17/09/24
Por Betânia Santana
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Agressões verbal e física entre candidatos minimizam discussão política e desrespeitam o eleitorado
Não podemos normalizar o absurdo. É o que pensam alguns políticos. “A exorbitância de agressividade não cabe na política. Nem agressões verbais, nem físicas. Quer ser contundente? Argumente, apresente proposta, critique a proposta do adversário, mas não parta para a violência”, alerta a senadora Teresa Leitão (PT).
O deputado federal Pedro Campos (PSB) ressalta que a política é o oposto da violência. “Ela existe para que a gente possa resolver os problemas sem precisar fazer guerra. Quando a violência entra na política é porque a política acabou”, lamenta.
A opinião é reforçada pelo superintendente da Sudene, Danilo Cabral. “A democracia exige respeito com o eleitor. Cada agressão entre candidatos é uma agressão à cidadania. É preciso separar os que usam a violência como arma eleitoral e votar em quem discute os problemas e aponta caminhos para resolver.”
Segundo o professor e cientista político Hely Ferreira, é cedo para avaliar se algum dos postulantes saiu ganhando. “Vamos aguardar as próximas pesquisas. Em princípio, todos perdemos”, sustenta.
Afastamento e baixaria
O candidato à Prefeitura de Paulista Junior Matuto (PSB) disse que adversários têm requentado processos que geraram seu afastamento duas vezes quando foi prefeito (2012-2020). À Rádio Folha FM 96,7, alegou que os casos já estão resolvidos na Justiça. “A gente não vai entrar nessa baixaria. Nossa campanha é propositiva. É lamentável porque deixa de ser um debate no campo das ideias.”
Tranquilidade
Projetos que reajustam salários da Adagro, Procuradoria, Fazenda, policiais penais e delegados devem ser analisados e votados na Alepe hoje. O dos policiais civis foi enviado à Casa ontem. Com aval das categorias, o deputado Antônio Moraes afasta o impasse.
Transição
Acostumado aos bastidores, o ex-chefe de gabinete e candidato a vice de João Campos (PSB), Victor Marques (PCdoB), já aprendeu a lição. No fim de semana, em Brasília Teimosa e em Casa Forte, acenou para o povo, fez coraçãozinho, soltou beijos e tirou selfies.
Representatividade
Antes reduto do PT, Brasília Teimosa viu a equipe de João Campos encher as ruas do bairro sem nenhum líder da legenda. Estavam lá os petistas Felipe Cury, secretário-executivo de Habitação, e o candidato André Campos, muito mais ligado ao PSB.