08/08/21
blogfolhadosertao.com
Com informações da CPRH
Depois de quase cinco anos habitando no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), no Recife, Diego (onça puma) despediu-se da unidade administrada pela CPRH. Na manhã da última quinta-feira (05/08), o felino chegou ao seu novo lar: o Centro de Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), unidade da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), localizado em Petrolina, onde completará o tempo de reabilitação para o seu retorno à natureza.
Quando chegou ao Cetas, em setembro de 2016, Diego era apenas um filhotinho assustado, que tinha se perdido da mãe, na zona rural do município de Serrita, no Sertão Central de Pernambuco. O felino foi encontrado por moradores, após a mãe dele ser atacada por cachorros. “Ao longo desses cinco anos, Diego passou por reabilitação e tratamento a base de cálcio, pois ele não foi amamentado e ficou com descalcificação óssea. Hoje, a situação está revertida e é um animal saudável”, comentou o gerente da Unidade de Fauna Silvestre, Iran Vasconcelos.
Pesando, aproximadamente, 40 quilos e medindo cerca de um metro, Diego fez a viagem de volta ao Sertão, na noite da última quarta-feira (4). “Temos o cuidado de não gerar problemas aos animais silvestres, no momento do translado. Por isto, as viagens são sempre à noite ou cedo das madrugadas”, comentou Vasconcelos.
Entretanto, antes de voltar a correr livre pela Caatinga, Diego vai passar por um período de adaptação no Cemafauna. De acordo com Vasconcelos, ele deve passar um ano no local, para concluir sua reabilitação: “ele voltou para o Sertão, para absorver o clima da Caatinga. Está num ambiente maior para aperfeiçoar seus movimentos e caçar suas presas. É um animal que estava perdido para a natureza”, destacou o gerente.
Durante o período de adaptação, a onça continuará sob o acompanhamento da CPRH. Os profissionais que cuidaram dele, no Cetas, farão avaliações periódicas no animal. Será também uma forma de, aos poucos, irem se despendido de Diego. “Mesmo mantendo a distância, nós temos carinho por ele. Ele não nos via e nós o víamos de forma camuflada. Sentiremos falta de Diego. Afinal, chegou para nossos cuidados, quando ainda era um gatinho”, comentou o gestor do Cetas Tangara, Yuri Valença.