09/06/24
Por Machado Freire
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O pré-candidato a prefeito de Salgueiro, Fábio Lisandro Barros revela, nesta entrevista exclusiva ao jornalista Machado Freire, titular deste Blog Folha do Sertão, sua posição sobre os desentendimentos entre as famílias Sá e Sampaio: “o que digo e repito, sempre, é que as brigas do passado a mim não interessam, e muito menos interessa ao nosso povo” .
Blog Folha do Sertão: ` Por que você quer ser prefeito de Salgueiro ?
Fábio Barros: Ao longo de minha vida, busquei me preparar e estar pronto para desafios! Entendo que nossa região (Sertão Central), perdeu o protagonismo que já chegou a ter, e entendo que nossa Salgueiro que catalisa as energias dessa região, por falta de capacidade e força política parou no tempo. Sinto-me preparado para esse grande desafio, pois buscarei de forma incansável mudar os rumos do nosso município, que tem muito potencial, mas estagnou! E esse é meu desejo, fazer valer o potencial que Salgueiro tem.
Folha do Sertão: Ao longo de muitos anos, o município polo do Sertão Central vem sofrendo uma espécie de “encolhimento”, enquanto outros – como Serra Talhada, Araripina e Petrolina (que são bem mais novos do que Salgueiro) estão com seu desenvolvimento bastante acelerado. isto vem gerando um “bate-boca” inútil entre situação e oposição ao longo dos últimos tempos… Este atraso teria algo a ver com a política pequena e atrasada dos grupos familiares liderados por representantes das famílias Sá e Sampaio (que são entrelaçadas) e parecem continuarem defendendo os seguidores das zebras e leões? E o que fazer para acabar com esta “briga intestina” não não leva a nada?
Fabinho Barros: O que digo e repito sempre, é que as brigas do passado a mim não interessam, e muito menos interessa ao nosso povo. Precisamos de uma gestão que seja capitaneada por quem entende de gestão, que saiba valorizar e estimular as vocações de nossa cidade, que não tenha preguiça e tenha capacidade de diálogo e articulação, para que possamos preparar o ambiente, levando em consideração sempre os aspectos sociais, culturais e econômicos para que tenhamos oportunidades concretas de atração de investimentos! Precisamos olhar ao futuro, sempre atento aos erros que outrora ocorram, para que não sejam repetidos! Salgueiro precisa avançar!
Folha do Sertão: Você tem como principal adversário um político com uma profunda prática e vivência – de vereador a prefeito, na política local, e se apresenta como líder de um grupo que não pretende “largar a rapadura”. Você, que ergue a bandeira do “Salgueiro tem potencial”, tem consciência do “poder de fogo ” do seu adversário e qual o potencial que você conta para vencer o pleito de 6 de outubro?
Fabinho Barros: Tenho pautado minhas discussões sobre o Potencial que Salgueiro tem! A sensação de baixo estima de nosso povo é latente! Hoje temos um gigante adormecido que precisa acordar! Já somos vitoriosos, pois conseguimos “furar a bolha” e não irei discutir polarização e sim os problemas de nossa cidade, que são muitos, apontando soluções com a construção de um programa de Governo, construído a várias mãos, como estamos fazendo! Ouvindo nossa gente através das rodas de conversa em todos bairros e distritos de nossa cidade.
Folha do Sertão: Não dá para esconder (e desconhecer) que os grupos familiares que brigam pelo poder em Salgueiro têm na prefeitura uma espécie de “eterno objeto de desejo”, como nos tampos do coronelismo, para garantir prestigio pessoal e alguns empregos para seus apaniguados. Como fazer para mudar esta prática arcaica e atrasada?
Fabinho Barros: Muito simples! Com transparência, coerência, verdade, capacidade de gestão e competência!
Folha do Sertão: Todo mundo sabe (e tem a obrigação de saber e combater) que as últimas administrações do município – a exemplo da atual, foram marcadas por projetos que resultaram em muitos prejuízos para a população (que deveriam ser cobrados ) com obras atrasadas, a exemplo de uma quadra que demorou dez anos para ser entregue e três creches que também demoraram muito para serem construídas e estão sendo entregues em um ano eleitoral. Você promete, se eleito, não incorrer nesta prática danosa e imoral ?
Fabinho Barros: Por convicção e vocação, carrego a responsabilidade e a capacidade do profissional de contabilidade que sou, de forma que sempre tratei o planejamento e a execução do planejamento, como premissas inegociáveis! Pra isso, precisaremos estabelecer metas exequíveis, indicadores de acompanhamento da gestão e controle social, através de Conselhos ativos e participativos. Ou seja, aplicarei o que de mais moderno exista para que tenhamos uma gestão séria, profissionalizada e capaz de fazer as entregas em tempo pactuado e determinado, fugindo a todo custo das falsas promessas, pois essas não me pertencem.
Folha do Sertão: Você não acha que nosso município – que já possuiu indústrias e hoje não conta nem com um aeroporto, precisa de um gestor que tenha compromisso com a população e se comprometa a trabalhar de forma determinada , deixando provado e comprovado que é competente em apenas quatro anos de trabalho. Ou é melhor esperar por um mandato eterno?
Fabinho Barros: Teremos uma oportunidade de seguir com o feijão com arroz mal feito, ou com o compromisso de seguir um caminho onde sabemos onde queremos chegar e de que forma chegaremos! Não dependo de cargos políticos, mas precisamos da política para que tenhamos uma sociedade mais justa e equilibrada! Já dizia o Dom da Paz: “As pessoas querem ser as coisas, mas não sabem por que as querem”. Eu tenho plena consciência de onde temos capacidade de chegar e precisamos tirar Salgueiro da estagnação que se encontra.
Folha do Sertão: O que você colocou (ou vai colocar) no seu programa de governo- como “ponto de partida” ou a principal obra de sua administração, caso seja eleito?
Fabinho Barros: Estamos fazendo as escutas populares, para que possamos entender as dores das comunidades! Faremos uma série de encontros temáticos, discutindo nossas vocações e prioridades, para que daí tenhamos a construção de um programa de governo exequível, responsável e transformador. Pra isso tenha certeza que termos como norte a geração de empregos e oportunidades! Pois Salgueiro tem pressa e precisa avançar.
