“Foram 60 dias e uma espada na minha cabeça”, disse Raquel Lyra sobre a CPI da Publicidade

A previsão era só fazer a abertura da cerimônia de encerramento de um curso de gestão inclusiva para 270 servidores. No auditório da Faculdade de Administração de Pernambuco (Fcap), discursou durante 40 minutos.

Relatou as ações desenvolvidas pela gestão e expôs o assunto que ainda não digeriu e se tornou a pedra no sapato nos últimos meses: a instalação, na Assembleia Legislativa, de uma CPI da Publicidade para investigar supostas irregularidades em contratos do estado.

Mesmo pontuando que a comissão “se desmontou por ela mesma”, depois de várias instâncias judiciais derrubarem manobras da oposição, sustentou ser um momento histórico.

Explicou que o contrato foi discutido durante um ano e, assim que assinado, os oposicionistas reagiram. Pela primeira vez na história, montaram uma CPI contra o Executivo estadual em Pernambuco. A gestora arrematou a narrativa, enfatizando o desgaste desnecessário e o compromisso do governo.

“O Ministério Público de Contas, depois de 60 dias, depois de eu viver o purgatório, e de quase ser queimada no mármore do inferno, divulgou 81 páginas, dizendo que o contrato está perfeito.  Mas foram 60 dias e uma espada na minha cabeça. Enquanto isso tudo estava acontecendo, eu estava trabalhando.”

Uso e ocupação do solo
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), aposta na revisão da lei do uso e ocupação do solo como estratégia para reocupar o Centro da cidade. “Será a oportunidade de trazer de vez a vocação da moradia.” Vereadores aliados, Eduardo Mota presidiu a comissão e Carlos Muniz relatou o projeto, que incluiu 63 emendas. Em meio a indagações da sociedade, a Câmara vota a proposta hoje.

Teste de paciência
Hoje é dia de a líder do governo na Assembleia, deputada Socorro Pimentel mais uma vez testar a paciência. Espera a base para garantir maioria em plenário e aprovar novo pedido de empréstimo do Executivo ao BID e ao Bird. São pouco mais de R$ 800 milhões.

Recuperada e adotada
A revitalização da Praça Dezessete, no Centro do Recife, é para o vereador Carlos Muniz um resgate histórico. Desde 2023, ainda como secretário, abraçou a iniciativa. O espaço, entregue ontem, fica agora sob os cuidados do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Voto aberto
Dez vereadores do Recife defenderam o voto secreto para eleger a Mesa Diretora da Casa de José Mariano. Outros 24 derrubaram a proposta. Não entenderam por que mudar a Lei Orgânica do Município. O projeto foi do pelo ex-vereador Almir Fernando (PSB) em 2023.