12/03/21
Por Irce Falcão/blogfolhadoseertao.com.br
Logo, se o ritmo de infecções mantiver o patamar atual, a tendência é de que o número de doentes seja muito superior ao de vagas disponíveis.
Na semana passada, a Semana Epidemiológica (SE) 9, houve um aumento de 5,5% nos registros de pacientes graves em comparação à SE 8 (entre 21 e 27 de fevereiro) e de 19% se comparado à SE 7 (de 14 a 20 de fevereiro). As solicitações por leitos de UTI cresceram 17%, enquanto os pedidos por enfermarias subiram 32%.
“O vírus está com aceleração recorde. Por isso, o meu recado é: ou todos cooperam ou vai faltar leito para quem precisa. O que vai provocar perda de vidas e sofrimento para muitas famílias. E não só na rede pública. Não pense que se você tem plano de saúde e dinheiro vai ser diferente”, disse André Longo, enfatizando que o estrangulamento é sentido em todos os serviços.
“Se a população está cansada, imagine os profissionais de saúde? Precisamos ter mais empatia e pensar também nos outros. Os profissionais de saúde são chamados de heróis, mas a população não ajuda no mais simples, que é usar a máscara, lavar as mãos e evitar aglomeração”, reclamou o gestor.
Fila por leito
Nesta quinta-feira (11), havia uma demanda superior a 70 solicitações ativas por leito de UTI na rede do Estado. “Você cruza esse número com a quantidade de vagas, por altas e, infelizmente, óbitos. Dependendo do momento, a fila pode estar maior ou menor. Obviamente que quanto maior é esse número, maior a dificuldade. Pelo País, estamos vendo filas com mais de mil pessoas em espera por leito”, explicou Longo.
O Estado está sob medidas restritivas desde o final de fevereiro. E, segundo o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), outras restrições poderão ser adotadas caso haja necessidade. “É possível, sim, que novas medidas sejam adotas nas próximas horas, nos próximos dias. Os indicadores estão sendo avaliados pelo Comitê (de Enfrentamento à Covid-19), diariamente.”
Apelo por educação sanitária
Segundo André Longo, mais importante do que medidas restritivas, é essencial que as pessoas colaborem. “A grande medida é a adesão da população às medidas básicas. O uso da máscara corretamente é fundamental. Estudos mostram que isso muda o curso da doença. Também evitar ao máximo aglomerações e adotar o distanciamento. Nenhuma medida vai dar certo se não tiver o apoio da população”, disse ele, que fez um apelo.
“Se for sair, usar a máscara, usar a máscara, usar a máscara, pessoal! Não custa nada usar a máscara corretamente, cobrindo a boca e o nariz. Não é no queixo, não é no bolso. Se 95% das pessoas usarem a máscara corretamente, a gente controla a doença. Isso não é pedir demais. Nós vamos ter um aumento expressivo da mortalidade em Pernambuco. Estamos conseguindo segurar a duras penas, graças a um esforço descomunal, mas o comportamento do dia a dia está botando tudo a perder. É simples o que tem de ser feito. É educação.”
“Nesse momento, sair de casa somente para o inevitável e inadiável. E se precisar sair, se proteja, use máscara. Os próximos dias serão duros”, disse o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, em coletiva remota realizada na tarde desta quinta-feira (11).
O alerta tem motivo. Nos últimos 15 dias, foram abertos mais de 400 leitos hospitalares, entre enfermarias e UTIs, nas redes pública e privada do Estado. E, ainda assim, não está sendo suficiente para atenuar a pressão sob o sistema de saúde.
Nos próximos dias, o Governo de Pernambuco pretende continuar abrindo leitos. Mas essa capacidade uma hora chegará ao seu limite, até porque, depende não só de equipamentos e insumos hospitalares, mas também de profissionais, cada vez mais esgotados.
Logo, se o ritmo de infecções mantiver o patamar atual, a tendência é de que o número de doentes seja muito superior ao de vagas disponíveis.
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Na semana passada, a Semana Epidemiológica (SE) 9, houve um aumento de 5,5% nos registros de pacientes graves em comparação à SE 8 (entre 21 e 27 de fevereiro) e de 19% se comparado à SE 7 (de 14 a 20 de fevereiro). As solicitações por leitos de UTI cresceram 17%, enquanto os pedidos por enfermarias subiram 32%.
“O vírus está com aceleração recorde. Por isso, o meu recado é: ou todos cooperam ou vai faltar leito para quem precisa. O que vai provocar perda de vidas e sofrimento para muitas famílias. E não só na rede pública. Não pense que se você tem plano de saúde e dinheiro vai ser diferente”, disse André Longo, enfatizando que o estrangulamento é sentido em todos os serviços.
“Se a população está cansada, imagine os profissionais de saúde? Precisamos ter mais empatia e pensar também nos outros. Os profissionais de saúde são chamados de heróis, mas a população não ajuda no mais simples, que é usar a máscara, lavar as mãos e evitar aglomeração”, reclamou o gestor.
Fila por leito
Nesta quinta-feira (11), havia uma demanda superior a 70 solicitações ativas por leito de UTI na rede do Estado. “Você cruza esse número com a quantidade de vagas, por altas e, infelizmente, óbitos. Dependendo do momento, a fila pode estar maior ou menor. Obviamente que quanto maior é esse número, maior a dificuldade. Pelo País, estamos vendo filas com mais de mil pessoas em espera por leito”, explicou Longo.
O Estado está sob medidas restritivas desde o final de fevereiro. E, segundo o titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), outras restrições poderão ser adotadas caso haja necessidade. “É possível, sim, que novas medidas sejam adotas nas próximas horas, nos próximos dias. Os indicadores estão sendo avaliados pelo Comitê (de Enfrentamento à Covid-19), diariamente.”
Apelo por educação sanitária
Segundo André Longo, mais importante do que medidas restritivas, é essencial que as pessoas colaborem. “A grande medida é a adesão da população às medidas básicas. O uso da máscara corretamente é fundamental. Estudos mostram que isso muda o curso da doença. Também evitar ao máximo aglomerações e adotar o distanciamento. Nenhuma medida vai dar certo se não tiver o apoio da população”, disse ele, que fez um apelo.
“Se for sair, usar a máscara, usar a máscara, usar a máscara, pessoal! Não custa nada usar a máscara corretamente, cobrindo a boca e o nariz. Não é no queixo, não é no bolso. Se 95% das pessoas usarem a máscara corretamente, a gente controla a doença. Isso não é pedir demais. Nós vamos ter um aumento expressivo da mortalidade em Pernambuco. Estamos conseguindo segurar a duras penas, graças a um esforço descomunal, mas o comportamento do dia a dia está botando tudo a perder. É simples o que tem de ser feito. É educação.”