21/05/21
Por G1 MA /blogfolhadosertao.com.br
O ato aconteceu durante entrega de 287 títulos de propriedades rurais nesta sexta-feira (21) em Açailândia, no sul do estado. Em discurso, Bolsonaro fez críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino e culpou as medidas restritivas como responsáveis pelo desemprego.
Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participa da entrega de títulos de terra em Açailândia (MA) — Foto: Reprodução/TV BrasilForam entregues 287 títulos de propriedade definitiva para famílias que vivem no assentamento do projeto Assaí. Ao todo, em todo o Maranhão, existem 1.117 assentamentos de terra onde vivem 132 mil famílias.
O presidente entregou os títulos ao lado dos ministros General Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI; Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura; Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Gilson Machado, ministro do turismo; Geraldo Melo, presidente do Incra; Carlos Bolsonaro, vereador do RJ e ao lado de políticos locais.
A chegada do presidente em Açailândia provocou aglomeração e tumulto. Sem máscara, Bolsonaro cumprimentou apoiadores que ficaram aglomerados em uma grade de proteção, que foi colocada no local.
Chegada de Bolsonaro à Açailândia, no Maranhão, gerou aglomeração e tumulto. — Foto: Reprodução/Redes sociais
Ataques à Flávio Dino
Durante o discurso, Bolsonaro criticou e fez ataques ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Em um momento, ele chegou a comparar o governador com o ditador Kin Jong-un, da Coreia do Norte e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.”Lá na Coreia do Sul [na realidade, a ditadura ocorre na Coreia do Norte], tem uma ditadura, o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, tem uma ditadura, não é um gordinho? Quem é o gordinho ditador do Maranhão?”, disse Bolsonaro.
Por meio de uma rede social, Flávio Dino rebateu as críticas feitas por Bolsonaro e disse que é estranho e dispensável o presidente estar preocupado com o peso dele. O governador disse que está em ótima saúde física, mental e está ocupado com vacinas, pessoas doentes e coisas mais sérias.
“Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público”, disse Flávio Dino, em uma rede social.
Ainda durante a cerimônia, o presidente Bolsonaro voltou fazer outras críticas a Flávio Dino. Em novo discurso, ele afirmou que em breve, o Maranhão será libertado do que chamou de ‘praga’, se referindo ao comunismo. Nas eleições de 2018, Dino foi eleito ainda em 1º turno com 59,29% dos votos válidos.
Em discurso, Bolsonaro fez críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). — Foto: Antônio Filho/TV Mirante
Bolsonaro também afirmou que o desemprego no Maranhão está relacionado as medidas restritivas contra a Covid-19, implementadas pelo governo do Estado. Segundo o presidente, as restrições adotadas por Dino não possuem comprovação científica.
“Quero dizer a todos do Maranhão que perderam seus empregos, não foi obra do governo federal. Quem fechou o comércio, obrigou vocês a ficar em casa e destruiu milhares de empregos foi o governador do seu estado. E as medidas aqui adotadas pelo seu governador, não tem qualquer comprovação científica”, finalizou.
Após o fim do evento, Bolsonaro voltou a cumprimentar apoiadores que o aguardavam do lado de fora do Parque de Exposições José Egídio Quintal Filho, localizado na BR-222, em Açailândia. Ele posou para fotos com populares e com militares do Exército. Em seguida, Bolsonaro embarcou de volta à Brasília.
Inauguração de ponte
Após participar da entrega da ‘Ponte Estaiada’, sobre o Rio Parnaíba, que liga os municípios de Alto Parnaíba (MA) e Santa Filomena (PI), Bolsonaro passou a noite de quinta-feira (20) no 50º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército, em Imperatriz, município a 626 km de São Luís.
Antes do evento, o presidente desfilou na garupa de uma moto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Alto Parnaíba. A pé, sem capacete e máscara, ele acionou apoiadores e provocou aglomeração.
Em discurso, o presidente Bolsonaro prometeu aumentar o valor do Bolsa Família. Contudo, o presidente não detalhou qual o valor, quando o reajuste será feito e qual origem do recurso.
“Estamos trabalhando para que, após o quarto mês dessa terceira etapa do auxílio emergencial, suba o valor médio do bolsa família. Sabemos que, com esse período de pandemia, houve inflação, sabemos que aumentou o preço da alimentação e aumentou o preço de muitas outras coisas”, disse.