Metanol: morte de jovem por suspeita de intoxicação é investigada em Petrolina

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta quarta-feira (12), seis novos casos suspeitos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.

As notificações ocorreram nos municípios de Serrita (2 casos), Abreu e Lima (1), Petrolina (2) e Juazeiro, na Bahia (1). Todos os pacientes seguem em investigação, segundo o boletim atualizado às 17h.

Casos em Petrolina

Em Petrolina, três novos casos suspeitos estão sendo investigados pela Vigilância Sanitária Municipal e pelo Hospital Universitário da Univasf. As vítimas teriam ingerido bebida alcoólica adulterada.

Uma das pacientes, Iasmin Ângela, morreu em casa após consumir a bebida, segundo relato da mãe. Outras duas pessoas, ainda não identificadas, permanecem em estado grave no HU.

A Agência Municipal de Vigilância Sanitária informou que enviará amostras da bebida para análise laboratorial.

A Polícia Civil também uma investigação sobre a origem do produto, que, de acordo com familiares da vítima, teria vindo do município de São Bento do Una, no Agreste pernambucano.

Notificações em Pernambuco

Com os novos registros, o Estado totaliza 110 notificações, sendo 105 em Pernambuco e 5 em outros estados, São Paulo (2), Paraíba (1), Alagoas (1) e Bahia (1).

Dos casos pernambucanos, 87 foram descartados e 5 confirmados para intoxicação por metanol.

Atualmente, 12 pessoas estão internadas, tendo 5 casos descartados, 57 receberam alta, 21 morreram (3 confirmados) e 15 deixaram o acompanhamento médico.

Sintomas da intoxicação por metanol

Especialistas alertam que os sintomas iniciais da intoxicação por metanol incluem dor de cabeça, tontura, náuseas, vômitos e dor abdominal. Nos casos mais graves, podem ocorrer alterações visuais, confusão mental, taquicardia, convulsões, dificuldades respiratórias, coma e até morte.

Em nota, a SES-PE reforçou que, diante de qualquer suspeita de intoxicação, é fundamental buscar atendimento médico de urgência e informar aos profissionais de saúde o que foi consumido, além de alertar outras pessoas que tenham ingerido o mesmo produto.

A Vigilância Sanitária orienta a evitar bebidas de procedência desconhecida e a verificar sempre o selo fiscal e o rótulo dos produtos antes do consumo.