Bolsonaro desistiu de ganhar dentro da regra e quer ir para o tapetão

27/10/22

Por Uol

blogfolhadosertao.com.br

Jair Messias Bolsonaro (midias sociais)

Na avaliação do comentarista Joel Pinheiro, a equipe do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), já admite a derrota e, por isso, incentiva o discurso de fraude eleitoral. O presidente insiste na acusação de que rádios deixaram de veicular “dezenas de milhares” de inserções em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas suas palavras, o que, segundo ele “desequilibra o processo eleitoral” e “interfere no resultado da eleição”.

“É uma campanha do Bolsonaro que desistiu de ganhar. Ele acha que a derrotada dele e a vitória de Lula é certa. ele desistiu de ganhar e, agora, vai tentar dar algum jeitinho para roubar a eleição. Já vinha fazendo isso há anos, que ia encontrar algum motivo, alguma fraude. Eles só não sabiam qual. Agora escolheram. […] É uma manobra de desespero de uma campanha que já se sabe ou se considerada derrotada e está tentando ganhar no ‘tapetão’”, disse durante UOL News.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rejeitou ontem o pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para investigar supostas irregularidades em inserções de rádio. Logo depois, o presidente e candidato à reeleição que irá “às últimas consequências” para apurar o caso.

Oportunidade: reabertas as inscrições para a seleção de mestrado

27/10/22

blogfolhadosertao.com.br

Bolsonaro queria radicalizar e propor adiar eleição; sem apoio, recua e antecipa terceiro turno

27/10/22
Por Andréia Sadi – colunista da GloboNews
blogfolhadosertao.com.br

Por Andréia Sadi – colunista da GloboNews

O presidente Bolsonaro passou as últimas semanas em busca de uma “bala de prata” para tentar reverter a vantagem obtida por Lula no primeiro turno das eleições – mas ele não só não conseguiu um fato novo “do bem” como foi atropelado por um combo explosivo: Paulo Guedes e o salário mínimo e as granadas e 50 tiros de Roberto Jefferson.

Ao ver que a expectativa de passar Lula na última semana da campanha, como projetado pelo comitê, longe dos números das pesquisas, Bolsonaro voltou às origens: passou a buscar um genérico do questionamento das urnas e das pesquisas para tumultuar o processo a quatro dias do segundo turno das eleições.

Mas o Bolsonaro que convocou a entrevista coletiva da noite desta quarta (26) foi um presidente diferente do que apareceu para falar, meia hora depois, ao lado do ministro da Justiça, Anderson Torres. A entrevista foi uma reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do TSE, de negar pedido da campanha de para investigar a alegação de irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios.

Bolsonaro, ao dizer a seus assessores que ia convocar uma coletiva para radicalizar – cogitava-se propor adiamento da eleição – foi demovido por aliados políticos com quem ele conversou nas últimas horas.

Esses políticos lembraram ao presidente que a eleição está em curso, que é preciso ter calma e que não há mudança significativa nas pesquisas que justificasse um discurso de ruptura. E, de longe, deixaram claro um subtexto: o de que, se Bolsonaro escalasse para essa proposta de perdedor, pedindo adiamento das eleições, seria por sua conta e risco –não teria apoio de ninguém.

E a foto no Alvorada deixou claro: não havia nenhum neoaliado, nem do centrão nem de lugar algum a não ser da cozinha do Planalto – como o general Heleno.

Anderson Torres, ministro da Justiça, ficou ao lado do presidente, mas não falou – apenas saiu na foto. Torres é visto como um nome da cota pessoal de Bolsonaro. Todos os demais políticos e ministros chamados estavam com as agendas ocupadas com absolutamente nada, já que optaram por não arriscar sair numa foto às vésperas da eleição com um presidente em vídeo e som patrocinando um golpe.

Ao se ver em voo solo, Bolsonaro recuou da velocidade 5 da radicalização e ajustou para a velocidade 3 – ao falar que iria questionar TSE e sugerir suposto boicote de rádios na campanha. Nas palavras de um aliado, o discurso “podia ser pior”.

Terceiro turno

Com isso, Bolsonaro antecipa o terceiro turno da eleição, se for derrotado. Ministros do STF já receberam informações da campanha jurídica de Bolsonaro de que, se ele perder a eleição domingo, ele vai tentar impugnar o resultado. Tudo do jogo, dentro das regras e do direito querer questionar no TSE – assim como fez Aécio em 2014 e perdeu. Mas Bolsonaro inova ao tentar anular o jogo com a bola rolando – simplesmente por achar que pode. Pode muito o presidente, mas não pode tudo. A regra é clara e o plano B de Bolsonaro, caso ele perca a eleição, cristalino: o terceiro turno vem aí.

Cinegrafista da Jovem Pan entrega Tarcísio e diz que filmou segurança do candidato disparando tiros na farsa de Paraisópolis

27/10/22

Por 247

blogfolhadosertao.com.br

Marcos Andrade afirmou que a campanha de Tarcísio cobrou sua demissão, relatou pressão da Jovem Pan para apoiar o candidato e disse estar com medo de sofrer retaliações

www.brasil247.com - Abin, Paraisópolis e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São PauloAbin, Paraisópolis e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo (Foto: Reprodução/Abin | Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Jorge Maruta/Jornal da USP)

 O repórter-cinematográfico Marcos Andrade, da Jovem Pan, concedeu uma entrevista bombástica ao jornalista Artur Rodrigues, da Folha de S. Paulo, em que denunciou a campanha do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas, que preparou uma farsa em Paraisópolis para que o candidato vendesse a falsa narrativa de que teria sido vítima de um atentado quando fez campanha na região. Na entrevista, Andrade disse que filmou um agente da Abin e policiais à paisana, da equipe do próprio Tarcísio, disparando tiros em Paraisópolis, numa ação que matou um jovem desarmado chamado Felipe Silva de Lima, de 28 anos. O cinegrafista também afirmou que a campanha de Tarcísio pediu sua cabeça, cobrando a sua demissão da Jovem Pan, e relatou pressões da própria emissora, que teria pedido que ele gravasse um vídeo em apoio ao candidato. Por fim, Marcos Andrade disse estar com medo: ‘você não sabe com quem está lidando’.

“Eu começo a escutar uns disparos de arma de fogo, a impressão que eu tinha era umas rajadas de metralhadora. Eu fui para a janela, e olhando para o lado direito eu vi umas motos passando. Coisa de dez minutos depois as motos deram a volta pelo quarteirão, foram para a rua de cima, e começa o novo tiroteio. Aí eu pego a câmera e vou para janela. Inclusive, todo mundo falava ‘se abaixa’, e houve um pânico generalizado. E eu fui para a janela. Só que aí eu vejo umas pessoas à paisana na parte de baixo, na porta da escola, disparando arma de fogo no sentido da rua de cima. Eu vejo o Tarcísio com o pessoal saindo do prédio e indo para o estacionamento. Eu fiz essas imagens, tanto essas como das pessoas embaixo atirando. Desci. Chego na calçada e vejo lá na esquina, na parte de cima no meio da rua, uma pessoa caída e uma moto no chão. Eu me abrigo até uma coluna. Quando eu chego para gravar esse corpo e a moto que está no chão, chega uma pessoa falando para eu não gravar”, relata o cinegrafista.

“Na hora que eu vou para a parte de cima, onde o corpo e a moto está caída, eu vejo o rapaz que eu tinha conversado a respeito de pedir reforço. Eu vejo ele armado e com distintivo da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]. E outro rapaz que tenta me impedir também está com distintivo, mas eu não consigo ver bem o que era o distintivo dele”, acrescentou, apontando a participação de agentes federais de segurança na campanha de Tarcísio.

Alexandre Moraes rejeita investigar falta de inserções na campanha de Bolsonaro

27/10/22
Por Agência Brasil
blogfolhadosertao.com.br

 

Ministro aponta erros e inconsistências em dados apresentados ao TSE
Alexandre de Moraes

presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou nesta quarta-feira (26) pedido da campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar supostas irregularidades na veiculação de programas eleitorais em emissoras de rádio.

Nessa terça-feira (25), a campanha apresentou ao TSE uma auditoria realizada por empresas terceirizadas concluindo que rádios não estariam veiculando programas do candidato do PL no horário eleitoral gratuito no rádio. Segundo a campanha, cerca de 154 mil inserções não foram veiculadas no segundo turno.

Na decisão, Moraes disse que há “erros e inconsistências” nos dados apresentados pela campanha.

“Não restam duvidas de que os autores – que deveriam ter realizado sua atribuição de fiscalizar as inserções de rádio e televisão de sua campanha – apontaram uma suposta fraude eleitoral às vésperas do segundo turno do pleito sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova, em manifesta afronta à Lei n. 9.504, de 1997, segundo a qual as reclamações e representações relativas ao seu descumprimento devem relatar fatos, indicando provas, indícios e circunstâncias’, afirmou.

Na decisão, o presidente do TSE ainda determinou que o Ministério Público Eleitoral apure o possível cometimento de crime eleitoral com “a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana”, além da apuração de suposto uso de recursos do fundo eleitoral para financiar a auditoria.