17/06/25
Portal Prefeitura/Jameson Ramos
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O ex-presidente Jair Bolsonaro, Ramagem e Carlos foram indiciados nesta terça-feira (17), pela Polícia Federal, suspeitos de envolvimento no caso da Abin Paralela.

O caso cai como uma bomba no colo de Carlos, que anunciou há dois dias a sua vontade de alçar voos mais altos, saindo de vereador do Rio de Janeiro, onde atua há 24 anos, para disputar uma vaga no Senado, nas eleições de 2026, pelo Estado de Santa Catarina – onde o bolsonarismo é bem forte.
O plano do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é eleger o maior número possível de senadores da direita no próximo ano, para conseguir uma “ofensiva” contra o Supremo Tribunal Federal (STF) – onde trava uma luta para não ser condenado por suposta tentativa de golpe de Estado.
Para isso, ele pretende lançar o seu filho “02” por Santa Catarina, onde venceu, na última eleição presidencial, o então candidato do PT, Lula, com 69,27% dos votos válidos no segundo turno de 2022. Na época, o líder petista obteve apenas 30,73% dos votos no estado.
Essa força em Santa Catarina está sendo lida pelo clã Bolsonaro como uma “garantia” de eleição de Carlos.
No entanto, os indiciamentos feitos pela PF nesta terça (17), podem cair como um peso nas costas de Carlos, já que – dependendo do desenrolar do processo -, ele pode ficar inelegível, assim como o seu pai.
Entenda
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 17 de junho, na investigação da chamada Abin Paralela. A PF também indiciou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor geral do órgão, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), e outras 32 pessoas.
O relatório com os indiciamentos foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PF aponta que a Abin paralela era usada em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos para a Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para monitorar ilegalmente autoridades públicas durante o governo Bolsonaro.
O objetivo seria encontrar situações que desabonassem críticos do governo e criar informações falsas para atacar personalidades que pudessem prejudicar eventual reeleição do ex-chefe do Planalto.