Data Magna em Pernambuco: saiba a história  da Revolução Pernambucana de 1817

04/03/24

DP

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Comércio funcionará de forma facultativa e Shoppings terão esquemas especiais de horários
Shopping centers da Região Metropolitana do Recife abrirão com horário especial. (Foto: Divulgação)
Shopping centers da Região Metropolitana do Recife abrirão com horário especial. (Foto: Divulgação)
Na próxima quarta-feira, dia 6 de março, Pernambuco celebra  o  dia  da  Revolução  Pernambucana  de  1817.  A  data  é  feriado  no  Estado  desde  8 de junho de 2017.
Por isso, shoppings e o comércio de rua terão horários diferenciados de atendimento ao público. Confira a programação dos centros de compras no fim da matéria.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) estabeleceu a Lei Estadual 16.059, conhecida popularmente como a Data Magna, comemoração que relembra e valoriza a riqueza histórica do estado, sobre a formação da identidade do povo, além de estimular o debate cidadão sobre as conquistas alcançadas ao longo do tempo.
O estopim que deu início à Revolução Pernambucana de 1817, movimento que tornou o Estado uma nação independente durante 75 dias.
História
Desde  a  chegada  da  família  Real  Portuguesa  ao  Brasil,  em  1808,  as  tributações  sobre  as  capitanias  aumentaram  para  manter  os  luxos da monarquia.
Pernambuco era o principal produtor de açúcar e algodão do país, mas suas  riquezas  eram  todas  convertidas  em  impostos  para  manutenção da Corte no Rio de Janeiro sem o retorno para a capitania em investimentos de melhorias.
Existia também um crescente descontentamento com o absolutismo da monarquia portuguesa. Para aumentar o clima de tensão vivido à época, no ano da Revolução,1817, tiveram vários problemas na produção de alimentos, devido a uma grande seca, que gerou aumento nos preços dos alimentos e a uma crise de abastecimento de produtos.
Para  George  Cabral,  professor  do  Departamento  de  História  da  Universidade  Federal  de  Pernambuco  e  membro  efetivo  do  Instituto  Arqueológico,  Histórico  e  Geográfico Pernambucano e da Academia Pernambucana de Letras, esses foram os fatores necessários para o início da Revolução.
”Havia um descontentamento muito grande por causa do excesso de tributação, da inflação e da escassez de alimentos. Isso explica a rápida adesão popular ao levante iniciado pelos militares do Quartel  de  Artilharia  do  Recife  em  6  de  março de 1817”, afirma.
”Os pernambucanos desejavam se livrar do governo monárquico e absolutista português, criando uma república regida por uma constituição. Havia também o desejo de  abolir no prazo mais curto possível a escravidão. O projeto pernambucano incluía todas as províncias brasileiras que desejam se unir à nova república criada”, acrescenta.
Para isso, os líderes da Revolução Pernambucana,  como  Domingos  José  Martins,  comerciante,  José  Barros  Lima,  militar  e  o  Padre João Ribeiro, foram fortemente inspirados pelos ideais iluministas franceses, no qual filósofos  como  Rousseau  e  Montesquieu  se  destacam.  Entre  os  principais  pensamentos  iluministas  estão  a  igualdade  entre  as  pessoas  perante a lei, a livre expressão de seus pensamentos e a liberdade de escolha de seus governantes.
O legado da Revolução Pernambucana se faz presente em diversos monumentos artísticos importantes no Estado, como o Monumento aos Heróis da Revolução Pernambucana de 1817 de Abelardo da Hora, na Praça da República, e o vitral na entrada do Palácio do Campo das Princesas do artista alemão Heinrich Moser.
A Revolução gerou um impacto significativo na arte pernambucana. Este movimento revolucionário,  marcado  por  ideais  de  liberdade, igualdade e independência, inspirou artistas a  expressarem  esses  mesmos  ideais, a Revolução Pernambucana  gerou  um  ambiente  intelectual  e  cultural mais propício ao surgimento de novas ideias  e  movimentos  artísticos.
Comércio e centros de compras
Assim como todos os feriados, há uma modificação no horário de funcionamento dos shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) e também do comércio.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife) e também do Sindilojas, Fred Leal, cada lojista decidirá se abrirá ou não o estabelecimento e como será o funcionamento no dia. Já shopping centers da Região Metropolitana do Recife abrirão com horário especial.

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