Ministro Dias Toffoli é alvo de inquérito da PF por suspeita de recebimento milionário em troca de benefício político

12/05/21

Midias Sociais/blogfolhadosertao.com.br

 (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)
Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
Tendo como base o acordo de colaboração premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a Polícia Federal (PF), em episódio inédito, encaminhou, nesta terça-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito contra o ministro e ex-presidente do STF, Dias Toffoli. De acordo com informações da Folha de São Paulo,  Toffoli pode ter chegado a receber R$ 4 milhões em troca de benefícios políticos.
Segundo informações obtidas pela Folha, Cabral informou, em delação, que Toffoli recebeu R$ 4 milhões, no período de 2014 a 2015, para beneficiar prefeitos de cidades fluminenses em processos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Toffoli foi ministro do TSE no período de 2012 a 2016, tendo também presidido a Casa durante dois anos, de maio de 2014 a maio de 2016.
Os pagamentos por venda de decisões teriam sido operacionalizados pelo ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, Hudson Braga.  Ainda de acordo com o delator, os repasses também envolvem a advogada Roberta Rangel, esposa de Dias Roffoli.
A ação da PF é considerada inédita, isso porque é a primeira vez que a Polícia Federal solicita ao STF uma investigação envolvendo um ministro do Supremo. O pedido integra uma nova rodada de inquéritos que foram solicitados pela PF baseados nas informações repassadas por Sérgio Cabral.
O material foi entregue ao relator do caso, ministro Edson Fachin, que enviou a PGR (Procuradoria-Geral da República) para que o órgão se manifeste.
Através de assessoria, Dias Toffoli informou não ter conhecimento sobre as informações reveladas pelo ex-governador do Rio, negando as atuações em favorecimento de políticos e o recebimento dos valores milionários.

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