Muito além da queda de Mandetta

17/0e/20

Artigo

Por Machado Freire

 

A política no Brasil dá uma enciclopédia para abastecer o mundo inteiro antes, durante e depois da covid-19, com o atual presidente da República querendo reeditar gestos peculiares a Getúlio Vargas. Também podemos afirmar, sem exagêro – e medo de ser feliz, que o Brasil não é só o país do Carnaval, mas também de uma Nação que costuma conviver com uma pantomima infernal. E até com ditaduras disfarçadas de “democracia”, como é o caso da “república das frutas”, conhecida como Petrolina. Lá, meus senhores e senhoras, se ganha e se perpetua no poder através do voto “popular”, comprado muito antes das eleições, com “obras” ditas públicas, que têm origem no dinheiro que o conribuinte paga. Esta  pantomina pode ser batizada com o nome de “voto comprado na folha” ( ou voto de cabresto) ao modo e estilo centenários de comerciantes da antiguidade, a exemplo de um tal “coroné Quelê”, salve engano, o “pariarca” da oligarquia  famíliar dos Coelho”, localizados na Pedra Linda das bordas do São Francisco. Qualquer semelhança (não é) mera coincidência, minha gente deste mundo de meu Deus, “comedores de farinha da minha terra” (como costumava dizer o querido e saudoso amigo Celestino Gomes, artista de raiz), cujo futuro dificilmente pertencerá a Deus (que deve está inojado e de saco cheio), mas a um amontoado de aproveitadores sem vergonha na cara lisa feito uma tapioca sem coco  que, com certeza, não é de Olinda. Então, “não se admire seu moço”  se um dia desses o milico que se transformou num “piscar de olhos” em mandatário-mor da Nação Verde-Amarelo (não confunda com time de futebol), decretar o fechamento das urnas, e se transformar de repente (querendo ele) num presidente perpétuo. No Brasil isto não seria nenhuma novidade, pois vivemos (só Deus sabe como ) aos sopapos em uma democracia que já se transformou em democradura algumas vezes, conforme reza na história deste gigante adormecido visitado por um tal de Pero Vaz de Caminha. E ele não voltou nunca mais para tomar conhecimento do desmantelo que (vem) e vai além da queda do então ministro da Saúde Henrique Mandetta.

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