26/07/25
26/07/25
Por Redação do EXTRA — Brasília
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Juiz rejeitou acusação de estelionato contra o jogador e o irmão
A Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia do Ministério Público e tornou réus, por suposta fraude esportiva, o atacante do Flamengo Bruno Henrique e o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. A decisão, desta sexta-feira, é do juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal do DF.
Na mesma decisão, o juiz rejeitou tornar os dois irmãos réus por estelionato e definir medidas cautelares até uma decisão definitiva, como a aplicação de fiança de R$ 2 milhões ou a retenção dos passaportes. O magistrado também rejeitou a denúncia contra oito pessoas.
O Ministério Público acusa o jogador de ter compartilhado informação antecipada sobre o recebimento de um cartão amarelo na partida contra o Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023.
“A investigação policial apresentou elementos que indicam que o denunciado Bruno Henrique, de forma deliberada, teria atuado de forma intencional de modo a ser punido com cartão na partida questionada e que Wander Nunes teria contribuído para a ação do irmão ao incentivá-lo a agir de tal maneira, objetivando angariar com isso alguma vantagem financeira”, afirma a decisão.
A investigação traz conversas entre o jogador e seu irmão, em que Bruno Henrique aparece avisando a data em que receberia o cartão amarelo.
“Quando o pessoal mandar tomar o 3 liga nós hein kkkk”, pediu o irmão. “Contra o Santos”, respondeu Bruno Henrique.
Em seguida, garantiu que não receberia o cartão em partida anterior: “Não vou reclamar”, “só se eu entrar duro em alguém”, escreveu o jogador. “Boua já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”, comemorou o irmão.
Na partida contra o Santos, o atacante recebeu o amarelo e reclamou com o árbitro, levando ao cartão vermelho direto.
Os reús e o MP podem recorrer. Além disso, quando forem citados formalmente, Bruno e Wander terão 10 dias para apresentar defesa.