novos destinos.

Representando o setor da Indústria, o presidente da Tambaú Alimentos, Hugo Gonçalves, também reivindicou a adequação do aeroporto de Serra Talhada para receber aeronaves de maior porte. O empresário ressaltou que é preciso facilitar a vida de quem produz e gera empregos: “Pernambuco amarga, dentro do Brasil, o pior estado pra se fazer negócios. É lamentável esse indicador. Mas são iniciativas como essa que vai ter que se juntar não somente o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o próprio Poder Judiciário”.

O segmento industrial demandou, ainda, a melhoria da prestação do serviço dos cartórios, em solicitação direcionada ao Tribunal de Justiça de Pernambuco. O atendimento da Celpe também foi alvo de questionamentos. Segundo o empresário, há casos de empresas aguardando há seis meses por uma nova ligação de energia.

No setor do Agronegócio, entre vários apelos, os criadores de animais da região pediram uma atuação mais orientadora e menos “fiscalizadora” da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado, a Adagro. Interlocutor do segmento ligado ao Sebrae, Edmundo Gomes afirmou que as exigências do órgão travam a atuação dos criadores. Outra reivindicação foi a isenção da taxa de outorga d´água na perfuração de poços, cobrada pela Agência Pernambucana de Águas e Clima, a Apac, ação que pode beneficiar a agricultura familiar.

O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros, do PP, que vem participando de todos os encontros do projeto Fala Pernambuco nas regiões, enfatizou a necessidade de unir forças: “A Alepe jamais poderia ficar inerte quando o povo pernambucano passa por esse momento de adversidade. Por isso, criamos esse importante projeto, a Assembleia Legislativa junto com o Sebrae e todas as senhoras e senhores que vêm participando das regiões que já foram realizadas as reuniões e das outras que estão por vir”.

A iniciativa da Alepe já ouviu também interlocutores dos Sertões do Araripe e do São Francisco e a próxima região é o Agreste Central, no dia 21 de julho. Cada encontro com os empreendedores vai servir de base para a elaboração de agenda legislativa com foco na retomada da economia. Ao final, será redigido um documento com as principais sugestões para cada região, a ser encaminhado aos governos federal e estadual, sob a supervisão da Consultoria Legislativa da Alepe e de técnicos do Sebrae.

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