25/07/25
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O Brasil registrou 44.127 mortes violentas intencionais em 2024, o menor número desde o início da série histórica em 2011, segundo o 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta quinta-feira (24). O dado representa queda de 5% em relação a 2023 e de 8% na comparação com 2022, mantendo a tendência de redução iniciada em 2018.
Mesmo com o recuo, o número de pessoas mortas por policiais permanece elevado. Foram 6.243 casos no ano passado, apenas 2,7% a menos que em 2023. Como a queda foi inferior à dos demais crimes violentos, a letalidade policial passou a representar uma fatia maior das mortes violentas no país.

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Desde 2017, enquanto o total de mortes violentas caiu 31%, os óbitos provocados por agentes de segurança subiram 21%, passando de 5.179 para 6.243. Em 12 das 27 unidades da federação houve aumento da letalidade policial em 2024, o que contribuiu para conter um recuo mais acentuado da violência.
“Ao mesmo tempo em que houve redução de crimes violentos letais nos últimos anos – tendo o número de homicídios reduzido cerca de 30%, de 65.602, em 2017 para 45.747, em 2023 – vivenciamos um aumento da percepção de insegurança”, informa o relatório.
O levantamento utilizou os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
Estados e cidades mais violentos
Amapá segue como o estado mais violento do país, com 45,1 mortes por 100 mil habitantes.
Na outra ponta, São Paulo tem a menor taxa: 8,2. No entanto, foi um dos quatro estados onde a violência aumentou em 2024, com alta de 7,5% nas mortes violentas, puxada por um salto de 61% nas mortes provocadas por policiais —de 504 para 813.
Maranhão, Ceará e Minas Gerais também contrariaram a tendência nacional. As demais 22 unidades federativas tiveram redução na taxa de mortalidade violenta, e Santa Catarina manteve estabilidade.
Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Maranguape (CE), na região metropolitana de Fortaleza, lidera o ranking de violência, com 79,9 mortes violentas por 100 mil moradores. A disputa entre facções criminosas é apontada como principal fator.