Lula é alvo de protestos em Portugal e presidente do Parlamento pede respeito

25/04/23

Enquanto Lula discursava, 11 parlamentares de extrema-direita de Portugal fizeram um protesto

Ricardo Stuker
Lula fala a empresários reclamando da taxa de juros. – FOTO: Ricardo Stuker

Enquanto Lula discursava, 11 parlamentares de extrema-direita de Portugal fizeram um protesto. Integrantes de outras bancadas do parlamento responderam com aplausos a Lula.

Santos Silva, presidente do Parlamento português, pediu que Lula interrompesse o discurso e pediu que os presentes respeitassem o presidente brasileiro.

“Chega de insultos, chega de envergonhar as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal”, disse o parlamentar português.

Ao final do evento, Santos Silva pediu desculpas oficialmente a Lula, de acordo com o jornal português “Público”.

“Eu acho que essas pessoas quando voltarem para casa, e deitarem a cabeça no travesseiro, vão pensar: ‘que papelão nós fizemos'”, disse Lula.

DISCURSO DE LULA

Um dos destaques da fala de Lula durante o discurso no Parlamento português foi o posicionamento em relação à guerra da Ucrânia.

O presidente brasileiro defendeu a ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e condenou a invasão territorial da Ucrânia.

“Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia. Acreditamos em uma ordem internacional fundada no respeito ao Direito Internacional e na preservação das soberanias nacionais. Ao mesmo tempo, é preciso admitir que a guerra não poderá seguir indefinidamente. A cada dia que os combates prosseguem, aumenta o sofrimento humano, a perda de vidas, a destruição de lares. As crises alimentar e energética são problemas de todo o mundo. Todos nós fomos afetados, de alguma forma, pelas consequências da guerra. É preciso falar da paz. Para chegar a esse objetivo, é indispensável trilhar o caminho pelo diálogo e pela diplomacia.”, disse.

Ao final, Lula exaltou a democracia. “Que deus abençoe Portugal, abençoe o Brasil, e viva a liberdade e a democracia. E não ao fascismo político e injusto”, afirmou.

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