Edital IBGE: instituto oferece mais de 9 mil vagas temporárias

20/11/25

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Agentes do IBGE/Helena Pontes/Agência IBGE

Agentes do IBGE (Helena Pontes/Agência IBGE )

Na manhã desta quarta-feira (19), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou, no Diário Oficial da União, o edital do novo concurso público que vai preencher 9.590 vagas temporárias de nível médio para os cargos de Agente de Pesquisas e Mapeamento e Supervisor de Coleta e Qualidade.

As inscrições começam a partir das 16h desta quarta-feira e seguem até as 23h59 do dia 11 de dezembro. A banca aplicadora do certame é a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa de inscrição é de R$ 38,50, paga via Guia de Recolhimento da União (GRU), com vencimento em 12 de dezembro.

As provas serão aplicadas no dia 22 de fevereiro de 2026. O resultado final deverá ser divulgado entre março e abril do ano que vem.

A seleção seguirá a Lei nº 8.745/1993, que autoriza contratações temporárias em situações de interesse público excepcional. Os contratos poderão ser prorrogados, desde que não ultrapassem o prazo máximo de três anos.

Atribuições

A coleta de dados em domicílios e estabelecimentos, o registro de informações em sistemas eletrônicos e o apoio a levantamentos geográficos estão entre as demandas previstas para os aprovados nas vagas de Agente de Pesquisas e Mapeamento.

Já os candidatos que ocuparem as vagas de Supervisor devem planejar e coordenar as coletas, além de monitorar a qualidade das informações e gerenciar equipes.

Veja detalhes das vagas a seguir

Agente de Pesquisas e Mapeamento

  • Função: Coleta de informações;
  • Remuneração: R$ 2.676,24
  • Vagas de ampla concorrência: 5.512;
  • Vagas destinadas a pessoas declaradas pretas ou pardas: 2.120;
  • Vagas destinadas a pessoas indígenas: 254;
  • Vagas destinadas aos quilombolas: 170;
  • Vagas destinadas a pessoas com deficiência: 424;
  • Total de vagas: 8.480.

Supervisor de Coleta e Qualidade

  • Função: Supervisão de Coleta e Qualidade;
  • Remuneração: R$ 3.379,00
  • Vagas de ampla concorrência: 715;
  • Vagas destinadas a pessoas declaradas pretas ou pardas: 275;
  • Vagas destinadas a pessoas indígenas: 33;
  • Vagas destinadas aos quilombolas: 22;
  • Vagas destinadas a pessoas com deficiência: 55;
  • Total de vagas: 1.110.

Entre ‘punição’ e ausências, Legislativo e Executivo em Pernambuco alimentam discórdia

20/11/25

Betânia Santana –     http: //blogfolhdosertao.com.br

A recomendação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), para que a base na Assembleia Legislativa votasse contra a proposta de emenda constitucional (PEC), aumentando o montante de emendas parlamentares para 2% sobre a receita corrente líquida (RCL), teve repercussão imediata.

O presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), não deixou por menos. Decidiu “punir” o governo. Tirou a PEC da votação prevista para ontem. Mas tirou também o pedido de autorização do Executivo para outro empréstimo, desta vez de R$ 1,7 bilhão.

“Ela manda no Palácio das Princesas. Na Alepe, não”, retrucou. Achou pouco e já avisou. O projeto do governo, que tramita na Casa há cinco meses, não tem espaço fiscal para 2025. A ideia do governo era agilizar a liberação dos recursos para o próximo ano.

Mas o presidente da Alepe não titubeia: “Só vamos avaliar em fevereiro, depois do recesso, e se o estado tiver contratado empréstimos já autorizados, e feito entregas”, relatou, sem poupar críticas à gestão.

Horas antes, a governadora havia amenizado a nova queda de braço entre os Poderes. Negou a existência de outra crise entre Legislativo e Executivo e preferiu dizer que cada um estava cumprindo seu papel.

Mas decidiu não garantir quórum na sessão de ontem à tarde porque nova PEC, a 30/2025, foi colocada em discussão pela manhã na Comissão de Justiça.

Alegou que o assunto precisa ser aprofundado. Segundo a Mesa Diretora, a proposta é para adequar vários pontos da Constituição Estadual a novas regras federais.

Hospital e sugestões
O Hospital das Crianças, que seria entregue em dezembro de 2024, está com 80% da obra concluída. Ontem o prefeito do Recife, João Campos (PSB), foi vistoriá-la com mães de crianças atípicas para que elas deem sugestões. A entrega está prevista para o 1º semestre de 2026. Se candidato ao governo, o gestor deixa o cargo até  abril.

Pauta reforçada
Assinatura de ordens de serviço para recuperar rodovias está na pauta da governadora Raquel Lyra (PSD) hoje, no Palácio. Serão contempladas as PEs-004 e 041, ligando o Grande Recife à Zona da Mata; e as PEs-064 e 076, no Litoral Sul. O secretário de Mobilidade, André Teixeira, acompanha o anúncio.

Policlínica e alívio
Há seis dias à frente da Polícia Civil, o delegado Felipe Monteiro diz que novas contratações fazem a polícia começar a respirar. Mas só um concurso, em 2026, trará alívio. Hoje, ao lado da governadora Raquel Lyra, inaugura a policlínica dos policiais, na Boa Vista.

Sem outro plano
O PSB não tem um ‘plano B’ para o governo de Pernambuco no próximo ano a não ser a candidatura do prefeito do Recife, João Campos, ao Palácio das Princesas. A declaração é do vereador Rinaldo Júnior à Rádio Folha. “É muito fácil enxergar quem está entregando.”

Na Alepe, Frente Parlamentar discute demandas de estímulo às microempresas

20/11/25

Ascom Alepe  – http://blogfolhadosertao.com.br

Alepe - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco

Segundo dados apresentados por Paulo Pereira, presidente do Compem, Conselho Temático da Micro, Pequena e Média Empresa Industrial, da Federação de Indústrias de Pernambuco, 97,8% das indústrias pernambucanas são de micro e pequeno porte. Ao mesmo tempo, as pequenas são responsáveis por 45% dos empregos formais gerados pelo setor, o que representa mais de 150 mil empregos diretos. O representante da Fiepe apresentou as principais demandas do segmento para que as pequenas empresas possam crescer:

Hoje a gente falou um pouco do crédito, do incentivo ao crédito, de toda a regulamentação de certidões e prazos que são anuais para a gente discutir, que ela passe de 2 em 2 anos e 3 em 3 anos, e tudo que está inserido dentro do contexto estadual que tem a ver com o novo negócio, desde qualificação a regulamentação, tudo que tem a ver com o estado.”

Além das licenças ambientais e de segurança com prazos mais longos e menos obrigações para as pequenas indústrias, também foi pedido o reforço da cooperação com a Secretaria da Fazenda para a conformidade fiscal das empresas. Outra proposta foi a criação de incentivos para aquisição de produtos de pequenas indústrias por grandes empresas.

A Frente Parlamentar pretende ouvir demandas de diferentes setores econômicos em cada reunião. A primeira foi com o agronegócio, em outubro, e agora, em novembro, com as indústrias. Na próxima quarta, dia 26, está previsto um encontro com o setor do comércio. O grupo parlamentar é coordenado pela deputada Débora Almeida, do PSDB. Ela comentou sobre as demandas que estão sendo apresentadas:

Principalmente a questão da necessidade de desburocratizar, né? De simplificar e de facilitar acessos a créditos. E a parceria necessária que nós temos ter do estado como todo e aí eu digo, Poder Executivo, Legislativo, Poder Judiciário junto de quem produz a Pernambuco e algumas demandas que são específicas de cada um dos setores. Então, ao final a gente vai ter os encaminhamentos, tanto com propostas legislativas para tramitar aqui na casa de Joaquim Nabuco, como também encaminhamentos para os setores de governo, do Poder Executivo e os outros segmentos para poder avançar com Pernambuco.”

Na comunidade do Coque, Raquel Lyra Raquel Lyra inaugurou, nesta quarta-feira (19), a segunda etapa da ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário do Recife,

20/11/25
ImprensaPE  – http://blogfolhadosertao.com.br

Ao todo, foram investidos R$ 9,5 milhões, beneficiando mais de 13 mil pessoas

 

Com foco na expansão do saneamento básico e na qualidade de vida da população, a governadora Raquel Lyra (foto)  inaugurou, nesta quarta-feira (19), a segunda etapa da ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário do Recife, dessa vez, na comunidade do Coque, na Ilha Joana Bezerra. Com R$ 9,5 milhões investidos, beneficiando mais de 13 mil pessoas, a estrutura inaugurada vai encaminhar o material coletado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Cabanga, levando dignidade, saúde e desenvolvimento para as famílias. A intervenção contemplou o assentamento de 6,8 quilômetros da rede coletora de esgoto e a construção de uma nova estação elevatória. Em paralelo, a chefe do Executivo estadual realizou a entrega da requalificação da Praça Ator Barreto Júnior à comunidade, fortalecendo o espaço de convivência para a população.

“Estamos entregando mais uma obra importante que faz parte do sistema de esgotamento sanitário do Cabanga. Aqui foram investidos quase R$ 10 milhões para fazer mais de mil ligações das casas que antes tinham resíduos no rio e agora vão passar a ter tratamento de esgoto. Além disso, tivemos as obras de recuperação e compensação ambiental e social nessa região, requalificando com a BRK, parceira da Compesa, a praça na área. Quando tratamos esgoto, estamos investindo em saúde e trazendo mais dignidade para a população”, ressaltou a governadora Raquel Lyra.

A construção da Estação Elevatória de Esgoto, que terá capacidade de bombeamento de 23 litros por segundo e enviará todo o material coletado para a ETE Cabanga, faz parte do Programa Cidade Saneada, uma parceria entre a Compesa e a BRK Ambiental, responsável pela execução das obras. De acordo com o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Douglas Nóbrega, a obra tem compromisso social e ambiental. “Hoje está sendo entregue uma estação elevatória da Ilha Joana Bezerra, que contempla o trabalho que foi feito em toda a Ilha, de execução de rede de esgoto e esgotamento sanitário”, explicou.

Para o pleno funcionamento dessa rede de esgoto, o Governo de Pernambuco garantiu, em março deste ano, o funcionamento da primeira etapa da ETE Cabanga, a maior Estação de Tratamento de Esgoto de Pernambuco, localizada na Zona Sul do Recife. Presente na inauguração, Sérgio Trentini, diretor de contratos da BRK em Pernambuco, ressaltou a importância da obra para o saneamento do bairro. “Antes esse esgoto era lançado nos córregos da região e agora, com essa intervenção, teremos uma melhoria de qualidade de vida e saúde. Com essa entrega também elevamos o número da universalização do saneamento básico no Recife e Região Metropolitana”, afirmou Sérgio Trentini.

Silvia Maria, moradora da comunidade do Coque há 56 anos, celebrou a inauguração e a requalificação da população. “Essa entrega de hoje é muito boa, uma melhoria para todos nós. Com essa praça, a maioria das crianças vão ficar muito felizes também”, comentou a moradora.

CONJUNTO DE OBRAS – As obras de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário do Recife fazem parte de um pacote de intervenções que alcança sete bairros da Região Metropolitana do Recife (RMR). O conjunto prevê a implantação de cerca de 30 mil metros de redes coletoras, 2 mil metros de linha de recalque e a construção de quatro estações elevatórias de esgoto, totalizando R$ 52 milhões em investimentos e beneficiando cerca de 38 mil pessoas. As entregas já foram realizadas nos bairros de São José e, agora, na Ilha Joana Bezerra. As demais frentes seguem em andamento nos bairros do Pina, Boa Viagem, Afogados, Prado e Bongi, com previsão de conclusão para 2026.

Acompanharam a inauguração os secretários estaduais André Teixeira Filho (Mobilidade e Infraestrutura), Juliana Gouveia (Mulher) e Ivete Lacerda (Esportes).

 

Banco Master: PF diz que fraudes podem chegar a R$ 12 bilhões

19/11/25

http://blogfolhadosertao.com.br   – agência Brasil

Fraudes no Master podem chegar a R$ 12 bilhões, estima diretor da Polícia Federal Foto: ANDRESSA ANHOLETE/AGÊNCIA SENADO

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, estima que as fraudes contra o sistema financeiro investigadas na Operação Compliance Zero podem ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões. Rodrigues depôs à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o crime organizado e comentou a operação deflagrada pela PF, nesta terça-feira (18).

– Estamos fazendo uma operação importante, de forma conjunta com Banco Central e Coaf, para [investigar] um crime contra o sistema financeiro que leva à monta de cerca de R$ 12 bilhões – falou.

Entre os investigados está o dono do Banco Master, Daniel Vacaro, detido no Aeroporto de Guarulhos. Também são investigados o presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Finanças e Controladoria do banco, Dario Oswaldo Garcia Júnior. Ambos foram afastados dos cargos que ocupam no BRB.Aos senadores, Rodrigues antecipou que já nas primeiras ações da manhã desta terça, foram apreendidos R$ 1,6 milhão, em espécie, na residência de um único investigado.

Ele também confirmou que a operação resultou em “várias prisões”.

A Operação Compliance Zero é fruto de investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos por instituições que integram o Sistema Financeiro Nacional.

As instituições são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Essas mesmas instituições negociavam essas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam esses créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

BANCO CENTRAL
Diante da situação, o Banco Central oficializou, por meio de comunicado, a liquidação extrajudicial da Master Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Imobiliários.

O documento coloca como liquidante extrajudicial, com “amplos poderes de administração e representação da sociedade”, a empresa EFB Regimes Especiais de Empresas; e, como responsável técnico, Eduardo Felix Bianchini.

CONTEXTO
O Master tornou-se conhecido por adotar uma política agressiva para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI) a quem compra papéis da instituição financeira – uma promessa de ganhos superiores às taxas médias para bancos pequenos – em torno de 110% a 120% do CDI.

Operações do banco com precatórios (títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva) também aumentaram as dúvidas sobre a situação financeira do Master, que ao emitir títulos em dólares, não conseguiu captar recursos.

Nesta segunda-feira (17), o grupo Fictor, de investimentos e gestão de empresas, anunciou que compraria o Master.

 

Presidente e vice da Câmara de Ipojuca são presos em saída de supermercado, no Recife

19/11/25  – Diario de Peernamauco

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Dupla foi detida em supermercado de Boa Viagem. Presidente da Câmara já era alvo de investigação

Flávio do Cartório (PSD), presidente da Câmara dos Vereadores de Ipojuca/Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Ipojuca

Flávio do Cartório (PSD), presidente da Câmara dos Vereadores de Ipojuca (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Ipojuca)

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu, na tarde desta terça-feira (18), os vereadores Flávio do Cartório e Professor Eduardo, ambos do PSD e integrantes da mesa diretora da Câmara de Ipojuca, no Grande Recife. Os parlamentares foram detidos em um supermercado de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

As autoridades, no entanto, ainda não revelaram detalhes sobre a investigação que envolve os dois vereadores. Na abordagem, eles estariam com uma grande quantia em dinheiro.

Os dois foram conduzidos até a Central de Plantões da Capital, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife, onde prestaram depoimento.

Em nota, o PSD estadual afirmou que acompanha o caso e aguarda o desfecho das apurações para definir as medidas que deverão ser tomadas.

Confira a nota abaixo:

“O PSD de Pernambuco informa que vai acompanhar as investigações referentes à prisão do presidente da Câmara de Vereadores de Ipojuca, Flávio do Cartório, e do seu vice, Professor Eduardo, ambos filiados ao partido. Assim que o processo legal for concluído, adotaremos as medidas cabíveis.”

Diario de Pernambuco tentou entrar em contato com a Polícia Civil e com a assessoria do vereador Flávio do Cartório, mas não obteve retorno.

Operação Alvitre

Em outubro, a Polícia Civil desencadeou a Operação Alvitre, voltada a desarticular um grupo criminoso acusado de atuar em municípios da Região Metropolitana do Recife, além de áreas da Zona da Mata e do Agreste.

A organização é suspeita de praticar corrupção passiva, peculato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. A apuração, iniciada ainda em outubro de 2024, concentra-se nas cidades de Ipojuca, Caruaru, Bezerros, Catende, São José da Coroa Grande e Barreiros.

A operação é fruto de um trabalho integrado entre a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco, com apoio da Diretoria de Inteligência da corporação

Quilombolas defendem financiamento direto e apoiam manifesto afrodescendente na COP30

19/11/25  –

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Movimento quilombola reforça autonomia territorial e reconhecimento político na agenda climática
Representantes do movimento quilombola no painel da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), no dia 16 de novembro de 2025.
Representantes do movimento quilombola no painel da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), no dia 16 de novembro de 2025.

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Rurais Quilombolas (Conaq) concluiu a primeira semana da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) com o painel “Fundos comunitários e o acesso ao financiamento direto: como contribuem para a implementação dos planos de gestão territorial”, realizado no domingo (16).

A entidade destacou a urgência de destinar recursos financeiros diretamente às comunidades quilombolas, que protegem os territórios e sustentam a biodiversidade. Segundo a organização, esses recursos permitem que soluções como os fundos comunitários sejam efetivamente implementadas.

A mesa contou com a participação de Jhonny Martins, diretor administrativo e coordenador nacional da Conaq, que integrou o debate ao lado de Toya Manchineri da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Rose Apurinã do Podáali  – Fundo Indígena da Amazônia Brasileira e Fany Kuiru da  Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA).

Para Martins, o fortalecimento dos fundos comunitários é indispensável para a autonomia territorial, preservação das florestas e a implementação de planos de gestão construídos a partir dos saberes tradicionais. “Financiamento direto é futuro, é proteção, é justiça climática”, afirmou no seu discurso.

Ao longo do dia, comunicadores quilombolas também produziram um vídeo-manifesto em apoio à carta pública divulgada pela Coalizão Internacional de Territórios e Povos Afrodescendentes da América Latina e do Caribe (CITAFRO), lançada durante o evento.

O documento denuncia o racismo ambiental, a pilhagem de territórios por indústrias extrativistas e as violações de direitos que atravessam toda a região. A carta também exige que a ONU reconheça oficialmente os povos afrodescendentes como atores políticos e ambientais na COP30.

“A CITAFRO apoia a proposta de uma declaração na COP30 que reconheça a participação ativa de milhões de descendentes da diáspora africana. A conservação do planeta é um compromisso coletivo, mas não haverá justiça climática sem justiça racial”, aponta a carta.

O que é a COP?

A COP, ou Conferência das Partes, é um órgão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), composta por 197 países. A entidade é o principal espaço deliberativo da ONU para a execução de medidas assumidas pelos países para reverter a crise climática.

O encontro acontece desde 1995 e teve sua primeira edição em Berlim, na Alemanha. Neste ano, a COP chega à sua 30a edição e acontece pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA).

 

PL Antifacção: Câmara aprova projeto por 370 votos a 110

19/11/25 – Conteúdo Estadão

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Plenário analisa agora os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto

Guilherme Derrite apresentou seu texto em Plenário/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Guilherme Derrite apresentou seu texto em Plenário (Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, 18, o projeto antifacção, de autoria do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposição foi alvo de disputa entre o Palácio do Planalto e a oposição, especialmente após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), escolher Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de Segurança Pública de São Paulo temporariamente licenciado, como relator. Foram 370 votos pela aprovação, 110 votos contrários e três abstenções.

O relator apresentou seis versões do texto ao longo de duas semanas – a última protocolada pouco antes do início da discussão em plenário. As mudanças atenderam aos pedidos do governo Lula. Mesmo assim, petistas continuaram críticos e tentaram adiar a votação, mas foram derrotados. A proposição agora vai ao Senado.

O texto final aprovado endurece penas e cria tipos penais para crimes cometidos por integrantes de facções.

Essa proposta passou por extensa negociação entre lideranças partidárias nesta terça depois de um adiamento da votação na semana passada.

Tanto governo como Derrite, de oposição, disseram que faltou diálogo entre as partes. Derrite disse que “não foi procurado em nenhum momento”.

Já Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, disse no plenário que o relator recusou conversar com os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça, e Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, para negociar. “Faltou diálogo, vontade de se sentar na mesa de negociação”, afirmou.

Lindbergh criticou a escolha de Motta por Derrite como relator. “Ao escolher o relator Derrite claramente trouxe uma conotação de disputa partidária”, disse.

Oposicionistas em especial ainda tentaram emplacar no projeto a equiparação de facções ao crime de terrorismo. Dois governadores – Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Cláudio Castro (PL) do Rio – estiveram na Câmara nesta terça-feira para exercer pressão.

Derrite incluiu o tema na primeira versão do seu relatório, mas logo recuou após intensa ofensiva do governo.

Motta disse que essa inclusão “não faz parte do escopo do texto” e impediu a votação para a inclusão do tópico na proposta.

Integrantes do Centrão trabalharam para que esse trecho não entrasse no texto. O relator na Câmara também já conversou com o relator no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), para garantir que o texto avance na outra Casa legislativa. Pessoas a par do diálogo dizem que houve sinal positivo.

Na quinta versão, protocolada na tarde desta terça, Derrite cedeu em duas das principais críticas apontadas pelo governo: o destino dos bens apreendidos pela Polícia Federal e outras medidas que afetariam a Receita Federal.

Derrite criou o conceito de organização criminosa ultraviolenta, também chamada de facção criminosa, o “agrupamento, de três ou mais pessoas, que emprega violência, grave ameaça ou coação para impor controle territorial ou social, intimidar populações ou autoridades, atacar serviços, infraestrutura ou equipamentos essenciais, ou que pratica, ainda que ocasionalmente, quaisquer atos destinados à execução dos crimes tipificados nesta lei”.

O relatório prevê a existência do crime de domínio social estruturado. Essa infração reúne condutas graves cometidas por facções, como o uso de violência para impor domínio territorial, ataques a forças de segurança ou sabotagem de serviços públicos.

A pena para esse crime é de 20 a 40 anos de prisão, com possibilidade de aumento de pena pela metade ou em até dois terços, entre outros casos, caso esse crime tive sido cometido por uma liderança se houver conexão transnacional, se tiver o fim de obter vantagem econômica com a extração ilegal de recursos minerais ou a exploração econômica não autorizada ou se houver violência contra autoridades ou pessoas vulneráveis.

O projeto também endurece penas cometidas por integrantes de organização criminosa, grupo paramilitar ou milícia privada. São os casos de:

Ameaça qualificada – pena prisão de um a três anos;

Lesão corporal seguida de morte – pena de prisão de 20 a 40 anos;

Lesão corporal – aumento da prisão (três meses a um ano) em 2/3 da pena;

Sequestro ou cárcere privado – pena de prisão de 12 a 20 anos;

Furto – pena de prisão de quatro a dez anos e multa;

Roubo – aumento da pena para esse crime (quatro a dez anos) em três vezes;

Latrocínio – pena de prisão de 20 a 40 anos, e multa;

Extorsão – aumento da pena para esse crime (quatro a dez anos) em três vezes;

Extorsão mediante sequestro – aumento da pena para esse crime (8 a 15 anos) em dois terços;

Receptação – aumento da pena para esse crime (um a quatro anos, e multa) em dois terços;

Tráfico de drogas – aumento da pena (5 a 15 e multa, no caso de tráfico, e dois a seis anos, também com multa, na situação de colaboração em grupo) no dobro; e

Posse e porte irregular de arma de fogo de uso permitido ou restrito – aumento da pena em 2/3 (nesses três crimes as penas variam entre o mínimo de um ano e o máximo de seis anos de prisão), se praticado em concurso ou ligado ao tráfico de drogas.

O relator colocou no texto um trecho que permite que a Receita Federal, o Banco Central e outros órgãos fiscalizadores possam continuar executando suas medidas de perdimento imediato de bens. Além disso, o juiz poderá decretar o perdimento extraordinário de bens, independentemente de condenação penal.

No relatório protocolado na Câmara, na semana passada, Derrite dizia que a alienação de bens do crime organizado só poderia ser feita após o trânsito em julgado de decisão judicial. Além disso trechos do texto retirariam da Receita a capacidade de apreender mercadorias e de declarar o perdimento de contrabandos.

Como mostrou o Estadão, delegados, auditores e empresários do setor de combustível apontavam no relatório de Derrite ataque à Receita Federal, inviabilizando o combate ao contrabando, a Operação Carbono Oculto e até ações como a das joias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nessa nova versão, Derrite também alterou a lei sobre o crime de lavagem e ocultação de bens e incluiu um trecho que o preso em flagrante ou “por força de mandado de prisão provisória” fará a audiência de custódia por videoconferência.

Se na versão apresentada na semana passada os bens apreendidos iriam para Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol), agora o destino passará a ser o Fundo Nacional de Segurança Pública.

Governistas eram críticos ao destino que estava no relatório anterior – o relator afirma que tinha feito essa inclusão a pedido de membros da PF.

“Em um primeiro momento, optou-se, após pedido de representantes da Polícia Federal”, disse Derrite. “Contudo, tendo em vista a manifestação midiática do Governo Federal de que isso poderá prejudicar as contas públicas e outros investimentos, em simetria ao que é feito com os estados, previu-se o encaminhamento do quinhão cabível à Polícia Federal ao Fundo Nacional de Segurança Pública.”

Na sexta versão, Derrite propôs mais uma hipótese para aumentar a pena de eventuais réus: quando o “crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica com a extração ilegal de recursos minerais ou a exploração econômica não autorizada”.

Ele também detalhou o regramento sobre as audiências de custódia via videoconferência, prevendo, por exemplo, que todos os estabelecimentos prisionais terão salas próprias, “com disponibilização de mecanismos de videoconferência estáveis”.

O relator ainda fez um ajuste na redação sobre o perdimento extraordinário de bens. Agora, a previsão é de que a medida seja aplicada quando “restar clara a origem ilícita do bem, independente de condenação penal”, nem necessidade de haver risco de dissipação de patrimônio.

Encontro das Vilas Produtivas Rurais do PISF acontece em Salgueiro 

19/11/25  –   http://blogfolhadosertao.com.br

 

O Núcleo de Gestão de Projetos Sociais (NGPS) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), promoverá nos dias 28 e 29 de novembro o Encontro das Vilas Produtivas Rurais do PISF – “A Importância da Produção e da Identidade Socioprodutiva no Acesso aos Mercados da Agricultura Familiar”. A programação será realizada no auditório do Hotel Imperador, em Salgueiro (PE), com início às 14h. A atividade integra as ações de encerramento dos trabalhos para o ano de 2025, junto às Vilas Produtivas do Pisf, e reunirá representantes dos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba.

O encontro contará com palestras e oficinas voltadas ao fortalecimento da produção nas áreas irrigadas, ao reconhecimento da identidade socioprodutiva das Vilas e à criação de marcas como estratégias de acesso aos mercados da Agricultura Familiar. O objetivo é promover trocas de experiências, estimular o protagonismo comunitário e fomentar caminhos para a geração de renda para as famílias.

A escolha de Salgueiro (PE) para sediar o evento se deu pelo fato da localização do município ser estratégica para recebimento dos agricultores dos três Estados de atuação do projeto acompanhado pelo NGPS (Pernambuco, Ceará e Paraíba), sendo um local central para reunir as comunidades e ampliar o diálogo regional.

“Este encontro representará um momento de troca, construção coletiva e reconhecimento do potencial socioprodutivo de cada Vila Produtiva. Nosso compromisso é fortalecer a produção e as iniciativas locais, ampliar o acesso aos mercados e consolidar práticas que garantam autonomia e desenvolvimento para as famílias que fazem parte do PISF”, destacou o professor Leonardo Sousa Cavalcanti, coordenador técnico do NGPS/Univasf.

Ascom Univasf

Raquel Lyra reforça compromisso de Pernambuco com a retomada da Transnordestina e destaca o impacto da ferrovia para o desenvolvimento do Estado

19/11/25

Imprensa PE

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A ferrovia foi tema de debate durante a última etapa do Seminário Conexões Transnordestina, que aconteceu no Porto de Suape

Governadora Raquel Lyra reforça compromisso de Pernambuco com a retomada da  Transnordestina e destaca o impacto da ferrovia para o desenvolvimento do  Estado – Blog do Didi Galvão

“A Transnordestina é de grande importância para que possamos garantir a competitividade para Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra, nesta terça-feira (18), durante o encerramento da série de seminários Conexões Transnordestina, no auditório do Porto de Suape. A chefe do Executivo estadual reforçou o compromisso do Governo de Pernambuco em colaborar para a retomada da obra, que teve edital lançado no final de outubro, ressaltando que “não dá para esquecer a ferrovia quando se tem um país com dimensões continentais”. Para a gestora, setor produtivo e sociedade presentes no evento, a Transnordestina é fundamental para garantir o desenvolvimento econômico do Estado, com ampliação de exportação e melhoria no escoamento das produções.

“Tivemos um avanço importante quando conseguimos recolocar o trecho Salgueiro-Suape da Transnordestina. Temos a expectativa que essa obra possa ser retomada e, ao longo desse tempo, os outros trechos possam ser licitados a partir da remodelagem do projeto que está sendo adaptado pela Infra S.A com o acompanhamento permanente do Governo de Pernambuco. Essa é uma obra federal, mas é estratégica para o desenvolvimento de Pernambuco, além de ser estratégica como uma infraestrutura logística do Nordeste brasileiro”, ressaltou a governadora Raquel Lyra. O edital dos primeiros 73 quilômetros foi lançado pelo presidente Lula e o ministro dos Transportes, Renan Filho.

O lançamento do edital da ferrovia marcou a retomada do projeto, que tem como objetivo, neste primeiro momento, construir 73 quilômetros, entre Custódia e Arcoverde, no trecho Salgueiro-Suape. O trecho conta com um orçamento estimado em R$ 415 milhões, bancados com recursos federais, e será executado pela Infra S.A, empresa pública federal, que teve seu diretor de Empreendimentos, André Luís Ludolfo, presente no evento em Suape.

O seminário Conexões Transnordestina, realizado pelo Movimento Econômico, foi iniciado em julho e passou por Salgueiro, Araripina, Petrolina, Belo Jardim e Caruaru, mostrando o impacto que a ferrovia trará a cada uma das cidades e suas respectivas regiões. Durante o evento em Suape, a governadora Raquel Lyra recebeu do presidente da Agência de Desenvolvimento Social do Araripe, Daniel Torres, uma carta de intenções, que reuniu propostas e perspectivas sobre o papel da ferrovia discutidas durantes os seminários. O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, destacou a importância do diálogo para o avanço das obras da ferrovia. “Com esse diálogo, será possível que o Porto de Suape se torne um grande e importante centro de escoamento da produção de Pernambuco e de todo o País”, afirmou Francisco Alexandre.

Anfitriã do seminário, a CEO do Movimento Econômico, Patrícia Raposo, comentou que o evento percorreu o Agreste e Sertão pernambucanos. “Chegamos agora em Suape, que é o ponto final da ferrovia, colhendo informações, sugestões, ouvindo a sociedade civil, entendendo a realidade local de cada cidade que vai ser impactada por essa grande obra, para que ajustes possam ser feitos”, explicou. Presente no seminário, o prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro, destacou os debates realizados sobre a Transnordestina. “Iniciamos essa discussão na cidade de Salgueiro, que é o ponto de interseção da Transnordestina. Pernambuco não pode mais perder oportunidades, essa tem sido a tônica”, comentou o gestor municipal.

Em Pernambuco, 179 quilômetros da rodovia estão concluídos, o que representa 38% da obra no Estado. Representando a Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Joãozinho Tenório destacou a capacidade do Governo de Pernambuco em dialogar em busca de investimentos. “Estamos conseguindo retomar obras importantes para o nosso Estado, para que possamos alavancar nossa economia, gerar emprego e renda”, comentou o parlamentar.

Acompanharam a agenda o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti; o presidente do Complexo Industrial Portuário de Pernambuco, Armando Monteiro Bisneto; o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro; assim como o prefeito de Agrestina, Josué Mendes.

Fotos: Janaína Pepeu/Secom