19/06/25
Agência o Globo/Por Raquel Pinheiro
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Ex-feirante, galã da televisão e astro das novelas entre as décadas de 1960 e 90, ele deixa três filhos e personagens marcantes na dramaturgia brasileira
Foto: TV GLOBO/João Miguel Júnior
Francisco Cuoco, um dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, morreu aos 91 anos, na manhã desta quinta-feira (19). O ator ficou conhecido pelos galãs e protagonistas de novelas como Pecado Capital, O Astro, Selva de Pedro e O Sétimo Sentido, entre dezenas de outros e, na última década, fazia mais participações. Cuoco deixa três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo, e netos. A informação foi confirmada a Quem por Mauro Alencar, pesquisador e amigo pessoal de Cuoco.
Cuoco esteva internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, e sofria complicações de saúde devido à idade. A causa da morte foi por falência múltipla dos órgãos. O velório será sexta, das 7 ás15 hs , aberto ao público, no Funeral Home, na Bela Vista, em São Paulo. O enterro será às 16h, fechado para familiares e amigos.
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Rosamaria Murtinho, amiga do ator, também confirmou a informação a Quem. “Estou muito triste, mas é verdade. Ele faleceu hoje pela manhã, estava sofrendo muito. A filha dele veio de Londres e os filhos também estavam no hospital. Conseguiram se despedir. A última imagem dele foi da família”, declarou ela, que soube a notícia por Gina Rodrigues, ex-mulher dele.
Cuoco foi feirante e sonhava em ser advogado
Paulista, Cuoco era filho de um imigrante italiano, o feirante Leopoldo, e da dona de casa Antonieta. O casal, que tinha ainda uma menina, Grácia, era muito humilde, e o ator trabalhava com o pai na feira durante o dia. À noite, estudava e tinha planos de se tornar advogado. O interesse pela interpretação veio ainda criança e via circos mambembes se instalarem no terro baldio em frente à casa da família, no bairro do Brás. Encantado pelo que via, o menino fazia pequenas encenações e sonhava com o mundo do cinema.
Cuoco pensava em estudar Direito, mas optou por fazer a Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde ficou por quatro anos. Ele entrou para o Teatro Brasileiro de Comédia e no Teatro dos Sete, duas companhias importantes que foram fundamentais para o teatro brasileiro. No palco, ele fez Werneck, de O Beijo no Asfalto (1961), de Nelson Rodrigues. Premiado em 1964 como melhor ator coadjuvante na peça Boeing-boeing pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), Cuoco entrou na televisão no Grande Teatro Tupi, onde peças de prestígio eram apresentadas ao público da extinta TV Tupi.