08/07/21
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Pioneiro em imunizar esse público independente de comorbidade, Estado quer acelerar a vacinação das grávidas
Pernambuco é pioneiro na vacinação de gestantes e puérperas contra a Covid-19, independente de comorbidade, ainda em maio, com o imunizante da Pfizer. Apenas na última terça-feira (06/07), o Ministério da Saúde (MS) emitiu nota técnica expandindo a vacinação para todo esse público, ou seja, além daquelas com doenças pré-existentes. Desde a decisão do Estado, baseada em parecer do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19, já foram imunizadas com a primeira dose 58.261 gestantes, o que corresponde a 50% desse público prioritário. Apesar do percentual pernambucano figurar entre os maiores dos Estados, segundo os levantamentos do órgão federal, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) reforça a importância de acelerar a imunização das grávidas e lança, nesta quarta-feira (07/07), uma campanha nas redes sociais para conscientizar a população pernambucana sobre o tema.
Para assegurar a imunização de todo esse público no Estado, o Governo de Pernambuco já enviou para todos os 184 municípios, além do arquipélago de Fernando de Noronha, 100% das doses da vacina da Pfizer destinadas a gestantes e puérperas – o Estado conta com uma população aproximada de 116 mil pessoas neste grupo. É importante destacar que Pernambuco iniciou, no final de abril, a vacinação das gestantes e puérperas com comorbidades, com remessas de doses da Astrazeneca enviadas pelo Ministério na época.
“Com a suspensão da Anvisa, em 10 de maio, do uso do imunizante da AstraZeneca em gestantes, Pernambuco, numa ação pioneira, decidiu, já em 12 de maio, descentralizar as vacinas da Pfizer para todo o Estado, contemplando as gestantes e puérperas com ou sem comorbidades. Essa iniciativa, que teve o parecer positivo do Comitê Técnico, foi fundamental para avançar na proteção desse público”, relembra o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Os números da doença entre gestantes e puérperas continua preocupando a comunidade médica, deixando em alerta os especialistas. Em todo ano de 2020, Pernambuco registrou 105 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19 em gestantes. Somente no primeiro semestre de 2021, o Estado já notificou 104 casos graves do novo coronavírus nas grávidas.
“Os números e estudos científicos apontam que as gestantes, independente de terem ou não comorbidades, são grupo de risco para agravamento pela Covid. Por isso, a vacinação é essencial para proteger nossas grávidas e puérperas. Aqui, vacinamos o grupo com o imunizante da Pfizer, uma vacina segura e eficaz, utilizada em vários países do mundo. Então, fica o nosso apelo para que as gestantes e as puérperas procurem a vacinação e que os municípios também façam busca ativa dessas mulheres. A Covid-19 mata. Já a vacina salva vidas”, reforça Longo.
A superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo, reitera que o imunizante da Pfizer têm sido utilizado fortemente na vacinação desse grupo prioritário, ratificando a eficácia da vacina. “A vacina da Pfizer é segura e eficaz para esse grupo. Vários países no mundo já têm utilizado o imunizante, protegendo suas grávidas e puérperas durante a pandemia. Entendemos que esta é a melhor estratégia, neste momento, para garantirmos a redução da mortalidade materna por Covid em todo o Estado”, ressalta.
A pedagoga Poliana Evas, 33 anos, aguarda a chegada do primogênito Bento e garantiu a sua primeira dose da vacina da Pfizer ainda no mês de maio. “A gestação em si já traz insegurança. E estar gerando uma nova vida no meio de uma pandemia é ainda mais inseguro. Ter me vacinado foi uma comemoração não apenas para mim, mas para toda a nossa família, que agora sente mais segurança no transcorrer da gravidez”, conta.
Assim como outras gestantes, Poliana tem notado o receio de algumas grávidas sobre a segurança das vacinas, mas um fator foi fundamental na escolha pela imunização. “Eu tenho ouvido algumas pessoas falarem do medo de tomar a vacina. Mas o que eu senti, e o que eu imagino que outras mulheres devam sentir também, é um medo maior de ser contaminada com o novo coronavírus e contaminar o nosso bebê. Então, para mim, vacinar-se é um ato de amor, por mim e pelo meu filho”, defende.