23/02/22
Congresso em Foco
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3- Bolsonaro foi criticado por manter as férias em meio a tragédia na Bahia provocada por fortes chuvas.
Foto: Twitter
Nesse período, o governo federal gastou pelo menos R$ 899.374,60 com as despesas do presidente e de sua comitiva. A Secretaria-Geral não detalhou os gastos e informou que o “valor está sujeito à alteração, caso ocorram atualizações”. Bolsonaro foi criticado, na ocasião, por manter o passeio enquanto fortes chuvas atingiam a Bahia, deixando 25 mortos.
O presidente chegou a São Francisco do Sul, no litoral catarinense, no dia 27 de dezembro. Pretendia voltar a Brasília no dia 4 de janeiro, mas foi para São Paulo na madrugada de 3 de janeiro com dores causadas por uma obstrução intestinal.
Ao receber alta do hospital, no dia 5, Bolsonaro afirmou que era “maldoso” dizer que ele estava de férias. “(Sou) um presidente que não tem férias. É maldoso quem fala que estou de férias. Eu dou minhas fugidas de jet ski, dou uns cavalos de pau com carro no Beto Carrero.” No dia seguinte, no entanto, ele mesmo admitiu que estava de férias. “Me programei para nove dias de férias, na verdade foram meia dúzia. Nove foram no hospital”, declarou o presidente, em entrevista à entrevista à Rádio Nova.
Entre 18 de dezembro de 2020 e 5 de janeiro de 2021, as férias de Bolsonaro custaram R$ 2,4 milhões aos cofres públicos. Destes, quase R$ 1,2 milhões foram gastos com o cartão corporativo do governo federal, R$ 1,05 milhão bancaram combustível e manutenção de aeronaves, e R$ 202 mil diárias da equipe de segurança presidencial. O presidente foi até Guarujá (SP) e São Francisco do Sul. Os números foram apresentados pela Presidência da República à Câmara dos Deputados, atendendo a dois pedidos de informações do deputado Elias Vaz (PSB-GO).
Como mostrou o jornal O Globo em janeiro, Bolsonaro gastou até o fim do ano passado R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. O montante desembolsado é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos ao longo dos quatro anos do mandato presidencial anterior, dividido por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018).