01/08/21
Por Marcos Leandro/JC
blogfolhadosertao.com.br
A paulista foi a terceira a se apresentar. Ela fez 15.166 no primeiro salto e 15.000 no segundo, com nota final de 15.083, assumindo a primeira posição e não mais sendo ultrapassada.
Rebeca Andrade voltou a brilhar nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A brasileira faturou a medalha de ouro na final do salto, realizada na manhã deste domingo (1), horário de Brasília. A paulista foi a terceira a se apresentar. Ela fez 15.166 no primeiro salto e 15.000 no segundo, com nota final de 15.083, assumindo a primeira posição e não mais sendo ultrapassada. O pódio foi completado por Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, que ficou com a prata com 14,916 de média, e a sul-coreana Seojeong Yeo, que ganhou o bronze ao fazer 14,733.
A disputa não teve a participação da norte-americana Simone Biles, que desistiu da final por alegar que não está bem mentalmente. Biles esteve no ginásio para dar apoio à equipe dos Estados Unidos.
Rebeca já tinha conquistado a prata na individual geral na última quinta-feira. E nesta segunda-feira (2) ela ainda disputa a final do solo. Foi a segunda medalha de ouro do Brasil em Tóquio – a outra foi obtida por Italo Ferreira no surfe. O País soma agora 10 medalhas em Tóquio.
A DISPUTA
A primeira atleta a se apresentar foi a norte-americana MyKayla Skinner. Ela teve 15.033 no primeiro salto e 14.800 no segundo, com nota final de 14.916. Depois foi a vez da mexicana Alexa Moreno, que fez 14.766 no primeiro salto e 14.666 no segundo, com nota final de 14.716.
Depois de Rebeca, foi a vez da norte-americana Jade Carey, que errou na corrida e tirou 11.933 no primeiro salto. No segundo ficou com 12.900. Nota final, 12.416. Na sequência, a sul-coreana Seojeong Yeomandou mandou bem e cravou 15.333 no primeiro salto, com 14.133 no segundo, com nota final 14.733.
Já Shallon Olsen, do Canadá, ficou com 14.550 na nota final. As atletas do Comitê russo eram então as únicas que poderiam tirar o ouro da brasileira, mas isso não aconteceu. Angelina Melnikova acabou com 14.683, enquanto Liliia Akhaimova, 14.666.
HISTÓRIA
Esta é a sexta medalha da ginástica artística brasileira na história olímpica, a segunda de Rebeca. As outras quatro foram de homens: Arthur Zanetti nas argolas (ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016), e a dobradinha no solo dos Jogos do Rio com Diego Hypólito (prata) e Arthur Nory (bronze).
Aos 22 anos, Rebeca vai se firmando como a maior ginasta do País na atualidade e tem chance ainda de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda, às 5h57, as finais do solo, quando vai apresentar seu “Baile de Favela”, que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral.
O sucesso poderia até ter chegado um pouco antes não fossem as lesões na carreira da atleta. Só para se ter uma ideia, ela já foi submetida a três cirurgias para reparar o ligamento cruzado anterior no joelho direito. “Eu cheguei a pensar em desistir, mas as pessoas sempre me incentivaram a continuar”, disse.