Policia Federal faz operação sobre possíveis crimes contra a previdência em Petrolina

16/02/22

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São 24 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Petrolina, Tabira (PE) e Filadélfia (BA).

 

A Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, deflagrou, nesta quarta-feira (16), a Operação Errantes, que investiga supostos crimes contra a Previdência Social cometidos por organização criminosa que atua no município de Petrolina e região.

A Justiça autorizou o cumprimento, pela PF, de 24 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Petrolina, Tabira (PE) e Filadélfia (BA).

De acordo com o MPF, investigações realizadas ao longo de meses, inclusive com uso de ação controlada, “revelaram a existência de organização criminosa extremamente ramificada, com divisão interna de funções, que atua de forma duradoura e estável praticando golpes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)”.

Até o momento, estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 45 milhões.

Os possíveis crimes consistem na obtenção, mediante diversas fraudes, de benefícios assistenciais e previdenciários. “Os líderes do esquema auferem os lucros decorrentes dos pagamentos de centenas de benefícios irregulares. Na execução dos crimes, são auxiliados por várias pessoas, recrutadas por eles para atuar como operadores do esquema ou laranjas”, afirma o MP.

“Esses laranjas – na maioria pessoas analfabetas ou com pouca instrução e de idade avançada – são usados para emissão de documentos de identidade falsos, depois utilizados nos requerimentos de benefícios perante o INSS. Os operadores das fraudes viajam por diferentes estados para providenciar as emissões dos documentos de identificação irregulares, como registros gerais (RGs) e certidões de nascimento. Um mesmo laranja chega a ter dezenas de RGs fraudulentos”, alega o Ministério Público Federal.

De acordo com as apurações do MPF, a suposta organização criminosa “também movimenta um verdadeiro comércio paralelo de aluguel, venda e permuta de cartões de saques de benefícios irregulares”. “Em virtude dos ganhos com os crimes, os líderes da organização criminosa possuem patrimônio elevado, cujos bens de alto valor são registrados em nome de terceiros, e ainda praticam outras atividades ilícitas, a exemplo de agiotagem, como forma de alavancar os ganhos”, frisam os investigadores.

As provas colhidas durante a operação serão analisadas pelo MPF, para aprofundamento das investigações e adoção das medidas judiciais cabíveis.

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