23/02/21
Folha de S.Paulo/blogfolhadosertao.com.br
O mercado reagiu mal à intervenção do presidente Jair Bolsonaro (foto) na gestão da Petrobras. Enquanto investidores se desfaziam das ações da companhia na Bolsa, casas, agências e bancos revisavam suas perspectivas sobre os papéis da estatal. Ao fim do pregão, ontem, as ações preferenciais fecharam em queda de 21,5%, a R$ 21,45. As ordinárias, com direito a voto, despencaram 20,4%, chegando a R$ 21,55. O Ibovespa perdeu 4,87%, e o dólar encerrou a sessão em alta de 1,30%, a R$ 5,4540. Outras estatais também sofreram. Banco do Brasil caiu 11,64%, e Sabesp, 11,64%. Em relatório, o Goldman Sachs pôs em dúvida o plano de desinvestimento da Petrobras, lembrando do histórico de intervenções de 2011 a 2015, na gestão do PT. Investidores da empresa já preparam ação coletiva para questionar perdas com a manobra do governo. “A Petrobras tem sócios, tem um estatuto, tem que respeitar a lei. Não pode ser usada para fazer política pública”, afirma o advogado André Almeida. Após a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o comando, a estatal perdeu R$ 102,5 bilhões em valor de mercado. |