25/11/21
Por Renata Bezerra de Melo
blogfolhadoseertao.com.br
A possibilidade de comunistas federarem com socialistas também voltou à pauta
As “costuras” envolvem os segmentos à esquerda em nivel nacional
As auscultas sobre o tema vêm se intensificando nos bastidores. O PT chegou a ter polêmica reunião recente da bancada, permeada por opiniões díspares, segundo lideranças petistas, sobre o assunto.
Integrantes do partido e aliados de outras siglas relatam que a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, ficara de chamar integrantes da Executiva nacional para encontro na última segunda-feira, em torno dessa pauta: a federação.
Comunistas seguem atentos a esse cronograma e, enquanto isso, se debruçam sobre consultas internas a respeito desse tema. O PSB faz o mesmo. A movimentação inclui o PSOL.
A agenda comum desse conjunto é a possibilidade de se realizar uma federação ampla. Em outras palavras, esses partidos não descartam federar entre si, os quatro. Mas também discutem possibilidades envolvendo, no máximo, duas siglas.
A hipótese, inclusive, de PCdoB federar com o PSB voltou à tona. Até pouco tempo, essa tese havia cedido espaço para o cenário em que os comunistas federariam com os petistas.
No ninho socialista, no entanto, essa composição com o PCdoB voltou a ser considerada à medida que, dizem parlamentares, ela poderia ajudar nas construções regionais num momento em que as coligações estão proibidas. Socialistas retomaram o assunto com mais ênfase nas coxias. Até pouco tempo, eles apontavam maciçamente que o PCdoB tenderia a federar com o PT. A temperatura mudou.
O ex-presidente Lula ainda não externou posição e teria pedido uma apresentação a Gleisi para se situar melhor. Aos olhos do PCdoB, uma federação seria variável fundamental para formação de uma frente ampla, visando a derrotar o presidente Jair Bolsonaro em 2022. Nas oposições, o que se diz é que o objetivo primeiro do grupo é esse e, para isso, se argumenta que não se pode ter problema regional que coloque em xeque a questão nacional.