27/07/25
Realizada pela Prefeitura do Recife, a maior competição de futebol de várzea do mundo teve início neste sábado (26), com mais de 16 mil atletas amadores inscritos, entre 7 e 75 anos; é a primeira edição desde que o torneio virou política pública permanente
O maior campeonato de várzea do mundo volta a movimentar os campos do Recife a partir deste final de semana. Neste sábado (26), o Parque do Caiara, na Iputinga, sediou o primeiro duelo de futebol do Recife Bom de Bola 2025. Realizada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Esportes, a 12ª edição do campeonato registrou mais de 16 mil atletas inscritos, divididos em mais de 600 equipes. Os jogos devem ocorrer até o mês de dezembro, em campos espalhados por toda a cidade. O prefeito João Campos acompanhou a abertura do evento.
“Estamos mais um ano realizando o Recife Bom de Bola, um campeonato que reúne mais de 16 mil atletas amadores do Recife. São 600 equipes, divididas em diversas categorias, e o mais importante: é um estímulo à prática da atividade física. A gente sabe que quem pratica exercício, que tem a oportunidade de viver o esporte e a disciplina que ele proporciona, com certeza está mais protegido das coisas ruins do mundo e mais próximo das coisas boas que o esporte oferece”, afirmou o prefeito João Campos.
A edição deste ano chega com duas novidades: as disputas sub-9 e sessentão. Com o acréscimo, o Recife Bom de Bola passa a ter 10 categorias: aberto masculino, aberto feminino, sub-9, sub-11, sub-13, sub-15, sub-17, sub-20, sessentão e veterano, contemplando atletas amadores com idades entre 7 e 75 anos. É na categoria sub-9, inclusive, que o pontapé inicial da competição foi dado.
Outra marca desta edição é a equiparação de premiação entre as categorias masculinas e femininas, reforçando o compromisso do programa com a igualdade de gênero no esporte. O campeonato também vai realizar mais de 1.000 jogos e contará com a atuação de mais de 100 profissionais formados pelo curso de arbitragem oferecido pela Prefeitura do Recife, voltado à formação e contratação de árbitros e assistentes para atuar na competição.
Como assistente de árbitro no Bom de Bola, Ruth de Lima transformou sua vida. “Minha história com o futebol começou quando eu tinha cinco anos. Sempre amei jogar, mas como não consegui seguir carreira, decidi entrar na arbitragem já com 38 anos. No começo eu achava que não levava jeito, mas fiz o curso, passei nas provas e logo na primeira vez levantando a bandeira, o professor disse que eu tinha talento. Foi aí que minha vida começou a mudar. Com o dinheiro que ganhei, organizei minha casa, comprei meus móveis, antes eu não tinha nada. Foi o Bom de Bola que me ajudou a me reerguer”, contou Ruth.
Desde a sua criação, o Recife Bom de Bola tornou-se referência no futebol amador no país, proporcionando integração entre comunidades, incentivo à prática esportiva e ocupação dos espaços públicos.
Na edição de 2024, 16.290 atletas se dividiram em 543 times, com 1.210 jogos realizados e 3.383 gols marcados. Nas quadras, o futsal reuniu 3.275 atletas, divididos por 183 equipes. Ao todo, 2.572 gols foram marcados durante a competição, que teve 383 jogos.
AGORA É LEI – O Recife Bom de Bola se tornou, neste mês de julho, uma política pública permanente na capital pernambucana, com a Lei Municipal nº 19.399/2025, que garante a continuidade da iniciativa e seu fortalecimento como programa de transformação social em todas as Regiões Político-Administrativas da cidade. Agora chamado Recife Bom de Bola – Campeonato Municipal de Esportes no Município do Recife, a competição prevê disputas em diversas modalidades como Futebol de Campo, Futsal, Basquete 3×3, Vôlei e Queimado.
O objetivo da legislação municipal é promover a inclusão social e o acesso democrático ao esporte, ao disponibilizar espaços esportivos municipais e incentivar a participação de equipes de várzea de todo o Recife. Com isso, contribui para a formação de cidadãos mais ativos, saudáveis e engajados com a comunidade, além de fortalecer o tecido social e os laços de pertencimento. Em paralelo, a medida impulsiona a economia local, ao gerar demanda por materiais esportivos, serviços de arbitragem, transporte e outros setores relacionados ao evento.
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Fotos: Edson Holanda/Prefeitura do Recife