Mobilização solicita a auditoria do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
O Grito da Juventude nas ruas
A União Nacional dos Estudantes (UNE) convoca estudantes brasileiros a participar de protestos, que serão realizados em diversas cidades do País nesta segunda-feira (27), a partir das 11h, para solicitar a auditoria do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019.
No Recife, o ato será realizado na Praça do Derby, área central da capital pernambucana. Outras onze cidades também já estão na lista das mobilizações divulgadas nas redes sociais da UNE. No Instagram, a entidade postou também, no ínicio da noite deste domingo (26), que “o Sisu 2020.1 encerra hoje o principal programa de acesso às universidades e institutos federais. Estudantes de todo o Brasil estão tendo problema com as falhas no sistema e o governo segue ignorando este fato. Não basta apenas ingressar na universidade, temos que construir a luta pela educação. Amanhã terá ato no Brasil inteiro, vem somar com a gente, vem pra luta, vem pra UNE!”.
Entenda o caso
Na última terça-feira (21), as entidades representativas dos estudantes UNE, UBES e ANPG entraram com uma representação para que o Ministério Público Federal (MPF) realize uma auditoria nas notas do Enem. A reivindicação é para que se apurem as falhas que atingiram cerca de 6 mil candidatos, além de averiguar se os resultados atribuídos às provas estão realmente condizentes com o desempenho dos estudantes.
A representação ainda cobra uma investigação das condutas do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e do presidente do Inep, Alexandre Lopes, por possível improbidade administrativa. Há também um pedido de ação civil pública por danos morais aos estudantes que foram lesados com os erros na correção.
Mesmo com as falhas, as inscrições para o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) não foram adiadas pelo governo. “Essa é uma grande irresponsabilidade do governo. Milhares de estudantes foram prejudicados sem nenhuma resposta efetiva. Por isso, seguimos lutando não só pela garantia de uma avaliação transparente, mas para que haja justiça para todos os estudantes que saíram prejudicados”, disse o presidente da UNE, Iago Montalvão.