Todo cuidado é pouco
Por Diario de Pernambuco
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Uma menina de 1 ano que mora em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), é a primeira paciente com diagnóstico de sarampo confirmado no estado em 2020. A criança começou a apresentar sintomas da doença no dia 3 deste mês. A confirmação está no último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado nesta quinta-feira (23).
Nas duas primeiras semanas epidemiológicas do ano, isto é, até o último dia 11, foram notificados 18 casos de sarampo em Pernambuco, com uma confirmação e seis casos descartados. Em 2019, foram notificados 1.236 casos suspeitos de sarampo. Desses, 289 foram confirmados e 656 descartados.
No ano passado, de acordo com dados preliminares da SES, foram aplicadas 786.506 doses da vacina tríplice viral em Pernambuco. A quantidade é 50% maior do que o mesmo período de 2018, com 524.332 doses. Além do sarampo, a imunização protege conta a rubéola e caxumba.
A tríplice viral é disponibilizada de rotina nos postos de saúde para a população de 6 meses a 49 anos. Entre os dias 10 de fevereiro e 13 de março deste ano, haverá campanha nacional para vacinação contra o sarampo para a população entre 5 e 19 anos.
Risco
As crianças são as mais suscetíveis a complicações e óbitos por sarampo. A incidência de casos em menores de 1 ano é nove vezes maior em relação à população em geral. A cada 100 mil habitantes, 52 crianças nessa faixa etária tiveram confirmação para a enfermidade no país. A segunda faixa etária mais atingida é de 1 a 4 anos. Dos 194 países signatários do Regulamento Sanitário Internacional, 182 reportaram casos confirmados de sarampo, sendo que a Europa (53 países) e o Sudeste Asiático (11 países) apresentaram casos em todos os seus países.
Entenda como funciona a vacinação:
A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível de rotina nas salas de vacina dos municípios. A imunização com a tríplice deve seguir o seguinte esquema:
– Crianças entre 6 meses e 11 meses devem tomar uma dose da tríplice viral. Importante ressaltar que essas crianças precisarão seguir o esquema normal de imunização a partir dos 12 meses.
– Indivíduos de 1 ano a 29 anos de idade: 2 doses da tríplice viral;
– Indivíduos de 30 a 49 anos de idade não vacinados: 1 dose da tríplice viral;
– Profissionais de saúde não vacinados: 2 doses com a vacina tríplice viral independente da idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.