24/10/24
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“Nem eu, nem o presidente, nem o corpo médico que o assistiu e nem o Sírio-Libanês participaríamos de uma farsa. Isso causa indignação”, disse Kalil
Após a queda do presidente Lula (PT) no Palácio da Alvorada no último sábado (19), surgiram especulações infundadas nas redes sociais sobre a veracidade do ocorrido. O presidente, que feriu a parte de trás da cabeça ao escorregar no banheiro, precisou receber atendimento médico, o que gerou uma onda de “teorias conspiratórias” que sugerem que o incidente teria sido fabricado para justificar sua ausência na Cúpula dos BRICS na Rússia.
Uma das teorias mais populares afirma que Lula não teria sofrido a queda, mas que o episódio seria um pretexto para evitar a reunião, que teria, segundo alguns, tons fortemente ‘anti-Ocidente’. Tais alegações, no entanto, não possuem qualquer embasamento, como destacou o médico do presidente, Roberto Kalil, que acompanha Lula há três décadas. “Nem eu, nem o presidente, nem o corpo médico que o assistiu no sábado e nem o Sírio-Libanês participaríamos de uma farsa”, declarou Kalil a Lauro Jardim, do jornal O Globo.
O médico se mostrou visivelmente contrariado com a propagação de desinformação, afirmando que essas teorias são “inaceitáveis” e que as insinuações de fraude ferem a credibilidade de sua atuação profissional. “Isso causa indignação. Tenho mais de 30 anos de experiência, ajo com transparência”, acrescentou.
As “teorias conspiratórias”, que costumam ganhar força em momentos de incerteza, especialmente no meio político, vêm se disseminando com rapidez nas redes sociais, ampliadas por seguidores críticos ao governo.
A ausência de Lula na Cúpula dos Brics foi justificada oficialmente pela necessidade de repouso após a queda, o que foi prontamente confirmado por Roberto Kalil e pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, responsável pelo atendimento do presidente.