Operação mira suspeitos de movimentar R$ 80 milhões em contratos entre órgãos públicos e empresas de fachada para fornecimento de alimentação

10/11/21

blogfolhadosertao.com.br

 

 Operação mira suspeitos de movimentar R$ 80 milhões em contratos entre órgãos públicos e empresas de fachada para fornecimento de alimentação

 

 

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco/MPPE) cumpre, com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), na manhã desta quarta-feira (10), mandados de busca e apreensão em desfavor de cinco empresas e nove pessoas físicas.

As buscas ocorrem no Recife e nas cidades de São Lourenço da Mata e Itapissuma, na Região Metropolitana.

Segundo o MPPE informou hoje, os alvos da Operação Gorgulho são os integrantes de uma organização criminosa que se utiliza de empresas de fachada para celebrar contratos de fornecimento de alimentação para órgãos públicos. O grupo teria movimentado R$ 80 milhões em dois anos, de acordo com o MPPE.

De acordo com a promotora de Justiça, Aline Florêncio, essas empresas de fachada investigadas pelo MPPE teriam firmado contatos com vários municípios pernambucanos. “Assim, a deflagração da operação tem como principal objetivo constatar se existem, nos endereços em que as empresas estão sediadas, instalações físicas, equipamentos e estoques compatíveis com a atividade de fornecimento de alimentos”, diz o MPPE.

O material apreendido nas sedes de empresas e residências das pessoas físicas inclui telefones celulares, computadores, pen drives, documentação e valores em espécie, incluindo R$ 53.500,00 em uma empresa no bairro do Cabanga, no Recife. No mesmo local, também foram encontrados dois caminhões e pacotes de alimentos.

“Tivemos uma operação exitosa. Daqui o material seguirá para o Gaeco, onde a documentação física será analisada e os equipamentos eletrônicos passarão por análise forense, a fim de permitir a continuidade do trabalho investigativo”, afirmou o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Frederico Magalhães.

Participam da Operação Gorgulho 11 promotores de Justiça, 15 servidores do Gaeco/MPPE e um efetivo de 13 integrantes da Assessoria Ministerial de Policiamento Civil e Militar (AMPC) e 37 policiais militares.

A operação Gorgulho recebeu o nome de uma família de besouros que ataca grãos em plantações ou estocados, causando a perda dos alimentos. “O besouro é considerado uma praga por seu efeito devastador; podemos dizer que essa organização criminosa causa o mesmo malefício aos cofres públicos”, afirmou Aline Florêncio.

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