Em Brasília: Oficiais da PM são presos em operação da Polícia Federal por supostos crimes cometidos no 8 de Janeiro

19/08/23

Rodrigo Fernandes

blogfolhadosertao.com.br

 

Operação da Polícia Federal hoje prendeu oficiais da Polícia Militar por crimes de golpe de estado e dano qualificado

Três oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal foram presos pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18), em cumprimento a mandados de prisão da Operação Incúria. Eles são acusados de crimes como golpe de estado e dano qualificado, ocorridos durante os atos de 8 de Janeiro.

Ao todo, são cumpridos sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra integrantes e ex-integrantes da cúpula da PM na capital federal.

A operação é resultado de denúncia feita pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Os alvos são os oficiais:

  • Coronel Klepter Rosa Gonçalves, que era subcomandante da corporação no 8 de janeiro e atualmente é comandante-geral da PM do DF;
  • Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;
  • Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que estava no Departamento de Operações da PM na época do 8 de janeiro;
  • Ex-comandante Fábio Augusto Vieira, que chefiava a Polícia Militar do DF no dia dos atos;
Operação Polícia Federal hoje

Todos os alvos da operação são acusados pelos crimes de golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Polícia Militar.

A PGR afirmou que apresentou provas da omissão dos envolvidos e citou que houve “a constatação de que havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF”, como a concordância com “teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.

“Os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir”, diz a PGR.

Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal afirma que a Corregedoria acompanha o caso.

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