Lava-Jato: PT fala em conluio; Moro questiona veracidade de mensagens

02/02/21

 (Foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

O fim do sigilo de mensagens obtidas pela Operação Spoofing reacendeu a discussão sobre a postura do ex-juiz Sergio Moro nas ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É que, para o Partido dos Trabalhadores (PT), as mensagens publicadas a partir desta decisão “reafirmam o conluio” entre Moro e os procuradores da Lava-Jato. Moro, no entanto, diz que agiu com “correção e imparcialidade” nos julgamentos, e não reconhece a veracidade das mensagens.

A publicação de novas mensagens da Operação Spoofing, que investigou a invasão hacker a celulares de autoridades como o ex-ministro Sergio Moro ocorreu nesta segunda-feira (1º/2), após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantar o sigilo das conversas. A decisão de Lewandowski ocorreu no âmbito de reclamação apresentada pela defesa de Lula, que já havia obtido acesso às mensagens e pretende usar as conversas para mostrar que Moro teria agido de forma parcial nos julgamentos que levaram à condenação e à prisão do ex-presidente.

Ao todo, 50 páginas de conversas entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol e em grupos de procuradores da Lava-Jato, ao longo dos anos de 2015, 2016 e 2017, viram à tona nesta segunda-feira. As mensagens mostram os procuradores acertando detalhes das ações da Lava Jato, mas também trocas de informações e consultas realizadas entre Moro e Dallagnol.

Em dezembro de 2016, por exemplo, Dallagnol diz a Moro que a força-tarefa estava protocolando a denúncia contra Lula. Moro responde dizendo “um bom dia afinal”. Antes disso, em agosto, o ex-juiz havia questionado ao procurador se a força-tarefa já não estava há muito tempo sem operações. Veja a íntegra das conversas aqui ou leia abaixo.

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