Bolsonaro assiste jogo do Palmeiras, em SP, e torcedores criticam em redes sociais

Embora não constasse da agenda oficial, o Palácio do Planalto informou ao Palmeiras no sábado a presença de Bolsonaro no estádio.

Após a divulgação da presença do presidente na partida, torcedores do Palmeiras foram às redes sociais protestar. A crítica é que Bolsonaro, candidato à reeleição, tenta se aproveitar politicamente do líder do campeonato. Embora se declare palmeirense, ele costuma usar camisas de outros clubes. Torcedores também espalharam faixas ao redor do estádio com a frase “Fora Bolsonaro”.

“Bolsonaro vai ao Allianz para usar, mais uma vez, o Palmeiras politicamente”, criticou um torcedor no Twitter.

Bolsonaro já vestiu camisas de outras equipes, como o Corinthians, Santos e Flamengo. Na semana passada, publicou fotos em seu gabinete em que aparecem camisas de Flamengo e Corinthians. Na final da última Copa Libertadores, vencida pelo Palmeiras, Bolsonaro declarou apoio ao rival Flamengo.

Quando esteve no estádio do Palmeiras pela última vez, acompanhando Palmeiras x Vasco, em 2019, Bolsonaro já tinha recebido críticas de torcedores pelo mesmo motivo. Chegou inclusive a ser vaiado quando acenou do gramado às arquibancadas com uma criança no colo.

Bolsonaro participou na manhã deste domingo num culto religioso em uma igreja batista, em Minas Gerais, ao lado da mulher Michelle. Num discurso aos presentes, a primeira dama afirmou que o “Brasil vive uma guerra do bem contra o mal” e que o momento atual “é muito difícil”.

Nesta segunda, Bolsonaro tem agenda em São Paulo na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Ele almoçará com banqueiros, depois de ter criticado a adesão de parte deles à carta pela democracia, elaborada pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que será lida publicamente no próximo dia 11.

— Você pode ver esse negócio de carta aos brasileiros em favor da democracia, os banqueiros tão patrocinando. É o Pix, eu dei uma paulada neles. Os bancos digitais também, que nós facilitamos. Nós estamos acabando com o monopólio dos bancos, eles estão perdendo o poder. Carta pela democracia, qual a ameaça que eu tô fazendo à democracia? — criticou o presidente.