Representantes dos micro e pequenos empresários do setor de comércio foram ouvidos na Assembleia Legislativa nesta quarta. Eles participaram de uma reunião da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, e pediram menos burocracia para obter as licenças necessárias para o funcionamento dos negócios. Coordenadora do grupo, a deputada Débora Almeida, do PSDB (foto) , comentou outras demandas apresentadas pelos comerciantes. “A gente teve aqui algumas representações e pode escutar as dores e os sentimentos, e sobre algumas ações específicas, como a questão de segurança, de infraestrutura.

Uma pauta aqui que foi levantada que a gente vai trazer em 2026 é a questão da reforma tributária e qual o impacto dessa reforma tributária nos pequenos negócios, para que a gente possa ver o que é que essa casa pode contribuir também com propostas e poder desburocratizar também o trabalho do comércio.”

A reforma tributária, que terá vigência completa a partir de 2032, terá impacto nas pequenas empresas porque vai abrir mais espaço no comércio e nos serviços para a geração de créditos tributários, ou seja, a recuperação de parte dos tributos pagos nas etapas anteriores da atividade econômica. Mas isso só será possível se as pequenas empresas também fizerem recolhimento de tributos fora do sistema do Simples Nacional. Outra questão abordada foi a falta de segurança, principalmente nas lojas de rua, como destacou o  vice-presidente da Fecomércio Pernambuco, Joaquim de Castro. “

Tem que haver alguma mudança com relação à aplicação da lei, nós temos várias situações que mostram isso: de pessoas que foram presos mais de uma vez por dia, de pessoas que foram presos várias vezes num período curto de tempo. Então, se não houver uma mudança disso, recai em cima do comércio. Gera um ambiente de insegurança e as pessoas começam a se afastar e começam a procurar ambientes mais seguros, como os shoppings, como as galerias locais que as pessoas têm pelo menos uma sensação de segurança melhor.”

O representante da Fecomércio também fez cobranças em relação à infraestrutura, especialmente de estradas em locais turísticos e que estão em más condições. Ele ainda pediu investimentos no sistema educacional porque avalia que os estudantes não estão sendo preparados com as competências mínimas para o trabalho.