Lula diz que Bolsonaro é “traidor” e que “interferência” de Trump é “inaceitável”

06/08/25

Agência  O Globo

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Presidente havia afirmado que o Brasil vive um bom momento, que o desafio de quem já foi presidente por três mandatos é “cada vez fazer mais”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (6) em entrevista à agência Reuters que o antecessor Jair Bolsonaro (PL) é um “traidor” e que a interferência do americano Donald Trump nas questões da Justiça brasileira é “inaceitável”.

“Essa não é uma intromissão pequena, é o presidente da República dos Estados Unidos achando que pode ditar regras para um país soberano como o Brasil. É inadmissível”, declarou Lula, na entrevista.

Na terça-feira, Lula havia afirmado que o Brasil vive um bom momento, que o desafio de quem já foi presidente por três mandatos é “cada vez fazer mais”, o que levará a ficar cada vez mais “esquerdista e mais socialista”:

— A gente pode fazer muito mais coisa do que a gente está fazendo. E esse é o desafio de quem já foi presidente três vezes, porque cada vez mais eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez vou ficar mais esquerdista, vou ficar mais socialista, vou ficar achando que a gente pode mais. Porque você vai percebendo que as coisas podem acontecer — afirmou Lula, durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Lula também afirmou que se for derrotado ano que vem, deixar o governo e “qualquer coisa” voltar a governar o país, o Brasil voltará ao mapa da fome. Durante a reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lula chorou e afirmou que presidente que deixar a população passando fome deve ser “decapitado”.

— A gente vai mudando aos poucos, mas está longe para mudar. Não é uma coisa fácil. Para a gente poder ter mais liberdade de atuação, você precisa construir mais. A gente, se deixar o governo e entrar uma coisa qualquer nesse país, a fome volta outra vez. Porque não é prioridade. Não deveria se um compromisso do governo, deveria ser uma obrigatoriedade constitucional. Num governo que tiver alguém passando fome, tem que decapitar o presidente — afirmou.

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