Alepe : Demandas do Agreste Central são apresentadas em novo encontro do projeto Fala Pernambuco

21/07/21

Ascom/Alepe

 

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Assembleia Legislativa de Pernambuco

Certificação de produtos, redução da burocracia e investimentos em infraestrutura foram algumas das demandas apresentadas pelo setor produtivo do Agreste Central do Estado na quarta edição do Fala Pernambuco, realizada de forma telepresencial nesta quarta. O projeto da Alepe, em parceria com o Sebrae, realiza escutas regionais para a formação de uma agenda legislativa com foco no apoio aos pequenos negócios na retomada da economia.

A prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, introduziu alguns dos desafios da economia da região. Ela relatou que a escassez de servidores prejudica a formatação e execução de projetos e que a pandemia agravou o quadro econômico levando ao fechamento de empresas no município. A prefeita observou que há a necessidade de reforçar a resiliência das cadeias produtivas locais.

A gente tem vários produtos que não têm um selo, não têm uma certificação, que a gente precisa melhorar. (…) Espero que hoje na apresentação de tudo que foi levantado a gente tenha algumas prioridades. (…) Que a gente possa ter ao menos um produto desse bate papo que a gente tá fazendo e vamos levar pro governador, que tenha um compilado de cosias a fazer, com começo, meio e fim, e não seja o voo da galinha assim como tantas outras coisas que a gente faz ligadas ao empreendorismo”.

Quatro representantes do setor produtivo apresentaram um diagnóstico sobre as medidas necessárias para a melhoria do ambiente de negócios no Agreste Central. O representante do Comércio e Serviços, Zenildo Brás da Silva Filho, apresentou demandas relativas à redução da carga tributária e à solução de contenciosos administrativos de forma mais eficiente junto à Fazenda estadual. Ele cobrou investimentos na malha viária da região e a recuperação do Aeroporto Oscar Laranjeira.

Em relação à indústria, João Bezerra Filho criticou a demora e as exigências excessivas do Corpo de Bombeiros, da Celpe e da Compesa. O industrial apresentou sugestões para o fomento à produção e propôs a elaboração de um plano com vistas à formalização de cerca de 100 mil trabalhadores do Polo de Confecções. O gestor enfatizou ainda o potencial da região para atrair mais elos da cadeia produtiva têxtil, em especial a partir da doação de lotes de terreno e instalação de infraestrutura.

Pernambuco é o local ideal para que essas indústrias se instalem. Nós temos, entre Caruaru, Santa Cruz e Toritama, um consumo de 17 a 18% de todo o jeans fabricado no Brasil . No entanto, não temos unidades fabricantes de tecido aqui e de vários outros insumos”.

Representando a agropecuária, Elisabeth Szlassy destacou a necessidade de fomento aos produtores familiares de palma, abacaxi e café, além de assistência técnica para a floricultura na região. Lamentou a interrupção de fornecimento de tratores e outros equipamentos para uso coletivo pelo Pronaf, e solicitou que medidas similares sejam tomadas. Ela demandou ainda o envio de sementes com a antecedência necessária para o plantio e o incentivo à agroecologia, com monitoramento e certificação.

Por fim, o representante do Turismo e da Economia Criativa, Jaime Prado, defendeu a aprovação do projeto de lei que institui a política de Turismo Rural de Pernambuco e o incentivo à criação de Conselhos Municipais de Turismo, de forma a realizar o potencial turístico de pequenos municípios que ainda são pouco conhecidos.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento da Alepe, Delegado Erick Lessa, do PP, argumentou que o Polo de Confecções do Agreste não é apenas um arranjo produtivo local, mas, sim, um polo de desenvolvimento que deve ser tratado com esse nível de prioridade pelo Governo do Estado. “O Polo de Confecções do Agreste (…) emprega 250 mil pessoas diretamente, circula 5 bilhões de reais em recursos e confecciona aproximadamente 200 milhões de peças de roupa por ano”.

Já o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros, do PP, destacou que o Fala Pernambuco é parte do esforço institucional da Alepe para aproximar o Poder Legislativo da sociedade. “Uma decisã dos 49 deputados e deputadas do nosso Estado de, ao invés de ficarmos entre quatro paredes produzindo leis, avançar muito mais na aproximação primeiro com a sociedade, com a população e com as instituições e entidades, para que possamos dar nossa contribuição, nossa participação no desenvolvimento de Pernambuco”.

A próxima edição do Fala Pernambuco está agendada para o próximo dia 28 e terá como tema o ambiente de negócios no Agreste Setentrional.

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