12/02/25
Além da pesquisa, dentro das ações de extensão, o NGPS também trabalha com fenos produzidos a partir de plantas adaptadas à região semiárida.
O Núcleo de Gestão de Projetos Sociais (NGPS) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) atua no fortalecimento do desenvolvimento científico, conectando o conhecimento acadêmico a ações de pesquisa e extensão, integrando saberes tradicionais e experiências locais. Um dos projetos conduzidos pelo Núcleo é a Análise da Composição Bromatológica da Silagem de Sorgo BRS Ponta Negra Submetida a Diferentes Consorciações, coordenado pela professora e pesquisadora Thais Azevedo.
O estudo está sendo realizado nas Vilas Produtivas Rurais (VPRs) do Projeto de Integração do São Francisco (PISF), conta com a colaboração de um bolsista e tem como objetivo avaliar diferentes opções de silagens consorciadas de sorgo com leucena, gliricídia e moringa, plantas forrageiras que têm demonstrado boa adaptabilidade ao clima da região. Além disso, estão sendo promovidas capacitações nas áreas de produção de forragens adaptadas ao semiárido, juntamente com o planejamento de ações para a implantação de unidades demonstrativas de produção agroecológica.
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A forragem é todo tipo de alimento consumido pelos animais, podendo ser a planta inteira ou apenas partes dela. A produção de forrageiras representa uma alternativa tecnicamente eficiente e econômica para garantir a alimentação do rebanho, sendo amplamente utilizada na agricultura familiar e podendo ser desenvolvida tanto em áreas de sequeiro quanto irrigadas.
Segundo Thais Azevedo, a iniciativa de trabalhar com forragens surgiu a partir de demandas identificadas em campo, relacionadas à alimentação animal nas VPRs, como uma alternativa sustentável para a convivência com o semiárido.
“Trabalhar com plantas forrageiras é essencial, pois a criação de animais é uma atividade de grande importância para a agricultura familiar, sendo não apenas produtiva, mas também uma expressão cultural”, destacou Azevedo.
![]() Thaís Azevedo é professora da Univasf. |
MULHERES NA CIÊNCIA: O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo reconhecer o papel das mulheres no meio científico, considerando a baixa representatividade feminina na área. De acordo com dados da Unesco, apenas 28% dos cientistas no mundo são mulheres.
Professora da Univasf, engenheira agrícola e ambiental, e doutoranda em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial, Thais Azevedo faz parte dessa estatística. Assim como muitas mulheres que conciliam a carreira acadêmica com a maternidade e as responsabilidades do lar, ela compartilha os desafios enfrentados ao longo de sua trajetória.
“Os principais desafios na minha jornada acadêmica estão relacionados à conciliação entre ensino, pesquisa e extensão com a maternidade. Muitas vezes, precisamos deixar um pilar de lado para sustentar outro, em um grande jogo de equilíbrio que apenas as mulheres conseguem realizar”, finalizou a pesquisadora.