26/07/23
Por Magno Martins
blogfolhadosertao.com.br
Além de Eduardo, outras seis pessoas morreram a bordo do jato Cessna, na cidade de Santos (SP), há nove anos. O fatídico episódio mudou o rumo eleitoral daquele ano.
Em entrevista, ontem, à Folha, tão logo anunciou estar entrando com pedido de reabertura do inquérito em torno do acidente aéreo que resultou na morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o advogado levantou a possibilidade do seu irmão ter sido assassinado. “O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado”, afirmou, sem, no entanto, apontar quem estaria interessado em tirar a vida do seu irmão.
Além de Eduardo, outras seis pessoas morreram a bordo do jato Cessna, na cidade de Santos (SP), há nove anos. O fatídico episódio mudou o rumo eleitoral daquele ano e culminou na reeleição de Dilma Rousseff, afastada do cargo dois anos após reassumir o comando do Executivo Nacional.
Campos disse que está fazendo uma petição para ingressar na 4ª Vara Federal de São Paulo, solicitando a reabertura do caso com base em fortes indícios que Eduardo Campos não foi vítima de um simples acidente aéreo. “No dia em que completa nove anos da morte de Eduardo, 13 de agosto, vamos protocolar um pedido de reabertura das investigações”, disse.
E acrescentou: “Juntamente com o perito Carlos Camacho, estou investigando o acidente desde o começo e vamos mostrar um inquérito baseado em novas provas reunidas nos últimos seis meses que são relevantes sobre o caso. Além das novas provas, vamos apresentar todas as inconsistências produzidas no inquérito inconclusivo finalizado pela Polícia Federal”, explicou.
Uma importante vitória sobre o caso já foi alcançada, segundo ele, quando a 4ª Vara Federal de Santos expediu ofício cobrando do Ministério da Justiça uma maior agilidade no cumprimento da carta rogatória para a fabricante do jato Cessna, cuja citação se dá nos Estados Unidos, apresentar a produção técnica sobre a queda da aeronave.
Questionado se em suas investigações há algum indício da participação do PT no acidente, visto que o partido estava em lado oposto do então candidato socialista há nove anos, Antônio Campos disse apenas o seguinte: “Nem sempre o inimigo é o que aparenta ser. Não quero fazer precipitadas acusações”. E acrescentou: “Vamos mostrar a necessidade de as autoridades competentes aprofundarem as investigações sobre a morte de Eduardo.