10/11/24
Por Raphael Guerra e equipe
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Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o aparelho da namorada da vítima também foi apreendido. Objetivo é averiguar possível envolvimento com o caso
A Polícia Civil de São Paulo apreendeu os celulares dos quatro agentes da Polícia Militar incumbidos de fazer a segurança particular do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, assassinado a tiros por volta das 16h desta sexta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O objetivo é averiguar um possível envolvimento dos seguranças com o caso. O aparelho da namorada da vítima também foi apreendido.
Como mostram imagens de câmeras de segurança, Gritzbach foi alvejado com tiros de fuzil na saída do desembarque oeste do Terminal 2, destinado a voos domésticos. O empresário era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ao menos outras três pessoas ficaram feridas: dois homens, de 39 e 41 anos, que foram internados no Hospital Geral de Guarulhos, e uma mulher, de 28 anos, que recebeu atendimento médico e foi liberada em seguida – ela foi ouvida pelos policiais no local. Foram ao menos 27 disparos efetuados por dois criminosos, segundo informações da perícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPP) da Polícia Civil, que investiga o caso.
Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo.
Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares dos quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública. O Estadão ainda não conseguiu confirmar se o filho do empresário também teve o celular apreendido.
Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações, segundo a secretaria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.