Contra a corrupção: Policiais civis prendem servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco

25/04/24

Por Raphael Guerra

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De acordo com o TJPE, servidores estariam envolvidos em falsificação e expedição indevida de alvarás

 

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (25), servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Eles são investigados por crimes de peculato, falsidade ideológica, comunicação falsa de crime e lavagem de dinheiro.

As investigações foram iniciadas em outubro de 2023, sob a coordenação do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), para apurar denúncias envolvimento uma organização criminosa.

De acordo com o TJPE, servidores do Poder Judiciário estariam envolvidos em falsificação e expedição indevida de alvarás. O certificado de uma juíza aposentada estaria sendo usado, sem o conhecimento dela.

“Dois desses servidores já estão com decisão administrativa de demissão”, informou a assessoria, em nota oficial.

Denominada “Themis”, a operação cumpriu seis mandados de prisão, sendo três contra servidores do TJPE. Dois deles são lotados no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro da Joana Bezerra, e uma mulher no Fórum Paula Batista, em Santo Antônio. Os dois prédios ficam na área central do Recife.

Nove mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos Financeiros, expedidos pelo Juízo da Vara dos Crimes contra a Administração Publica e a Ordem Tributaria da Capital, também foram cumpridos pela Polícia Civil.

Os policiais estão nos municípios do Recife; Gravatá, Afogados da Ingazeira, no Agreste; Iguaracy e Sairé, no Sertão. Bolsas e relógios de marcas famosas foram apreendidos.

Divulgação/PCPE
Bolsas apreendidas na Operação Themis, da Polícia Civil – Divulgação/PCPE
CORREGEDORIA

“Tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à Divisão de Investigação e Apuração do TJPE, que, após aprofundamento das investigações e diante de provas contundentes de ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso ao Dracco, objetivando representação por Medidas Cautelares de Urgência”, informou a assessoria do TJPE.

A Polícia Civil fará coletiva de imprensa, ainda nesta quinta-feira, para apresentar mais detalhes da investigação.

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