Novela da Univasf em Salgueiro: Reitor denuncia que empresa contratada para iniciar construção do Campus ”foi ameaçada de ser literalmente tratorada”

20/04/23

Blogfolhadosertao.com.br

 

Prefeito de Salgueiro não compareceu nem mandou representante do Executivo para a Audiência Pública  promovida pela Câmara Municipal de Vereadores

Maquete do Campus e o atual reitor da Univasf,  Julianeli Tolentino

Aconteceu nesta quarta-feira, 19, a primeira audiência pública itinerante da Câmara de Vereadores de Salgueiro, que tratou sobre a construção do Campus da Univasf na antiga estação ferroviária. Vereadores, ex-vereadores, vice-prefeitos, comunicadores, estudantes, professores, indígenas e quilombolas de toda a região compareceram à Casa do Sanfoneiro, local da reunião.

O prefeito de Salgueiro,  Marcones Libório de Sá (PSB)  foi convidado, mas não apareceu, nem mandou representante. Foi registrada a  presença políticos, estudantes e  autoridades públicas  de Salgueiro, Cabrobó, Terra Nova, Verdejante, Parnamirim, São José do Belmonte, Serrita e outras cidades da região. Os estudantes da universidade foram liderados pelo presidente do DCE, Bruno de Melo.

O reitor pro tempore da Univasf, Julianeli Tolentino, explicou a etapa inicial das obras e denunciou um fato que o decepcionou. “Nós estamos implantando a primeira etapa de obras, que compreendem basicamente quatro obras, que consistem no cercamento de toda essa área; na urbanização de toda a área; na reforma dos prédios já existentes, pertencentes à antiga estação ferroviária; e também na colocação do pórtico principal, com guarita, que é por onde nós receberemos nossos estudantes, nossos servidores e toda a comunidade aqui de Salgueiro e da região. […] Nessas obras nós já injetaremos um valor de recursos na ordem de R$ 4,6 milhões, mas que infelizmente, dada essa situação, a empresa que iniciou a execução desse projeto foi ameaçada de ser literalmente ‘tratorada’.  Isso quando chegou aos meus ouvidos foi algo muito decepcionante”, lamentou, destacando que o novo reitor que assumirá a Univasf  na próxima semana, Télio Leite, também é defensor do projeto em andamento em Salgueiro e buscará recursos para a obra de R$ 30 milhões.

Semana passada, em uma entrevista coletiva em Petrolina, Télio Leite  deixou claro que se o projeto da  construção física  do Campus de Salgueiro continuar sofrendo proscrastinação/interrupção,  corre o risco dos recursos  alocados até o momento “serem remanejados para outras obras”.

Representando os estudantes do Campus, que fizeram questão de participar do encontro, o presidente do DCE da Univasf, Bruno de Melo, reafirmou que os alunos da universidade querem a construção do Campus na antiga estação. “A gente foi eleito para defender os interesses dos estudantes, que querem a construção do campus neste terreno. E essa luta pela construção do campus da Univasf é também é uma luta contra a mentira, que está sendo propagandeada e uma luta também contra o obscurantismo, porque o obscurantismo luta contra a educação, contra a conscientização, para que o povo continue embrutecido, sem acesso à informação e sem acesso à verdade. Eu já vi municípios brigarem para ter a universidade, nunca vi isso que está acontecendo em Salgueiro”.

O prefeito Universitário da Univasf, João Pedro da Silva Neto, ressaltou que a universidade já providenciou toda a documentação exigida pela prefeitura e espera que a obra seja liberada. “O que a gente precisava era só a licença e dar a ordem de serviço para o cercamento da área, junto com a urbanização, que foi um projeto já entregue, e do pórtico, que faz parte do cercamento da área. […] Nós encaminhamos os projetos ao vereador Emmanuel e ele entregou à prefeitura, mas hoje nós trouxemos novamente todas as pranchas, as ARTs que foram pedidas pela prefeitura, assinadas pelo engenheiro da obra e pelo professor Julianeli e protocolaremos amanhã pela manhã, porque hoje quando a gente chegou, a prefeitura não estava mais aberta”, informou.

Algumas pessoas, como o vice-prefeito de Terra Nova, Levino Clementino  Pereira  disse que  “se faltar terreno para a construção do Campus em Salgueiro, ele  fará a doação de uma área suficiente de sua propriedade no município vizinho, sendo seguido  por outras pessoas que  franquearam doações em Verdejante, Cabrobó e até numa aldeia indígena próximo ao distrito de Conceição das Crioulas, em Salgueiro.

Com informações do Blog Alvinho Patriota

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