Lula cogita demitir toda cúpula da Abin após revelação na operação de espionagem ilegal

27/01/24

Cynara Maíra

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O presidente estuda possibilidade de demitir lideranças da Abin após suspeitas que cúpula do órgão esteja a proteger investigados em caso de espionagem ilegal na chamada “Abin paralela” durante gestão de Ramagem

Lula estuda a possibilidade de demitir as lideranças da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A situação ocorre após a operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (25) indicar que os investigados de espionagem ilegal dentro da agência estão sendo protegidos pela cúpula do órgão.

A operação da PF ontem fez buscas e apreensões vinculadas ao uso de monitoramento ilegal dentro da Abin durante a gestão de Bolsonaro (PL), período em que o diretor da agência era o atual deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Na operação, foi identificado a existência de uma “Abin paralela” em que era investigado ilegalmente adversários políticos e autoridades.

LULA ESTUDA DEMITIR LIDERANÇAS DA ABIN APÓS OPERAÇÃO

De acordo com o Blog de Andréia Sadi no G1, Lula cogita demitir as principais lideranças da Abin depois dos indicativos de que os servidores têm protegido investigados de espionagem ilegal dentro do órgão, da chamada “Abin paralela“.

A PF também classifica que a presença dos atuais líderes da Abin tem sido “insustentável”. Nesse contexto, um grupo apoia que ocorra a demissão do diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, e do diretor Alessandro Moretti.

Moretti é o ex-secretário-executivo de Anderson Torres na Secretaria de Segurança Pública do DF até o fim de 2022 e também esteve no setor de inteligência da PF durante o 8 de janeiro. Esse histórico gerou brigas dentro do governo Lula sobre sua inserção na Abin.

Apesar desse apontamento, o diretor-geral da Abin é considerado confiável pelo ministro da Casa-Civil, Rui Costa (PT), que define as demissões dentro do Governo Lula.

PF investiga possível monitoramento ilegal de autoridades pela ABIN

No documento de autorização da operação da PF em relação às investigações sobre a Abin o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou que Alexandre Ramagem, ex-diretor do órgão, usou a agência para espionar ilegalmente para os interesses da família de Bolsonaro.

Entre os monitorados ilegalmente pela “Abin paralela” já foram indicados a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PSDB) e o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana.

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