Brasil joga futebol pobre, dá vexame e é eliminado da Copa América pelo Uruguai nos pênaltis

07/07/24
Por Ricardo Magatti
http://blogfolhadosertao.com.br
Incapaz de criar, seleção brasileira faz apresentação medíocre e medrosa, vê Militão e Douglas Luiz errarem suas cobranças e cai nas quartas de final
Brasil passou vexame, jogou futebol pobre e foi eliminado pelo Uruguai
Brasil passou vexame, jogou futebol pobre e foi eliminado pelo Uruguai Foto: Julio Cortez/AP

Acabou cedo, nas quartas de final, a participação da seleção brasileira na Copa AméricaBurocráticoinócuoineficiente incapaz de ser criativo, o time de Dorival Júnior foi eliminado pelo Uruguai com derrota nos pênaltis após empate sem gols em Las Vegas na noite deste sábado. Militão Douglas Luiz erraram suas cobranças. Alisson defendeu a batida de Giménez, mas não adiantou.

O rival do Uruguai nas semifinais será a embalada Colômbia, dona do melhor futebol desta Copa América e que avançou de fase ao massacrar o Panamá por 5 a 0. O duelo está marcado para quarta-feira, às 21h (de Brasília), em Charlotte. O outro finalista sairá do confronto entre Argentina e Canadá.

Em sua primeira competição oficial, Dorival Júnior, que não era a primeira opção da CBF, comandou uma equipe que compete, mas não tem brilho. Um time que até tem organização, mas joga uma bola murcha. Cauteloso em excesso em vários momentos – para não dizer acovardado -, o técnico continua invicto no comando da seleção, mas isso de nada vale. Sabe que será longo e duro o caminho até a Copa do Mundo de 2026, com a necessária renovação em curso que ainda não rendeu frutos.

Trata-se de uma seleção enfadonha, que aborrece quem a assiste. O jogo não flui, o capitão é um lateral-direito decadente que não joga nessa posição há anos na Europa, há muitos volantes e ninguém que pense o jogo e os astros Rodrygo e Vinicius Júnior, de quem muito se espera, se despediram da competição com melancolia. Vini Jr sequer jogou porque estava suspenso. Endrick ganhou a chance de ser titular e não correspondeu.

O opulento Allegiant Stadium, segundo estádio mais caro do mundo, erguido na pandemia com investimento de R$ 11 bilhões, foi palco de um típico Uruguai x Brasil. Faltas em profusão, cartões, discussões, provocações, divididas e uma peitada de Ronald Araújo em Endrick como forma de intimidar o atacante de 17 anos. Foram, porém, poucos os momentos de bom futebol em Las Vegas, já que foi baixa a produção ofensiva das suas seleções.

Tivesse Suárez em campo, provavelmente o Uruguai teria ido às redes no primeiro tempo porque Darwin Núñez perdeu de cabeça, quase na pequena área, chance que o ex-atacante do Grêmio, hoje parceiro de Messi no Inter Miami, raramente perde.

Alisson viu a bola passar por cima do gol. O goleiro brasileiro não trabalhou na etapa inicial. Já Rochet, o arqueiro uruguaio que defende o Inter, fez uma importante intervenção na melhor oportunidade da equipe comandada por Dorival Júnior. Ele defendeu chute de Raphinha, que ganhou na velocidade do zagueiro e foi protagonista do lampejo de maior brilho dos primeiros 45 minutos. O azar do canhoto foi que a bola caiu em seu pé direito.

Endrick, caído, reclama de falta em Uruguai x Brasil
Endrick, caído, reclama de falta em Uruguai x Brasil Foto: Julio Cortez/AP

O segundo tempo foi uma repetição do primeiro. O cenário não se alterou nem nos minutos finais, quando o jogo parecia que ficaria mais aberto e os treinadores lançaram mão de todas suas alternativas no banco de reservas, como o flamenguista Arrascaeta e o talentoso Savinho. Não houve criação, mas, sim, destruição. O jogo não fluía dos dois lados e a bola mal chegava aos atacantes. Os meio-campistas, entregues à marcação, quase nada produziram. Quando conseguiam algo diferente, eram parados por algum marcador.

O jogo mais faltoso da Copa América teve mais de 40 infrações e pobre futebol. Uma das faltas rendeu vermelho a Nandéz. O defensor uruguaio havia recebido o amarelo mas o árbitro argentino Dario Herrera mudou a cor do cartão depois que viu no monitor do VAR que o lateral havia acertado o tornozelo de Rodrygo com a sola de sua chuteira.

Nos minutos finais, o desespero imperou, o zagueiro Militão virou atacante, mas o 0 a 0 prevaleceu. Um jogo tão brigado e de tão pouca inspiração não poderia ter, mesmo, gols. Restou a uruguaios e brasileiros decidir a vaga nos pênaltis. Da marca da cal, os uruguaios foram mais eficientes. Apenas Giménez perdeu. O Brasil errou com Militão e Douglas Luiz e volta pra casa mais cedo.

URUGUAI 0 (4) X 0 (2) BRASIL
  • URUGUAI: Rochet; Nandéz, Ronald Araújo (José Giménez), Olivera e Viña (Sebastián Cáceres); Ugarte, Valverde e De La Cruz (Bentancur); Pellistri (Varela), Darwin Núñez (Arrascaeta) e Maxi Araújo. Técnico: Marcelo Bielsa.
  • BRASIL: Alisson; Danilo, Militão, Marquinhos e Arana; João Gomes (Andreas Pereira), Bruno Guimarães (Evanilson) e Paquetá (Douglas Luiz); Raphinha (Savinho), Endrick e Rodrygo (Gabriel Martinelli). Técnico: Dorival Júnior.
  • ÁRBITRO: Dario Herrera (Argentina).
  • CARTÕES AMARELOS: Lucas Paquetá, Ugarte, De La Cruz, João Gomes
  • CARTÃO VERMELHO: Nandéz.
  • PÚBLICO: 55.770 torcedores.
  • RENDA: Não divulgada.
  • LOCAL: Allegiant Stadium, em Las Vegas, Estados Unidos.

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