“Marília conhece o Sertão e a realidade de Pernambuco”
Durante entrevista nos estúdios da rádio Voluntários da Pátria, em Ouricuri, ontem (20) o prefeito de Granito, João Bosco (Foto PT), fez uma avaliação positiva da campanha de Marília Arraes no segundo turno das eleições em Pernambuco.
“Marília tem lado, um histórico de lutas ao lado de Lula, e um importante lastro de serviços prestados com conhecimento da verdadeira luta do povo. Marília conhece o sertão e toda a realidade de Pernambuco”, pontuou João Bosco.
O prefeito João Bosco citou dicas de cuidado sobre o número da candidata Marília que é 77 e não 13, onde alguns eleitores podem confundir com o número do presidente Lula.
Lembrou que agora no segundo turno, na seção eleitoral, o primeiro voto é pra governador e o segundo voto para presidente. Ao encerrar, João Bosco, convidou a todos para um ato de campanha de Marília em Ouricuri, na próxima quinta-feira, dia 27, às 17 horas.
Você vai ler um resumo completo sobre o debate das duas candidatas a governadora de Pernambuco
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Raquel Lyra e Marília Arraes participaram de debate na Rádio Jornal nesta quinta (20) – FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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O debate promovido pela Rádio Jornal com as candidatas Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) nesta quinta-feira, 20 de outubro, foi marcado pela intensa troca de acusações entre as postulantes. Elas disputam o segundo turno da eleição para o Governo de Pernambuco e, em meio à discussão, as propostas só foram esmiuçadas no bloco dedicado às perguntas de jornalistas.
As candidatas chegaram ao Sistema Jornal de Commercio de Comunicação sem esconder o jogo. Marília Arraes garantiu que iria debater Pernambuco, mas reforçou que jogaria o debate também para a conjuntura nacional, referindo-se à disputa entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) pela Presidência da República. A deputada, apoiada oficialmente pelo petista, cobra a adversária por um posicionamento e, diante da sua neutralidade, associa a ex-prefeita de Caruaru ao bolsonarismo.
Raquel Lyra também adiantou o tom do seu discurso no debate. À imprensa, a líder em intenção de voto, de acordo com a pesquisa RealTime Big Data divulgada nesta semana, afirmou que focaria o debate no estado e acusou a campanha adversária de fabricar desinformação, referindo-se às recentes decisões da Justiça Eleitoral.
O debate começou com a artilharia de ambas as candidatas voltadas à rejeição. Raquel Lyra iniciou sua fala classificando a adversária como “candidata da continuidade”, referindo-se ao apoio do PSB do governador Paulo Câmara à candidatura de Marília Arraes. O apoio socialista se deu após Lula e o PT garantirem apoio exclusivo à ex-filiada no segundo turno, diante da derrota de Danilo Cabral no dia 2 de outubro.
“Paulo Câmara apoia sua candidatura. É um governador que levou nosso estado pra uma situação ruim”, disse Raquel Lyra, questionando Marília sobre a aliança com João Campos. A ex-prefeita de Caruaru citou a votação de Marília Arraes no Recife, assim como a briga com o prefeito e agora aliado João Campos, para afirmar que a população recifense não confia na adversária.
“A verdade é que quem conhece Marília não vota nela. Em Caruaru, temos confiança do nosso povo. As pessoas querem capacidade de mudar e liderança, que saiba como colocar sonhos num projeto e tirá-lo do papel para virar realidade. Marília faz aliança, briga de mentirinha, conchavo, briga com primo e para se juntar depois, como Paulo Câmara. Vale tudo pelo poder?”, questionou a tucana.
Enquanto Raquel tentou colar em Marília a rejeição de Paulo Câmara, avaliada em 56% segundo pesquisa Ipec de setembro, a deputada federal tentou virar o jogo. Além de recordar o apoio da ex-prefeita de Caruaru ao atual governador, a deputada tentou associar a adversária ao bolsonarismo e mesmo ao ex-presidente Michel Temer (MDB).
Marília Arraes disse ter uma história de luta em Pernambuco, mas afirma que Raquel Lyra começou a conhecer o estado há cerca de um ano ao lado de Anderson Ferreira (PL), que foi o candidato de Bolsonaro ao Governo. Na ocasião, o então prefeito de Jaboatão dos Guararapes visava ser candidato ao Senado na chapa da então prefeita de Caruaru.
“Você andou com o candidato de Bolsonaro, suas opiniões e ideias foram formadas ao lado do candidato de Bolsonaro. (…) A gente contou, ela falou 19 vezes o nome de Paulo Câmara no último debate. Não tenho nada a ver com o governador, nunca troquei 5 minutos de conversa com ele. Foi você quem colocou ele, junto com seu pai, o então governador João Lyra. Eu sabia que não ia dar certo”, disse.
Em tempo, Raquel rebateu as críticas à neutralidade: “não é o presidente da República que vai consertar o teto do Hospital da Restauração ou o Getúlio Vargas. Vamos concluir a obra do Hospital da Mulher no Agreste de Pernambuco”, disse.
ELEIÇÕES 2022, SEGUNDO TURNO. DEBATE DA RÁDIO JORNAL NO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES EM PERNAMBUCO ENTRE AS CANDIDADATAS AO GOVERNO DO ESTADO: RAQUEL LYRA E MARÍLIA ARRAES. – BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Marília Arraes chegou a sugerir que o apoio de Paulo Câmara à sua candidatura foi acordada com Raquel Lyra, com intuito de prejudicá-la. Além disso, nos últimos momentos do debate, a candidata do Solidariedade afirmou que a tucana tem acordo com Rodrigo Novaes (PSB), ex-secretário do Turismo do atual governador.
DEBATE DAS CANDIDATAS MARÍLIA ARRAES X RAQUEL LYRA, AO GOVERNO DE PERNAMBUCO REALIZADO NA RÁDIO JORNAL – RENATO RAMOS/JC IMAGEM
Aproveitando as críticas de Raquel Lyra sobre o mercado do turismo em Pernambuco, Arraes afirmou que o acordo pelo apoio de Novaes prevê a continuidade do secretário num eventual governo tucano. Como a afirmação ocorreu no último momento do debate, não houve direito de resposta ao vivo. A campanha da ex-prefeita, porém, enviou à reportagem a resposta da candidata sobre o assunto.
“Mais uma mentira de Marília Arraes. Eu nunca troquei eventual secretaria de governo por apoio político, estou fazendo uma campanha limpa e propositiva, que traga as soluções e propostas que nosso estado precisa. É assim que Pernambuco quer”, disse Raquel Lyra, em vídeo gravado após o debate.
Marília na ofensiva
Atrás nas pesquisas eleitorais, Marília Arraes adotou jogou na ofensiva, o que rendeu alguns bordões. A candidata criticou a adversária pela sua política educacional enquanto prefeita de Caruaru, apontando falhas na distribuição de merendas durante a gestão tucana na maior cidade do Agreste de Pernambuco.
Numa das suas falas, Marília afirmou que a adversária é conhecida como “Raquel do Tapuru” por causa de supostas larvas encontradas na alimentação das crianças na educação infantil de Caruaru. Além disso, citou que os indicadores apontados pela ex-prefeita não condizem com a realidade e disse que a tucana criou uma cidade imaginária chamada “Raquelândia”.
Sobre a disputa pela Presidência, Marília criticou Raquel afirmando que “neutro, só sabão de bebê”. Ao se defender sobre as críticas a Caruaru, a ex-prefeita afirmou que Marília Arraes nunca direcionou recursos de emendas parlamentares à cidade. Além disso, a tucana rebateu os ataques e contra-atacou citando as ações judiciais ganhas na Justiça contra a campanha adversária.
As falas repercutiram. Nos bastidores, interlocutores avaliaram que a postura combativa foi necessária, mas abriu espaço para contragolpes. Ao falar sobre maternidades, Marília Arraes citou que Raquel Lyra prometeu a construção de cinco maternidades em Caruaru, mas entregou somente uma.
Raquel se disse “perplexa com o desconhecimento” de Marília Arraes sobre a cidade, afirmando que o município nunca precisou de cinco maternidades, mas de uma unidade “decente”. A ex-prefeita disse que esse número de maternidades é necessário, sim, em todo o estado.
Após críticas de Raquel Lyra, Marília Arraes lança atualização do Plano de Governo
Outro ponto levantado por Raquel Lyra foi um comparativo entre os planos de governo. O documento elaborado pela campanha tucana (950 KB) tem 71 páginas, enquanto o plano disponibilizado oficialmente pela candidatura de Marília Arraes (396 KB) tem 12 folhas.
“Meu Plano de Governo tem 80 páginas, está no ar para você acessar. Mas não adianta um calhamaço de papel se você não cumpre”, disse Marília em resposta. Enquanto o debate acontecia, sua equipe lançou nas redes sociais uma atualização do documento (6 MB), este agora com 94 páginas.
As candidatas esmiuçaram suas propostas no terceiro bloco, quando responderam questionamentos dos jornalistas. As falas sobre Caruaru também forçaram Marília e Raquel a destrinchar suas ideias para o desenvolvimento do Agreste, por exemplo.
“Em relação ao Polo de Confecções, é necessário investimento em infraestrutura. Vamos concluir as quatro barragens da Mata Sul e integrar esse sistema de abastecimento ao Agreste de Pernambuco, pois a falta de água prejudica a produção. Além disso há o grande problema com o fisco, o tratamento do estado com os empresários. Muitas vezes, o governo trata empreendedores como bandidos, ao invés de amigos”, disse Marília.
A candidata afirmou que iria rever a tributação para os empreendimentos e garantiu diálogo permanente com o Polo de Confecções. Ela também afirmou que pretende abrir um núcleo da Universidade de Pernambuco específico para moda e design.
Raquel Lyra também comentou o assunto e fez observações sobre o discurso adversário. Disse que o problema da água no Agres não tem relação com as quatro barragens da Mata Sul, mas com a conclusão da Adutora do Agreste e da Adutora do Cerro Azul, além da troca das tubulações de água.
“Estamos falando de água pra empreender, para cozinhar e tomar banho. A UPE já tem um núcleo em Caruaru para tratar de moda, com dois cursos: de sistema de informação e gestão com ênfase em moda”, comentou Raquel, afirmando que reduziria a carga tributária e oferecia acesso à crédito ao setor.
O deputado federal Gonzaga Patriota (Foto PSB) emitiu um convite dirigido aos seus correligionários, amigos e toda população de Salgueiro e do Sertão Central, para participarem neste sábado (22) a partir das 19 horas, de uma carreata, em Salgueiro, “para consagrar a eleição de Raquel Lyra a governadora de Pernambuco”.
De acordo com a nota, Gonzaga Patriota deixa claro que apoia a candidatura de Raquel Lyra e reafirma seu compromisso com a eleição do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para presidente da República.
Roteiro. A programação estabelecidas pelo grupo que apoia a ex-prefeita de Caruaru, a carreata terá inicio na confluência do acesso à cidade pela BR-116 (no Bairro do Prado – saída para Cabrobó) e percorrerá ruas e avenidas da cidade, e chama a atenção para uma “parada” no Bairro da Bomba, onde a candidata a governadora Raquel Lyra fará um pronunciamento, ao lado de Gonzaga Patriota e outras lideranças políticas locais e regionais.
A Secretaria de Turismo e Eventos de Arcoverde, com apoio das Secretarias Municipais de Cultura e de Desenvolvimento Econômico, encaminhou à Comissão Permanente de Licitação – CPL do município, a abertura de processo para o I Concurso de Fotografia ‘Retratos Portal do Sertão’.
A iniciativa, que brevemente terá lançamento de Edital, cronograma e outros detalhes, consiste em criar as condições necessárias para promoção do turismo local através do importante segmento que é a fotografia, vinculando e envolvendo diretamente as atividades de turismo cultural, de contemplação e de paisagem; de lazer, ecológico, gastronômico e religioso, dentre outros, e, ao mesmo tempo, transformá-lo num produto e num atrativo que possa transpassar as fronteiras locais e ser reconhecido regionalmente e até nacionalmente.
“Para a realização do primeiro concurso de fotografia pela gestão do Prefeito Wellington Maciel, temos o fato de que Arcoverde possui tradição e destaque neste segmento e através de uma nova geração de profissionais, que têm a missão de fortalecer a reputação fotográfica produzida por aqui, sempre proporcionando experiências diferenciadas ao público consumidor”, ressalta o secretário municipal de Turismo e Eventos, Pedro Brandão.
Além de difundir a produção fotográfica amadora e profissional da região, a ação da Prefeitura de Arcoverde também inclui a meta ambiciosa de apresentar à população e aos turistas, os variados elementos da natureza e das potencialidades turísticas que compõem as ricas paisagens do município.
Romeu (foto) é um filhote de harpia, ou gavião-real, que ganhou um novo recinto, com mais espaço para o seu desenvolvimento, no Parque Estadual Dois Irmãos. O novo morador do zoológico, depois de passar por um cuidadoso processo de adaptação, já pode ser admirado pelo público que visita o local.
Romeu chegou ao Parque em dezembro do ano passado, com apenas três meses de idade. O animal é fruto de um projeto de reprodução para conservação da espécie, e nasceu num criadouro em Guaramiranga-CE, após a disponibilização de uma harpia fêmea pelo Parque Dois Irmãos. Ao chegar ao zoológico, Romeu permaneceu em período de quarentena e, depois, seguiu para a etapa de adaptação.
O filhote de harpia foi acompanhado nos últimos 11 meses pelos profissionais da unidade. Polly Ana Celina, que é médica veterinária, e Juvenal Damasceno, técnico ambiental do Parque, avaliaram regularmente o comportamento do animal, até que ele estivesse apto para a transferência para um recinto grande, suprindo a necessidade por maior espaço, já que está se transformando em uma ave juvenil.
Também chamada de águia-brasileira, a harpia é conhecida por ser uma poderosa ave de rapina, ou seja, um animal capaz de caçar o seu próprio alimento, que normalmente são os animais de médio porte. No zoológico, Romeu se alimenta de carne bovina, frango, fígado e presas recém abatidas, principalmente para estimular o instinto natural do animal.
Antério Mânica, condenado a 64 anos de prisão por mandar matar servidores federais, rompeu com atual prefeito, que não apoia o presidente
Reprodução/Redes sociais
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O político e fazendeiro Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí (MG), produziu e está divulgando nas redes sociais um vídeo no qual anuncia rompimento com seu partido, o PSDB, e com o atual prefeito da cidade mineira porque acha um erro a falta de apoio deles à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Grande produtor rural, Mânica ficou famoso nacionalmente ao ser denunciado como mandante de um crime atroz, a chacina de três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e de um motorista em 28 de janeiro de 2004, na zona rural do município mineiro.
Os servidores federais foram mortos a tiros enquanto circulavam pelas fazendas da região apurando denúncias de exploração de trabalho análogo à escravidão.
Em maio deste ano, Mânica foi condenado a 64 anos de prisão pelo Tribunal do Júri, em Belo Horizonte. Ele já havia sido condenado pelo mesmo crime, em 2015, mas sua defesa havia conseguido anular a condenação e recomeçar o processo. O desfecho, porém, foi o mesmo: os jurados aceitaram as provas apresentadas pelo Ministério Público Federal e o consideraram como um dos mandantes da chacina.