31/05/21
Por Leonardo Vasconcelos/JC/blogfolhadosertao.com.br
Novamente em busca do sonhado acesso à Segunda Divisão, o Santa Cruz iniciou ontem à noite sua quarta temporada seguida na Série C do Campeonato Brasileiro com uma derrota por 2×0, contra o Manaus, na Arena da Amazônia. No reencontro com Marcelo Martelotte, agora treinador do adversário, o tricolor foi bem abaixo do esperado na estreia da Terceirona. Os gols dos anfitriões foram marcados por Vanilson.
Com o resultado, o Santa Cruz ficou na vice-lanterna do Grupo A e terá pela frente no próximo sábado, às 17h, no Arruda, o Floresta-CE, vice-líder do grupo e que estreou vencendo a Jacuipense, em casa, por 2×0, no sábado. Já o Manaus pega no domingo o Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
O resultado não deixa de ser uma frustração para o torcedor tricolor, que esperava uma melhor apresentação após os 21 dias de preparação exclusiva para a competição. Mas não foi isso que aconteceu.
Bolívar mandou a campo um Santa Cruz bem reformulado e com quatro estreantes: os laterais Weriton e Julinho, o zagueiro Hebert e o volante Vitinho. Mas apesar da quantidade de peças novas, a Cobra Coral até que se mostrou bem encaixada e à vontade em Manaus no começo da partida. Logo aos seis minutos, Madson foi lançado com um passe em profundidade e tentou encobrir o goleiro Gleibson, que conseguiu afastar com a ponta dos dedos. A chance deu a falsa impressão de que os tricolores iriam se manter no ataque. No minuto seguinte os donos da casa responderam com Philip, que recebeu um bom cruzamento na área, mas mandou pra fora.
O Gavião do Norte aos poucos foi se imponto e fazendo valer o mando de campo. Aos 17, Philip novamente assustou com um belo chute de fora da área que estufou as redes pelo lado de fora. A Cobra Coral foi dando espaço e aos 25 minutos o Manaus foi certeiro. Mais uma vez Philip apareceu, mas desta vez fazendo um belo cruzamento para Vanilson, que bateu de primeira no ângulo, sem chance pra Jordan.
O Santa Cruz nitidamente dava sinais de dificuldade em colocar a bola no chão e propor o jogo, abusando da ligação direta com o ataque sem eficiência, enquanto isso o Manaus rondava bastante a área tricolor. A primeira etapa acabou com o time pernambucano devendo bastante.
No intervalo Bolívar mexeu na equipe e no começo do segundo tempo, o Santa Cruz, como era de esperar, se lançou ao ataque e criou mais oportunidades. Aos 12 minutos, Bustamante, que havia acabado de entrar, foi lançado e cruzou para Pipico, que por pouco não alcançou a bola. Porém, no melhor momento tricolor na partida, veio o balde de água fria. Três minutos depois, Vanilson aproveitou o cruzamento rasteiro para bater no canto e fazer o segundo gol dele e do Manaus: 2×0.
Chiquinho, o mais voluntarioso em campo, tentou aos 22 minutos resolver em jogada individual, arriscou duas vezes em sequência, mas falhou na pontaria. Aos 31 minutos, Pipico que não costuma perder chances dentro da área, desperdiçou uma oportunidade de frente pro gol. Em boa jogada individual, Bustamente mandou um chute cruzado que tirou tinta da trave aos 37 minutos.
O Manaus, por sua vez, ia aproveitando as brechas cedidas pelos tricolores e aos 44 Marcelinho teve a chance de fazer o terceiro gol dos donos da casa, mas Jordan fez boa defesa. Em um dos últimos lances da partida, Bustamente chutou a bola dentro da área e ela bateu no braço do defensor do Manaus, porém o juiz nada marcou.
Ficha do jogo
MANAUS
Gleibson; Edvan, Luis Fernando, Thiago Spice e Dudu Mandai (Assis); Gabriel Davis (Vitinho), Gilson e Douglas Lima (Guilherme); Philip (Marcelinho), Diego Rosa e Vanilson (Allan Dias).
Técnico: Marcelo Martelotte.
Esquema: 4-3-3.
SANTA CRUZ
Jordan; Weriton, Bruno Calixto, Hebert e Julinho; Vitinho (João Cardoso), Augusto César (Karl) e Chiquinho; França (Bustamante), Madson e Pipico (Léo Gaúcho).
Técnico: Bolivar.
Esquema: 4-3-3.
Local: Arena da Amazônia, em Manaus.
Árbitro: Marcos Mateus Pereira (MS).
Assistentes: Cícero Alessandro de Souza (MS) e Ruy César Lavarda Ferreira (MS).
Gols: Vanilson aos 25 do 1º tempo; Vanilson aos 15 do segundo tempo.