14/09/21
AscomAlepe
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As três cooperativas de canavieiros em operação na Zona da Mata pernambucana geram mais de 15 mil empregos diretos e indiretos e têm equilibrado a economia dos municípios. O panorama foi dado por representantes do setor sucroalcooleiro que participaram da reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo da Assembleia Legislativa nesta segunda. Eles afirmaram que o modelo evitou que usinas em dificuldade parassem de produzir.
Segundo o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Lima, o faturamento, em torno de 470 milhões de reais, é também distribuído de forma mais justa entre os trabalhadores. Um incentivo para o aumento da produção. “Porque as cooperativas pagam melhor aos seus sócios, que são, na verdade, donos também do negócio. A cana das cooperativas ela tem sido bem mais competitiva do que o preço de cana pago pelas usinas, e com isso também as usinas melhoraram devido a concorrência, um melhor pagamento aos fornecedores de cana”.
Presidente da pioneira Agrocan, que arrenda, desde 2014, a Usina Pumaty, no município de Joaquim Nabuco, na Mata Sul, Gerson Carneiro Leão destacou que o pequeno agricultor também é favorecido, a exemplo de 1800 trabalhadores do Assentamento Miguel Arraes, em Palmares.
A prorrogação do prazo previsto na lei que concede benefícios fiscais aos fabricantes de álcool etílico hidratado combustível, com descontos especiais para cooperativas, foi um dos pedidos apresentados pelos cooperados. O texto garante o pagamento reduzido do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, ICMS, até dezembro de 2022. Integrante da Frente, o deputado Antônio Moraes, do PP, acredita que o Colegiado pode atuar também na articulação com o Poder Judiciário para garantir que as cooperativas continuem em funcionamento.
O setor sucroalcooleiro foi o segundo ouvido pela Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo. A primeira etapa de encontros tem o objetivo de conhecer as demandas e identificar como a Assembleia Legislativa pode ajudar. Uma das ações sugeridas pelo coordenador, deputado Waldemar Borges, do PSB, é a produção de uma cartilha para divulgar os dados coletados e esclarecer a população. “A conclusão dessa primeira etapa do nosso trabalho tem que ser com a produção de um material nesse sentido, pra a gente difundir o que é o cooperativismo hoje aqui em Pernambuco”.
De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB Pernambuco, Malaquias Oliveira, as cooperativas do Estado estão divididas em seis ramos de atividade. Na próxima semana, serão ouvidos representantes do segmento do trabalho, produção, bens e serviços.