Confira cinco pontos que precisam ser esclarecidos sobre as explosões na Praça dos Três Poderes

15/11/24

Agência O Globo

http://blogfolhadosertao.com.br

Investigações serão aprofundadas sobre as circunstâncias das explosões
Policiais militares e bombeiros realizaram varredura na Esplanada
Após as primeiras apurações, ainda restam pontos a serem esclarecidos sobre as explosões na Praça dos Três Poderes promovidas por Francisco Wanderley Luiz.

O homem-bomba agiu sozinho?
A Polícia Federal ainda investiga se Francisco Wanderley Luiz agiu sozinho ou teve a colaboração de outras pessoas para viajar a Brasília e explodir bombas na Praça dos Três Poderes

O homem-bomba teve participação no 8 de janeiro?
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ainda é cedo para dizer se houve participação direta de Francisco Wanderley Luiz ou não nos atos do 8 de janeiro. Ele, porém, estava em Brasília na época.

O autor do ataque se suicidou?
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, diz que a informação preliminar é de que Francisco Wanderley Luiz pretendia se suicidar.

O governo federal, porém, contesta essa versão e levanta hipótese de que ele tenha morrido por um acidente.

Houve falha dos serviços de inteligência?

O autor do ataque circulava por Brasília desde meados do ano e publicava ameaças diretas nas redes sociais. Não há um posicionamento oficial sobre falhas nos sistemas de inteligência.

O homem-bomba fazia parte de grupos radicais?
A ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz disse que ele fazia parte de grupos radicais.

A Polícia Federal ainda investiga essas conexões para saber exatamente como o autor do atentado agia.

Essa pessoa estava aqui no início de 2023. Há uma mensagem escrita no espelho da residência fazendo menção a um ato de pichação que foi feito na estátua da Justiça (durante os atos) — afirmou o diretor da PF.

ESPECIAL: Como ficam os processos judiciais de Trump após ele ter vencido as eleições dos EUA?

15/11/24

Por Deutsche Welle

http://blogfolhadosertao.com.br

Donald Trump faz discurso da vitória em 6 de novembro de 2024 — Foto: Brian Snyder/Reuters

Donald Trump faz discurso da vitória em 6 de novembro de 2024 — Foto: Brian Snyder/Reuters

Até o dia das eleições, em 5 de novembro, Donald Trump, o ex e em breve próximo presidente dos Estados Unidos, enfrentava a perspectiva de passar alguns anos na prisão. Mas seu retorno à Casa Branca em 2025 significa que vários processos judiciais contra ele serão provavelmente suspensos, inclusive a condenação em um tribunal de Nova York por falsificação de registros comerciais.

    As mudanças no status dos processos contra Trump se devem, em grande parte, a uma decisão da Suprema Corte segundo a qual os presidentes têm ampla imunidade por atos oficiais praticados no exercício do cargo.

Essa determinação fez com que promotores de ao menos dois casos contra o presidente eleito tivessem de reavaliar os processos para determinar se eles tinham alguma chance de sucesso.

Também contribui para isso o fato de Trump, em seu primeiro mandato como presidente, ter nomeado três juízes para a Suprema Corte, criando assim uma maioria conservadora de seis a três.

Além disso, como uma regra do Departamento de Justiça estabelece que um presidente em exercício não pode ser julgado em casos federais, o promotor de dois outros processos contra Trump decidiu interromper suas investigações.

Quais são os processos contra o novo presidente?
Polícia divulga 'mug shot' de Donald Trump — Foto: Fulton County Sheriff's Office/Handout via REUTERS

Polícia divulga ‘mug shot’ de Donald Trump — Foto: Fulton County Sheriff’s Office/Handout via REUTERS

Trump enfrenta quatro processos criminais: dois em nível federal movidos pelo procurador especial do Departamento de Justiça Jack Smith, e dois em nível estadual: um em Nova York e outro na Geórgia.

Apenas o julgamento de Nova York chegou a um veredito. Em junho, um júri o condenou por 34 acusações pelo envolvimento em um esquema para influenciar ilegalmente as eleições de 2016 através do pagamento de uma soma de dinheiro para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels.

O juiz Juan M. Merchan colocou o caso em espera até pelo menos 19 de novembro, para permitir que os promotores e advogados de ambos os lados avaliem seus próximos passos após o resultado da eleição.

Trump também é alvo de processos civis. Ele foi considerado responsável por abuso sexual em dois processos de difamação movidos pela jornalista E. Jean Carroll, a quem foram concedidas compensações por danos que somam US$ 88,4 milhões (R$ 514 milhões). Trump apelou de ambos os vereditos.

Ele também entrou com recurso contra uma condenação por fraude que determinou que ele e suas empresas deveriam pagar US$ 454 milhões em multas, em um caso movido pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James.

Mas, tanto nos casos federais quanto potencialmente também nos estaduais, os processos deverão ser paralisados.

“No mínimo pelos próximos quatro anos, parece bastante provável que os julgamentos sejam de alguma forma interrompidos ou possivelmente suspensos”, afirmou à DW Eric Posner, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Chicago.

No âmbito federal, dois casos estão sendo suspensos. O Departamento de Justiça mantém sua política de não processar um presidente em exercício.

Essa mesma política resultou no fato de Trump não ter sido indiciado após a divulgação do relatório do procurador especial Robert Mueller em 2019, que investigou alegações de interferência russa na eleição presidencial de 2016 e vínculos com a primeira campanha eleitoral de Trump.

Possível arquivamento dos processos
Trump na audiência da Justiça dos EUA, prestes a ouvir acusações, em 4 de abril de 2023 — Foto: Seth Wenig/AP

Trump na audiência da Justiça dos EUA, prestes a ouvir acusações, em 4 de abril de 2023 — Foto: Seth Wenig/AP

O procurador Jack Smith, que liderava os processos federais, também estaria supostamente interrompendo os casos. Essa política, no entanto, pode não se aplicar a presidentes eleitos já indiciados.

Essa visão é defendida por Claire Finkelstein, professora da Faculdade de Direito Carey da Universidade da Pensilvânia, e Richard Painter, ex-advogado-chefe de ética da Casa Branca durante o governo do ex-presidente George W. Bush.

Em artigo publicado na Southern California Law Review no mês passado, os dois especialistas avaliam que, como Trump foi acusado antes de se tornar presidente pela segunda vez, o Departamento de Justiça poderia dar continuidade aos processos contra ele.

Finkelstein, porém, reconhece que, na realidade, isso é improvável.

“Acho que os dois processos federais serão de qualquer forma retirados”, disse Finkelstein à DW. “Por uma questão legal, eles não precisariam passar por isso.”

O processo federal no qual Trump foi indiciado em junho de 2023 por 37 acusações, incluindo “violações criminais das leis de segurança nacional” e “participação em conspiração para obstruir a Justiça”, foi rejeitado pela juíza nomeada por Trump, Aileen Cannon, em julho de 2024, sob a alegação de que Smith teria sido nomeado inconstitucionalmente pelo procurador-geral Merrick Garland.

O procurador especial apelou da decisão, e um pedido para reativar o caso ainda está pendente.

O outro processo federal, aos cuidados da juíza Tanya Chutkan no Distrito de Columbia, está relacionado às tentativas de Trump de anular os resultados da eleição de 2020.

A decisão de imunidade da Suprema Corte fez com que a equipe de Smith se visse obrigada a reavaliar o caso, além de significar que o julgamento não seria finalizado antes da eleição.

Sentença do caso Stormy Daniels
A atriz Stormy Daniels no lançamento de seu livro Full Disclosure, em 2018 — Foto: Charles Sykes/AP

A atriz Stormy Daniels no lançamento de seu livro Full Disclosure, em 2018 — Foto: Charles Sykes/AP

O veredito no julgamento sobre o pagamento à atriz pornô significa que Trump poderia receber uma pena de prisão. Mas, após sua vitória, não há garantia de que essa sentença poderá ser cumprida.

O juiz Merchan suspendeu os procedimentos até pelo menos 19 de novembro para permitir que os promotores se posicionem em relação à decisão de imunidade da Suprema Corte e da vitória eleitoral do ex-presidente.

“Se houver uma sentença aplicada nesta casa, eu ficaria estarrecida se fosse realmente de prisão, embora as 34 acusações de crime pelas quais ele foi condenado autorizem um juiz a impor [isso]”, afirmou Finkelstein.

“Provavelmente deverá ser imputada uma multa ou liberdade condicional, e se isso seria executado agora ou como parte de uma sentença suspensa, ninguém sabe.”

Caso de extorsão ainda em andamento
Fani Willis e Nathan Wade em 14 de agosto de 2023 — Foto: Elijah Nouvelage/Reuters

Fani Willis e Nathan Wade em 14 de agosto de 2023 — Foto: Elijah Nouvelage/Reuters

Trump e 18 cúmplices foram acusados ​​em um caso de extorsão por supostas tentativas de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 no estado da Geórgia.

O processo, porém, está enredado em disputas legais há mais de um ano, e o Ministério Público se desviou do caso por tentativas contínuas de desqualificar a promotora Fani Willis por um suposto relacionamento impróprio com um promotor que ela nomeou para o caso, Nathan Wade.

“O gabinete do promotor da Geórgia enfrentar um presidente em exercício sozinho, especialmente devido aos problemas que ocorreram naquele gabinete, é francamente uma perspectiva muito intimidadora, então posso imaginar que Fani Willis não queira fazer isso”, disse Finkelstein.

Trump em vantagem após a vitória
Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos. — Foto: Carlos Barria/Reuters

Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos. — Foto: Carlos Barria/Reuters

Os presidentes americanos têm o poder de perdoar infratores por crimes federais, o que gerou um debate entre especialistas em direito nos EUA sobre a possibilidade de Trump exercer esse benefício em seu próprio interesse.

Contudo, ele provavelmente não precisará se preocupar com essa questão caso o Departamento de Justiça encerre os processos.

O status dos processos estaduais – onde os perdões presidenciais não se aplicam – talvez seja mais ambíguo. Mesmo assim, Eric Posner ecoou o ceticismo de Finkelstein quanto a uma potencial punição a Trump.

“É bastante inconcebível que o juiz [Merchan] ordene Trump a ir para a cadeia, mas ele poderia multá-lo ou impor alguma outra punição”, avaliou.

“O caso da Geórgia […] está claudicante há muito tempo; imagino que será suspenso ou que os tribunais decidam que não faz sentido processar um presidente em exercício.”

Os processos podem ser retomados após o 2º mandato?
Trump chega a Washington para se apresentar à Justiça dos EUA após se tornar réu pela 3ª vez, agora em processo por tentar mudar o resultado da eleição. — Foto: Reuters

Trump chega a Washington para se apresentar à Justiça dos EUA após se tornar réu pela 3ª vez, agora em processo por tentar mudar o resultado da eleição. — Foto: Reuters

Como Trump frequentemente lembrou seus apoiadores na campanha eleitoral e em seu discurso de vitória, não haverá para ele outras festas da vitória na noite das eleições já que, de acordo com a Constituição, um presidente só pode cumprir dois mandatos.

Isso deixa em aberto a possibilidade de que, se esses casos forem suspensos – em vez de interrompidos completamente – eles poderiam ser retomados após sua saída do cargo. “Se pedirem uma suspensão dos procedimentos, os casos poderão ser ressuscitados”, disse Finkelstein.

“Ironicamente, eles podem ver essa política [de não processar um presidente] como uma benção salvadora, porque se um juiz estiver inclinado a suspender os procedimentos, isso lhes daria a chance de ressuscitar os casos mais tarde”, observou a especialista.

“Suponho que o que estaria acontecendo é que o Departamento de Justiça deve estar pensando em tudo isso com muito cuidado e decidindo como quer prosseguir.”

Mas há também a questão política em torno do caso. Como Posner assinalou, pode haver pouco apetite para que esses assuntos sejam reabertos após Trump deixar novamente a Casa Branca. Aos 82 anos, ele será o presidente mais velho na história dos EUA a deixar o cargo.

“Ele vai estar em idade avançada”, disse Posner. “Parece bastante possível que o próximo governo, seja então controlado por democratas ou por republicanos, decida que simplesmente não vale a pena dar prosseguimento a esses processos.”

Governo Lula é aprovado por 60% e rejeitado por 34% em Pernambuco

15/11/24

Por Magno Martins
http://blogfolhadosertao.com.br

Em Pernambuco, a gestão do presidente Lula é aprovada por 60,1% e reprovada por 33,9%, segundo pesquisa do Instituto Opinião. Entre os entrevistados, apenas 6% não souberam responder. Quando a soma se dá entre os percentuais de ótimo (19,6%) e bom (26,9%), o nível de satisfação cai para 46%. Já a soma dos percentuais de ruim (6,6%) e péssimo (17,3%) chega a 24%, total dos que reprovam.

Os segmentos mais satisfeitos com o Governo petista se encontram entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (66,9%), entre os eleitores com renda familiar até dois salários (64,9%) e entre os eleitores na faixa etária acima de 60 anos (64%). Por sexo, 61,7% das mulheres aprovam a gestão e 58% representam os homens.

Por região, a gestão de Lula tem seus maiores percentuais de aprovação na Zona da Mata (68,5%), no São Francisco (67,6%) e no Sertão (62,8%). Já na Região Metropolitana, o Governo petista apresenta a menor taxa de eleitores satisfeitos com o Governo e com a sua forma de governar – 54,6%.

A pesquisa foi a campo entre os dias 5, 6, 7 e 8 deste mês, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios de todas as regiões do Estado. O intervalo de confiança estimado é de 95,5% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A modalidade da pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo da investigação. As entrevistas foram pessoais (face a face) e domiciliares.

Cúpula do G20 Social tem início nesta quinta com diferentes vozes da sociedade civil

15/11/24

Secom/Presidência da República

http://blogfolhadoseretao.com.br

 

G20 SOCIAL

Cúpula do G20 Social tem início nesta quinta com diferentes vozes da sociedade civil
Inédita na história do encontro de líderes mundiais das maiores economias do mundo, iniciativa foi construída ao longo de 2024 com o objetivo de ampliar a participação de atores não governamentais nas atividades e processos decisórios do G20

Conclusão de trabalhos desenvolvidos ao longo de quase um ano pela sociedade civil e movimentos sociais do Brasil e do exterior, a Cúpula do G20 Social será aberta nesta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro. Ela reforça a participação social como instrumento fundamental para construção de políticas públicas do governo brasileiro.
O G20 Social foi anunciado pelo presidente Lula na 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do G20, em Nova Délhi, na Índia, quando o Brasil assumiu simbolicamente a presidência do fórum, e constitui uma iniciativa inédita no âmbito do grupo das maiores economias do mundo.
Hoje, 14, as atividades autogestionadas – propostas e conduzidas pela sociedade civil em suas mais diversas vozes – têm início a partir das 9h, no Território do G20 Social, integrado pelo Espaço Kobra, Armazém 2, Armazém 3, Armazém Utopia e Museu do Amanhã, ao longo do Boulevard Olímpico, na região central da cidade do Rio.
São debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior, num total de 271 atividades.
cerimônia de abertura será realizada às 14h, com a presença do ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República e coordenador-geral do G20 Social, da Primeira-Dama Janja da Silva, do embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, de Margareth Menezes, ministra da Cultura, de Nandini Azad, representante da Sociedade Civil Internacional, e Edna Roland, representante da Sociedade Civil Brasileira.
PROGRAMAÇÃO – A Cúpula do G20 Social contará com feiras organizadas ao longo do Boulevard Olímpico em três caminhos temáticos: o da Sustentabilidade, com artesanato e serviços; o do Combate à fome, com produtos alimentícios e agroecológicos; e o da Cultura dos Povos, com literatura, publicações e divulgações sociais. Ao todo serão 180 barracas, das quais 30 com produções indígenas.
A programação do segundo dia da Cúpula Social (15) estará organizada em torno dos três eixos prioritários da presidência brasileira do G20 – combate à fome e às desigualdades, enfrentamento às mudanças climáticas e transição energética justa; e reforma da governança global – com aprovação de um documento por eixo. Em seguida, na parte da tarde, continuam as atividades coordenadas pela sociedade civil.
O último dia da Cúpula Social (16) será o da síntese das atividades desenvolvidas para o G20 Social. Da plenária, sairá o documento final a ser entregue ao presidente Lula, no ato de encerramento.
O documento será encaminhado à Cúpula dos chefes de Governo e Estado, pelo presidente Lula, como uma contribuição da sociedade civil brasileira e estrangeira para o debate dos dias 18 e 19 de novembro.
O QUE É – O G20 Social é uma iniciativa inédita na história do encontro de líderes mundiais das maiores economias do mundo. Foi construído ao longo de 2024, com o objetivo de ampliar a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, que durante a presidência brasileira tem por lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.
Como um país plural, diverso e com autoridade para tratar de questões fundamentais, como a mudança climática e combate à fome e à pobreza, o G20 Social garantiu espaço para as diferentes vozes, lutas e reivindicações das populações e dos agentes não-governamentais dos países que compõem o G20. Dessa forma, o G20 Social pretende que as contribuições da sociedade civil – consolidadas no documento final, a ser aclamado no último dia da Cúpula Social – sejam analisadas e, no que couber e houver consenso, incorporadas à Declaração de Líderes.
TRILHA SOCIAL – Nos últimos dez meses, foram organizadas dezenas de atividades e reuniões inéditas no G20 pela presidência brasileira, a partir da trilha do G20 Social. Pela primeira vez nos mais de 25 anos de história do G20, lideranças da sociedade civil brasileira e estrangeira sentaram-se à mesa com negociadores das trilhas de finanças e política de todos os países do G20, para discutir propostas a serem encaminhadas para os chefes de Estado.
Em agosto, foi realizado na Fundição Progresso, no Rio, o Encontro Preparatório da Cúpula Social do G20, que contou com a participação de mais de 1.000 representantes de organizações da sociedade civil e movimentos sociais com atuação de base, além de grupos de engajamento – que organizam debates autogestionados e recomendações temáticas no G20.
Do encontro, saíram os textos-base colocados em consulta pública na página do G20 Social Participativo – ferramenta digital criada exclusivamente para o G20 Social. Os textos apresentaram a sistematização das propostas debatidas, conforme padrões internacionais de relatórios e documentos diplomáticos, sobre os três temas prioritários do G20: combate à fome, pobreza e desigualdade; reforma da governança global e sustentabilidade, mudança do clima e transição justa.
Na plataforma trilíngue, a sociedade civil também pôde apresentar propostas, anexar documentos elaborados por coletivos ou indivíduos com reflexões sobre os assuntos prioritários do G20, além de postar comentários por parágrafo. Foram, ao todo, 15 campos de contribuição para cada documento, por pessoa.
ENGAJAMENTO – Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).
IMPRENSA – Nos dois primeiros dias do encontro, os Diálogos com a Imprensa aproximarão os jornalistas credenciados para a Cúpula Social dos temas e das personalidades convidadas para debate-los nas plenárias oficiais. Em mesa que reunirá Tawakkul Karman, Nobel da Paz, Yildiz Temürtürkan, coordenadora internacional da Marcha de Mulheres, e a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, nesta quinta-feria, 14, às 11h, o diálogo de abertura abordará o empoderamento feminino.
Todos os encontros serão na Sala de Imprensa, no Pavilhão Kobra do Boulevard Olímpico.
Confira abaixo a programação completa dos Diálogos com a Imprensa:

14/11

Diálogo de alto nível sobre o empoderamento feminino

11:00 -12:00

Tawakkol Karman, Prêmio Nobel da Paz, 2011

Yildiz Temürtürkan (Türkiye), Coordenadora Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM)

Ministra Esther Dweck, MGI

Diálogo de alto nível sobre financiamento para o desenvolvimento sustentável

16:30 – 17:30

Ha Joon Chang (Coreia do Sul), economista, professor e autor do best-seller internacional Chutando a Escada

Ibrahima Coulibaly (Mali/União Africana) Presidente da Organização Pan-Africana de Agricultores (PAFO)

Alessandra Nilo, Sherpa do C20

15/11

Diálogo de alto nível sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

11:00-12:00

Ministro Wellington Dias, MDS

Daniel Balaban, Diretor do Centro de Excelência do WFP

Heidi McAnnally-Linz, Líder Global de Políticas e Parcerias para a Iniciativa de Graduação Ultra-Pobre do BRAC

Diálogo de alto nível sobre a Democratização da Governança Global

13:30-14:30

Laurence Tubiana, Economista e Diplomata

Isabella Weber, Economista

Nandini Azad, Fórum de Mulheres Trabalhadoras – ICNW, Índia

Diálogo de alto nível sobre Social Participação Social e Luta Contra a Fome

16:30-17:30

Morgan Ody (França/União Europeia), ECVC, Via Campesina

Embaixador Nosipho Nausca-Jean Jezilel, Presidente do CSA

Betta Recine, CONSEA

Obs: Todos os eventos estão sujeitos à lotação dos espaços

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A IMPRENSA

  • sala de imprensa está localizada no Pavilhão Kobra; haverá um espaço de apoio também reservado à imprensa no Armazém Utopia.
  • abertura será realizada no Museu do Amanhã, com transmissão pela EBC e TV G20. Após a cerimônia, haverá coletiva na Sala de Imprensa do Armazém Kobra.
  • As atividades organizadas pela sociedade civil – autogestionadas – serão realizadas simultaneamente no Museu do Amanhã, Armazém Kobra, Armazém 3, Armazém Utopia e Armazém 2, que integram o Território do G20 Social.
  • Todos os espaços estão sujeitos à lotação.
  • Projeto Comunicação Colaborativa – dia 14, às 16h, será debatida a “Formação de colaboradores populares e o enfrentamento às fake news”, com mediação da BEMTV; no dia 15, às 15h, a Globo mediará conversa sobre o tema “Desinformação e justiça climática”.
  • O CRIA G20, com retirada de ingresso pelo Sympla, conecta criadores digitais, ativistas e comunicadores para debater temas prioritários da presidência brasileira no G20, será realizado no Pier Space, durante os três dias do G20 Social.
  • programação cultural será realizada no palco da Praça Mauá, diariamente a partir das 18h.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

CONTATOS:
ATENDIMENTO
E-mail: secom.imprensa@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 3411-1601/1044
FOTOGRAFIA
E-mail: seaud.secom@presidencia.gov.br
Tel.: (61) 98100-1993 (apenas por mensagem via Whatsapp)

Entre críticas ao PSDB e afagos ao PSD, Raquel Lyra sinaliza os caminhos a seguir

14/11/24

Betânia Santana

http://blogfolhadosertao.com.br

Em entrevista ao Estadão, governadora se diz contra o partido ser oposição a Lula e ressalta ajuda do presidente
Na entrevista que deu ontem ao Estadão, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), que esteve em Brasília, só faltou afirmar com todas as letras: “Estou indo para o PSD”. Deixou clara sua insatisfação no ninho tucano. “Discordo de posições que o partido vem tomando, como a oposição sistemática ao governo Lula.”Alfinetou o PSDB ao reconhecer que a legenda tem feito oposição por oposição, enquanto parte da população pena à espera de serviços básicos. “É sobre a vida real das pessoas que precisamos discutir.”

Em tom de missão cumprida, registrou que em Pernambuco a sigla saiu de cinco para 32 prefeituras. “Sou grata ao partido pela oportunidade de disputar e ganhar três eleições, mas faço discussões internas.”

Na mesma intensidade,  revelou a afinidade com os principais líderes do PSD: em nível nacional, o presidente Gilberto Kassab, e em nível estadual, o presidente e ministro André de Paula.

“Tenho uma relação muito sólida com Kassab e o PSD, relação que não foi construída agora… E André de Paula é um grande parceiro da nossa gestão…  Há uma proximidade forte com Kassab e o PSD.”

Fez questão de posicionar-se como independente em relação ao Governo Federal e justificou os laços com o presidente Lula, que tem o PSD na base. “O mundo ainda tem fome e precisamos construir esses consensos e ter uma agenda para o País. Por isso não me coloco como oposição ao presidente Lula.”

E deu ao petista o crédito por destravar projetos em Pernambuco. “Tenho que reconhecer e agradecer a postura do presidente Lula e dos ministros.”

A entrevista se deu em meio a rumores de sua saída do partido, e um dia após o presidente do PSDB, Marconi Perillo, elogiar seu desempenho nas eleições, e de sustentar que a legenda é oposição a Lula. Ontem, Gilberto Kassab também estava em Brasília, em encontro das associações comerciais e empresariais do Brasil.

Disputa pela primeira secretaria
A avalanche de apoios anunciada para a reeleição do primeiro secretário na Assembleia, Gustavo Gouveia, não inibiu insatisfeitos com sua gestão. O líder do PP, Kaio Maniçoba, apresentou o nome do deputado Francismar Pontes como outro concorrente ao cargo. Aposta em, pelo menos, 30 votos para o postulante. Francismar é querido na Casa, mas ontem não quis falar sobre o assunto.

Sem convite
O presidente estadual do PT, deputado Doriel Barros, disse ontem que jamais iria buscar nomes vinculados a outros partidos, como Dani Portela, mesmo sabendo da crise interna no PSOL. “Ela é quem precisa nos procurar se desejar entrar no PT.” Por enquanto, a deputada assegura continuar onde está.

Contra o atraso
Como o resultado da eleição no Cabo de Santo Agostinho ficou sub judice, só ontem o atual prefeito, Keko do Armazém, definiu a equipe de transição. O prefeito eleito, Lula Cabral, já está com tudo pronto para iniciar o processo. A equipe será coordenada pelo vice eleito, Jamerson Batera.

Homem com explosivos morreu após tentar entrar no STF em Brasília

14/11/24

http://blogfolhadosertao.com.br
Os policiais chegaram a avistar um homem saindo correndo do carro, mas acreditaram que ele estava fugindo do fogo
Um homem com explosivos tentou, sem sucesso, entrar no Supremo Tribunal Federal em Brasília nesta quarta-feira (13), e morreu por causa de uma explosão em frente ao edifício, disseram as autoridades.

“O cidadão se aproximou do Supremo Tribunal Federal, tentou entrar, não conseguiu e ocorreu a explosão na porta”, disse em coletiva de imprensa a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

Leia também
• Uma pessoa é encontrada morta após explosões perto do STF
• Congresso encerra sessões e reforça segurança após explosões no STF
• Polícia faz varredura na Praça dos Três Poderes após explosões perto do STF

Refinaria Abreu e Lima não pode repetir, 10 anos depois, fantasma de aumento no preço da obra

14/11/24

Adriana Guarda- JC

http://blogfolhadosereto.com.br

 

Obras do trem 2 esperadas para começar no final de 2024 foram adiadas para 2025. TCU voltou a encontrar preços muito acima do orçamento da Petrobras

Não teve corte de fita. Nem cerimônia de inauguração. Nem discursos nacionalistas. Nem mãos manchadas de óleo em macacões laranja. Há dez anos, no dia 6 de dezembro de 2014, a Petrobras iniciava a produção de diesel da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) em silêncio. O que se esperava era uma grande festa para comemorar a conclusão da primeira unidade de refino do País, após um longo intervalo de 34 anos sem novos projetos, mas não tinha clima. A operação Lava Jato já havia estourado e a Rnest estava no centro de um dos maiores esquemas de corrupção do País.

Projetada para funcionar com Dois Trens (duas etapas), cada um com capacidade para processar 130 mil barris de petróleo por dia, a Rnest foi entregue apenas com o Trem 1. Ainda assim, ficou faltando construir a unidade de abatimento de gases do efeito estufa e, por isso, o Trem 1 só está autorizado a processar 100 mil bpd, quando o previsto seria 115 mil bpd. Mesmo com sua capacidade total de produção pela metade, a refinaria foi considerada a mais cara do mundo (para seu porte), com orçamento de US$ 18,8 milhões.

JAILTON JR/JC IMAGEM
Lula anunciou investimentos para ampliação e conclusão da Refinaria Abreu e Lima – JAILTON JR/JC IMAGEM
PRORROGAÇÃO

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a Suape e visitou a Rnest prometendo concluir o Trem 1 e reiniciar e entregar a obra do Trem 2. A estimativa inicial é de um investimento de R$ 8 bilhões e previsão de início das obras para o último trimestre de 2024 e a operação para 2028. Recentemente, a Petrobras informou que a previsão inicial não deverá se concretizar.

Na terça-feira (12), a governadora de Pernambuco participou de reunião, no Rio de Janeiro, com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e retornou com a informação de que a expectativa é que as obras do segundo trem comecem no primeiro semestre de 2025.

“Temos a expectativa de que no primeiro semestre do próximo ano as obras sejam iniciadas. Já estamos próximos, dialogando com a Petrobras sobre qualificação profissional e o papel do Governo do Estado, a exemplo da dragagem do porto interno e externo que era um compromisso do Governo de Pernambuco desde o início das obras do primeiro trem da Refinaria Abreu e Lima”, destaca Raquel Lyra.

Fernando Frazão/Agência Brasil
Sala de controle da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), da Petrobras – Fernando Frazão/Agência Brasil
MESMOS PROBLEMAS?

As obras da Rnest estão sendo acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou que as propostas foram “significativamente maiores que o orçamento de referência da Petrobras, inviabilizando, segundo o TCU, a contratação e colocando em risco a viabilidade econômica do projeto”. Na prática o TCU está dizendo que a obra está ficando cara novamente.

Em nota à imprensa, a Petrobras reiterou que a licitação para a retomada da construção do Trem 2 da Rnest foi encerrada em função da não convergência das propostas ao orçamento. “A Petrobras reafirma seu compromisso com a transparência e a conformidade, além de valorizar a atuação do TCU, que contribui para a melhoria contínua de nossos processos”, disse a estatal.

Para os trabalhadores a retomada das obras da refinaria é aguardada com expectativa para turbinar as oportunidades de emprego na região do Complexo de Suape, como aconteceu até 2014. A previsão é que a ampliação e modernização da Rnest seja responsável pela abertura de 10 mil vagas.

10 ANOS DE HISTÓRIA

2005
O projeto da RNEST é anunciado com a presença dos presidentes Lula e Hugo Chávez.

2007
Chávez reclama do atraso no cronograma da obra.

2009
Dilma Roussef anuncia que a refinaria será inaugurada no primeiro semestre de 2011.

2010
O Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda a paralisação das obras por encontrar indícios de sobrepreço.

2013
A Venezuela desiste da parceria com a Petrobras, sem ter investido um centavo sequer.

2014
A Operação Lava Jato investiga um esquema de corrupção na Petrobras, atingindo as obras da Rnest. A refinaria começa a funcionar parcialmente em dezembro de 2014.

2015
As obras da RNEST são paralisadas devido às investigações da Lava Jato.

2022

O ex-presidente Bolsonaro tentou vender a Rnest, mas não teve sucesso

2023
A Petrobras anuncia a retomada das obras da refinaria, com início de operação previsto para 2027

2024

O presidente Lula visita a refinaria para corroborar o anúncio de que as obras da refinaria serão retomadas, com investimento de R$ 8 bilhões

 

Uma pessoa é encontrada morta após explosões perto do STF

14/11/24
Uma pessoa foi encontrada morta em frente ao STF após as explosões
Uma pessoa foi encontrada morta nesta quarta-feira (12) nas imediações do prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília, depois que duas explosões foram registradas e o edifício foi evacuado, informaram as autoridades.

“Posso informar que há sim um corpo na frente do STF”, disse à AFP um porta-voz da Polícia Federal.

O Supremo disse em comunicado que “ao final da sessão […] dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança”.

A sede do STF fica na Praça dos Três Poderes, onde também estão situados o Palácio de Planalto e o Congresso Nacional.

O Palácio do Planalto está fechado e toda a área foi isolada, enquanto uma grande operação de segurança se desenvolvia na região, constatou um fotógrafo da AFP.

A PF informou que abriu uma investigação para esclarecer a origem dos “ataques”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Palácio do Planalto no momento das explosões, disse à AFP um porta-voz da Presidência.

A Praça dos Três Poderes foi palco de um ato sem precedentes em 8 de janeiro de 2023, uma semana depois da volta de Lula ao poder.

À época, milhares de bolsonaristas, inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro, invadiram os edifícios e provocaram enorme destruição.

As explosões desta quarta acontecem às vésperas da cúpula de líderes do G20 no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro.

No dia 20, Lula tem uma reunião marcada em Brasília com seu par chinês, Xi Jinping.

Leia também
• Congresso encerra sessões e reforça segurança após explosões no STF
• Polícia faz varredura na Praça dos Três Poderes após explosões perto do STF

Cresce a pressão social pela aprovação da PEC pelo fim da escala de 6 dias de trabalho por 1 dia de folga

13/11/24
Agência Brasil
http://blogfolhdosertao.com.br

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) já recebeu 134 assinaturas de deputados e precisa 171 para começar a tramitar na Câmara

O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) agitou as redes sociais e a imprensa nos últimos dias com a proposta de fim da escala de 6 dias de trabalho por 1 dia de folga, a chamada escala 6×1. O tema está entre os mais comentados da plataforma X.

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a proposta foi apresenta em 1º de maio deste ano inspirada no movimento VAT que, por meio de uma petição online, já recolheu mais de 2,3 milhões de assinaturas na internet a favor do fim da escala 6 por 1.

“[A jornada 6×1] tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, argumentou Erika Hilton em uma rede social.

“A carga horária abusiva imposta por essa escala de trabalho afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e relações familiares”, alerta a petição online.

Outras propostas

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Apresentada em 2019 pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), a PEC 221/2019 propõe uma redução, em um prazo de dez anos, de 44 horas semanais por 36 horas semanais de trabalho sem redução de salário.

A PEC aguarda a designação do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Se a PEC da deputada Erika Hilton atingir as 171 assinaturas, ela deve ser apensada à proposta do deputado Reginaldo Lopes.

A PEC 221 inclui um novo dispositivo no artigo 7º da Constituição definindo que o trabalho normal não deve ser “superior a oito horas diárias e trinta e seis semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

Apesar de a proposta não vetar a escala 6×1, o parlamentar tem defendido uma jornada de até 5 por 2.

“[Domingo] é o dia sagrado que o trabalhador tem livre da labuta. Mas é muito pouco. Já passou da hora de o país adotar uma redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas e esse deve ser o centro de um governo popular. O Brasil tem que adotar um modelo de 4×3 ou 5×2, sem redução de salário”, defende o parlamentar.

Outra proposta que reduz a jornada de trabalho em tramitação no Congresso Nacional é a PEC 148, de 2015, de autoria do senador Paulo Paim (PT/RS). A PEC define uma redução de 44 horas para 40 horas semanais no primeiro ano. Em seguida, a jornada seria reduzida uma hora por ano até chegar às 36 horas semanais.

Em uma rede social, Paim comemora que o tema tenha voltado ao debate. “É muito bom ver que novos parlamentares, como a deputada federal Erika Hilton, estão sintonizados com as demandas históricas dos trabalhadores. Uma luta antiga. Espero que a Câmara dos Deputados vote essa proposta e que o Senado também vote iniciativas com a mesma temática”, destacou o senador.

Sindicatos

A redução da jornada de trabalho no Brasil é uma demanda histórica de centrais sindicais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre pautou a redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais.

“Durante décadas, trabalhadores e entidades sindicais têm reivindicado a redução de jornadas extenuantes e o fim de escalas que desconsideram a saúde e o direito ao descanso dos trabalhadores”, defende a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em nota apoiando o fim da jornada 6×1.

Críticas

A proposta para o fim da escala 6×1 também recebeu críticas de parlamentares e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade patronal onde atuam boa parte dos trabalhadores que trabalham na escala 6 por. 1.

“A imposição de uma redução da jornada de trabalho sem a correspondente redução de salários implicará diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas. Esse aumento inevitável na folha de pagamento pressionará ainda mais o setor produtivo, já onerado com diversas obrigações trabalhistas e fiscais”, afirmou a CNC.

O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) avalia que tende a achar que o fim da escala 6×1 vai prejudicar a economia, mas que está aberto para ser convencido do contrário. “O requerimento de PEC discutido NÃO é pelo fim da escala 6×1, mas sim pelo estabelecimento de uma escala de quatro dias na semana (ou seja, a priori, nem segunda a sexta). 80% dos empregos formais do Brasil são oriundos de MICRO ou pequenas empresas, minha gente”, disse em uma rede social.

Ministro

O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, por sua vez, defendeu que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho, quando patrão e trabalhadores negociam as regras do contrato firmado entre as partes.

“A pasta considera, contudo, que a redução da jornada para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva. O MTE tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, disse Marinho em uma rede social.

Ceará bate o  Botafogo-SP e tira Sport do G4 da Série B a duas rodadas do fim

13/11/24

Saulo Mineiro fez três gols na goleada do Ceará sobre o Botafogo-SP
Com certeza, o torcedor do Sport que ficou na frente da televisão secando o Ceará, nesta terça-feira (12), terá dificuldades para dormir, por imaginar o futuro do clube na sequência da Série B.

Isso porque, os rubro-negros viram o rival regional golear o Botafogo-SP, por 4×1, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, no complemento da 36ª rodada do campeonato e ultrapassá-los na tabela de classificação.

Agora, apesar das duas equipes somarem 60 pontos, o Vozão passa a integrar o G4 da competição nacional, graças ao número de vitórias. Com a confiança em alta, o time de Léo Condé chegou ao 18º triunfo. Pepa e companhia acumulam um resultado positivo a menos, fecharam a rodada em quinto e já não dependem mais de si para conseguir o acesso à Primeira Divisão do futebol nacional.

Vale lembrar que há três rodadas, a diferença entre Sport e Ceará na tabela era de oito pontos. Entretanto, enquanto o time da Praça da Bandeira perdeu para América-MG e Operário-PR, além de ficar no empate com a Chapecoense, o de Porangabuçu triunfou sobre Paysandu, Avaí e Botafogo-SP.

Goleada alvinegra

A goleada do Ceará sobre o Botafogo-SP teve nome e sobrenome: Saulo Mineiro. O atacante esteve envolvido diretamente em todos os gols do Vozão. Na primeira etapa, o camisa 73 colocou os visitantes em vantagem de pênalti.

Já no segundo tempo, fez o segundo após driblar Bernardo Schappo e serviu Erick Pulga, que fez o terceiro. Em contra-ataque, o centroavante ainda teve fôlego para fazer o quarto dos cearenses. Também na etapa complementar, Gustavo Bochecha fez o de honra da Pantera.

Cenários

Com a possibilidade de voltar ao grupo de acesso na rodada seguinte, o Sport terá que lidar com cenários distintos do habitual nos últimos jogos.

Todos eles passam por um bom resultado perante a Ponte Preta, no sábado (16), às 21h30, no Moisés Lucarelli. Apesar de estar em quinto no momento, o Leão pode subir até para a vice-liderança da Série B.

Para o quadro mais otimista, de chegar ao segundo lugar, o Rubro-negro precisa vencer a Ponte e torcer por derrotas de Mirassol e Novorizontino contra Operário e Paysandu, respectivamente, e, no máximo, um empate do Ceará frente ao América.

Ademais, caso faça o dever de casa em Campinas, um revés de qualquer uma das equipes já seria suficiente para recolocar a equipe leonina no grupo de acesso.

Há, também, a possibilidade de dar o troco no Ceará e ingressar na zona de classificação com um empate no Moisés Lucarelli.

Para isso, no entanto, o clube alvinegro precisaria perder para o Coelho, no Castelão, na segunda-feira (18). Assim, o Sport chegaria para o confronto com o Santos, na Ilha, com 61 pontos. Já os cearenses visitariam o já rebaixado Guarani com 60.