12/11/24
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A proposta é da atual ministra Luciana Santos, criada quando era deputada federal por Pernambuco. A data será celebrada todo 1º de agosto
Na tarde desta terça-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a criação do Dia Nacional do Maracatu, sancionando o Projeto de Lei nº 397/2019.
A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença de ministros, parlamentares e representantes da cultural afro-brasileira que simboliza resistência, tradição e identidade.
O 1º de agosto já era celebrado em Pernambuco desde 1997 em homenagem ao aniversário de nascimento de Luiz de França, um dos grandes mestres do Maracatu-Nação Leão Coroado, que liderou o grupo por 40 anos.
Fundado em 1863, o Leão Coroado é o maracatu mais antigo em atividade ininterrupta no Brasil, sendo uma referência na preservação dessa cultura.
Tradição secular
Nascido da fusão das tradições africanas trazidas por pessoas escravizadas e indígenas locais, o maracatu é marcado por sua musicalidade, vestimentas coloridas e fortes simbologias.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, autora do projeto de lei, contou que a ideia partiu de uma sugestão do movimento de cultura popular.
“Quando falamos de maracatu, falamos de ritmo musical, de percussão, de dança, vestimenta, de sincretismo religioso, de expressão popular, falamos da nossa história. A instituição de uma data nacional nos ajuda a dar visibilidade e fortalecer o maracatu”, afirmou Luciana.
Maciel Salú fala sobre a iniciativa
Nas redes sociais, o mestre de maracatu rural Maciel Salú, expressou sua emoção em participar do evento.
“Quando recebi o convite para participar ao lado do presidente Lulada sanção da Lei que institui o Dia Nacional do Maracatu, um filme passou pela minha cabeça. Lembrei da entrega incondicional e do amor das Mestras, Mestres e folgazões, que doam as suas vidas, e muitas vezes o pouco recurso que dispõem, para salvaguardar esse nosso patrimônio cultural imaterial,” comentou Salú nas redes sociais.
Lula destacou a importância de transformar o maracatu em uma “arte de conhecimento nacional”, sugerindo uma celebração que mobilize o país de norte a sul e envolva desde atividades educativas até eventos culturais amplamente divulgados.